Autor:
Sílvio M. Santos
Rua Presidente Dutra no começo Rua Divisória |
Nesta
edição damos continuidade as histórias que fazem parte do livro de
minha autoria, que está prontinho para ser publicado, “PORTO,
VELHO PORTO – HISTÓRIA DA CIDADE ONDE NASCI E VIVO”.
São
histórias que pesquisei em publicações de vários autores que se
preocuparam com a nossa história como Esron Menezes, Amizael Silva,
Abnael Machado de Lima, Yedda Bozarcov, Manoel Rodrigues, Hugo
Ferreira e em especial do meu amigo professor Francisco Matias,
porém, a maioria das histórias relatam fatos vividos por mim, já
que apesar de ter nascido no Distrito de São Carlos, vivi minha
infância, adolescência e vivo até hoje, em Porto Velho. Muitas das
histórias que os amigos tomarão conhecimento a partir de hoje, são
exclusivas, pois foram vividas por mim, como é o caso do “Trem da
Feira” e muitas outras. Infelizmente pelas normas acadêmicas, meu
livro não pode ser considerado como de História, porém, as
histórias nele contidas, posso garantir, (a maioria. foram vividas
por mim) e as demais, são fruto de dias e dias de pesquisas.
Se
você empresário editor, se interessar em produzir o meu Livro,
entre em contato através do celular: (69) 9 9302-1960.
O ALAMBRADO DA RUA DIVISÓRIA
As
pendengas entre o superintendente Guapindaia e a administração da
Madeira Mamoré fizeram com que a Câmara Municipal aprovasse uma lei
autorizando Guapindaia a dar nome às ruas. Entre as denominações
uma passou se chamar Avenida Divisória (hoje é a Presidente Dutra).
Para deixar bem claro, que os territórios obedeciam às leis
impostas por seus administradores, os ferroviários construíram um
alambrado dividindo as terras da Madeira Mamoré das do Município.
As
outras ruas, segundo escreve Amizael em "No Rastro dos
Pioneiros", foram a Sete de Setembro, Barão do Rio Branco,
Floriano Peixoto e Pedro II.
Acontece
que muito antes, a população de Porto Velho concentrava-se no
espaço que hoje fica entre o Cine Teatro Resk e a Rua Prudente de
Moraes, local que ficou conhecido como a Rua da Palha (hoje Natanael
de Albuquerque).
Dona Labibe Bartolo que veio de Manaus para Porto Velho com apenas três anos de idade em 1912, conta o seguinte: “A primeira rua que foi feita aqui, foi à Rua da Palha que era onde hoje é a Natanael de Albuquerque. Minha mãe tinha comercio lá”. Dona Labibe lembra que foi aluna da dona Develinda filha do Superintendente Guapindaia e que a Rua da Palha era repleta de comerciantes “principalmente vendedores de bugigangas”.
Major Guapindaia |
Dona Labibe Bartolo que veio de Manaus para Porto Velho com apenas três anos de idade em 1912, conta o seguinte: “A primeira rua que foi feita aqui, foi à Rua da Palha que era onde hoje é a Natanael de Albuquerque. Minha mãe tinha comercio lá”. Dona Labibe lembra que foi aluna da dona Develinda filha do Superintendente Guapindaia e que a Rua da Palha era repleta de comerciantes “principalmente vendedores de bugigangas”.
Já
o capitão Esron Penha de Menezes lembra que a Rua da Palha abrigava
tudo quanto era tipo de comércio, inclusive as casas de mulheres
(prostitutas) de vida fácil. Esron também cita que a Barão do Rio
Branco era conhecida como ‘Rua dos Portugueses’. "Ali na
esquina da Presidente Dutra com a Sete de Setembro pelo lado do Cine
Brasil (entre a Presidente Dutra e a José de Alencar lado esquerdo
centro bairro), funcionou primeiro, o comercio de um espanhol
conhecido como Maeta, depois foi que foi o Café Central do João
Barril (Jangada Surf), local que se transformou no ponto de encontro
da cidade. Na outra esquina onde fica a loja Guitar Music também
funcionou um Café, era o Café Pilão aonde também funcionava o
"Cinema do Pilão", depois foi a Padaria do Raposo,
funerária Raposo e a primeira Caderneta de Poupança com agência em
Porto Velho a “Continental".
Na Rua da Palha também tinha o Cine Teatro "Fênix" construído todo de madeira e coberto de zinco, com palco para encenação de peças teatrais e para a orquestra, piano que acompanhava a cenas dos filmes mudos, um bar e um salão de jogo de bacará. Era o único centro de diversão do povo e o paraíso dos malandros e desocupados.
Na Rua da Palha também tinha o Cine Teatro "Fênix" construído todo de madeira e coberto de zinco, com palco para encenação de peças teatrais e para a orquestra, piano que acompanhava a cenas dos filmes mudos, um bar e um salão de jogo de bacará. Era o único centro de diversão do povo e o paraíso dos malandros e desocupados.
A
primeira casa de Adobe (tijolo cru) foi construída onde mais tarde
funcionou a Padaria do Resk e hoje é a "D Calçados" na
Sete de Setembro.
A
rua Sete de Setembro nasceu com o nome de rua do Comércio. Esron
lembra que por ali (Rua do Comércio) concentravam-se os Círios e os
Libaneses que todo mundo costumava chamar de “Os Turcos”. Tudo
isso ficava no lado pertencente à municipalidade. Pra baixo da Linha
Divisória ficavam as casas administradas pela Madeira Mamoré.
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