quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Manifesto do PaCultura Lido na Conferencia PVH



Todas as pessoas e coletivos que trabalham com cultura em Porto Velho, lidam frequentemente com os desafios para desenvolver aqui, trabalhos artísticos. Neste viés, a tradicional inércia do poder público gestão após gestão, deixaram o fazer cultural praticamente à própria sorte, com seus atuadores individualmente e coletivamente, buscando formas de sobrevivência de maneira segmentada e precária. Como indivíduos ou grupos isolados trabalhando com cultura, cada qual restrito a seus afazeres, tenderemos à manutenção do atual cenário cultural de nosso município, com verdadeiro achatamento da nossa identidade.

O campo da política é um campo de disputa; nós que desejamos realizar cultura, precisamos ocupar espaços nesse embate, de forma unificada e organizada, nessa que é, uma disputa de território num campo subjetivo e ideológico pela busca de meios materiais e aparelhamentos para a produção cultural. Se a disposição para o embate permanecer predominantemente nula, tal disputa já estará perdida; é necessário despertar o desejo pela luta e travá-la coletivamente de forma ampla...
Assim a atriz Sueli Rodrigues iniciou a leitura do Manifesto do Movimento PaCultura na abertura da Conferencia Municipal de Cultura no teatro Guaporé em Porto Velho.
A Conferencia contou em sua abertura, com as falas do Júnior Markis assessor do deputado Dr. Neidson e da carnavalescas Sicília Andrade assessora do deputado estadual Sargento Eyder Brasil; Reginaldo Cardoso presidente do Conselho Municipal de Cultura e do diretor de cultura da Funcultural de Porto Velho Eudes Claudino que representou o presidente Antônio Ocampo Fernandes.
Após os discursos de praxe o ativista cultural, advogado, músico, compositor Paulinho Rodrigues com os músicos Carlos Guery (teclado) e Bira Lourenço (percussão) se apresentou especialmente, cantando canções de sua lavra que falam das coisas culturais da nossa Porto Velho.

A professor de museologia da Unir Marcele Regina Nogueira Pereira proferiu palestras sobre “O Movimento de Memória”, chamando a atenção dos representantes das setoriais e dos órgãos oficiais para a necessidade de darmos continuidade aos projetos culturais que muitas vezes são prejudicados pela falta de continuidade.

Paulinho Rodrigues convidou ao palco o técnico da Funcultural de Porto Velho Altair dos Santos Lopes – Tata e procedeu a entrega da Minuta da Lei que deve substituir a ultrapassada Lei 435 de novembro de 2011, para ser analisada pelo senhor prefeito de Porto Velho que dispõe sobre o Sistema Municipal de Cultura de Porto Velho, seus princípios, objetivos, estrutura, organização, gestão, interpelações entre os seus componentes, implantação do Conselho Municipal de Politicas Culturais e Fundo de Politica Cultural, recursos humanos, financiamento e da outras providências.

A atuação do Movimento PaCultyura não é isolada; também não busca fins setorizados em sua proposição dado que sendo sociedade civil, estamos inseridos em um contexto mais amplo, assim como a própria cultura não está restrita em si mesma dado que existe como forma de expressão da subjetividade humana. Um movimento pela emancipação coletiva da humanidade pela sua própria cultura (Movimento PaCultura, 08 de agosto de 2019).

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