segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Lenha na Fogueira - 19.11.19


Domingo passado 17, ao participar da Marcha da Consciência Negra – Recreio de Iemanjá promovida pelo Terreiro de Santa Bárbara na Vila Tupi, a lembrança me levou ao final dos anos de 1980 e inicio dos anos de 1990, precisamente ao “Movimento de Criação Cabeça de Negro”.

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Os jovens Bubu Johnson e Adaídes Batista – Dada haviam retornado a terrinha, graduados Bubu em Educação Física e Dada em Jornalismo e aqui se juntaram ao Carlinhos Maracanã, Basinho, Ana Aranda (jornalista), Neguinho Orlando, Norman Johnson entre outros, que geralmente ficavam na retaguarda do Movimento como Silvio Santos, Ernesto Melo, Baba e Bainha.
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Tudo começou com as comemorações dos 300 anos de Zumbi dos Palmares quando grande movimento em prol da Consciência Negra, começou a acontecer em todo o Brasil.
Naquele tempo, nossa turma se reunia num ambiente que ficou conhecido como “Bar da Vizinha” na Tenreiro Aranha com a D. Pedro II. Dali surgiu a Marcha Para Zumbi que por alguns anos foi o grande acontecimento em comemoração a Consciência Negra em Porto Velho.
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Vários shows envolvendo vários segmentos culturais, passaram a acontecer durante a Semana da Consciência Negra. O Movimento de Criação Cabeça de Negro era convocado para participar da organização de qualquer atividade, relativa à Consciência Negra em Porto Velho.
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Um dos grande shows aconteceu no Teatro Municipal que funcionava num prédio na Joaquim Nabuco com a Duque de Caxias, onde depois, funcionou a Escola de Dança coordenada pelo professor Adair.

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Os  meninos do Movimento Cabeça de Negro colocaram no Palco do antigo Cinema Parecis, participando do espetáculo que fazia alusão a vida boêmia de Porto Velho dos anos de 1950:
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Num cenário representando um BAR seu Esmite Bento de Melo (pai do Ernesto), Ozires Lobo e seu grande amigo Câmara Leme enquanto o grupo musical tinha como integrantes Bainha, Junior Johnson, Silvio Santos, Baba, Carlinhos Maracanã, Ernesto Melo, Dada contrabaixista entre outros.
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Nesse show o Dada Adaídes Batista lançou a música “Serraria das 11 horas”, Ernesto Melo “Amanhecer no Mocambo” e Sílvio Santos “Porto, Velho Porto”. Desponta para o grande público  o Poeta Mado enquanto o Poeta Flávio Carneiro passa a ser considerado nosso represente na Poesia.
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Naquele tempo e por muito tempo, A Consciência Negra em Porto Velho, foi muito mais divulgada, O Cabeça de Negro se apresentava em escolas municipais e estaduais e seus membros criadores, eram convidados a palestrar inclusive em escolas superiores.
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Depois de alguns anos sem contar com apoio oficial na realização dos eventos, o Cabeça de Negro saiu de cena e entrou a Associação ACCUNERA que tinha o Silvestre como coordenador e a Marcha passou a concentrar mais com os integrantes das Religiões de Matrizes Africanas mais conhecidas como “Batuque”.
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De uns tempo para cá, a Marcha antes conhecida como Marcha para Zumbi e depois “Macha da Consciência Negra" começou a definhar, até que passou a concentrar pouca gente.
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Domingo passado 17, gostamos de o jovem Hiago ter realizado a “1ª Marcha da Consciência Negra do Recreio de Iemanjá – Terreiro de Santa Barbara”. Que nos próximos anos, outras marchas aconteçam. Axé!

Um comentário:

Unknown disse...

Gosto demais desses mergulhos ao passado cultural da capital amigobzé Matraca, dessa forma mantemos vivos a história é a lembrança daqueles que deixaram seus legados com suas experiências...