quinta-feira, 7 de março de 2019

Lenha na Fogueira - 08.03.10


A programação cultural segue a todo vapor! Terminou o carnaval e entrou no ar o Projeto Canta Mulher que começou ontem, com o espetáculo “Sonho Meu” uma homenagem a Dona Ivone Lara a primeira mulher a integrar a Ala de Compositores de uma escola de samba, e prossegue na noite desta sexta feira dia Internacional da Mulher 8 de março.
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A programação musical termina amanhã, com a realização do Canta Comerciária quando vamos conhecer o talento musical das empregadas no comércio. Vamos lá que as artistas selecionadas são as melhores.

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Isso não quer dizer que o carnaval acabou, muito pelo contrário, continua e muito bem sim senhor. Hoje no circuito da Pinheiro Machado temos o desfile do bloco Leva Eu que será “puxado” pelos cantores baianos, Tatau (ex Araketu); Reinaldinho (ex-Terra Samba) e Ninha (ex-Timbalada).

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Para não ficar apenas do Axé Baiano o Leva Eu contratou a banda Conexão do Frevo para fazer o esquenta de seus foliões durante as duas horas de open bar.
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Pra completar a rodada de blocos carnavalescos, amanhã teremos o desfile do Axé Folia do Nier e domingo, será a vez do bloco “To de Folga” que tem como objetivo reunir os Policiais Militares que trabalharam na segurança dos blocos..
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Enquanto a enchente das Usinas do Madeira não chega a Sete de Setembro, ainda podemos brincar carnaval, pois em 2014, fomos todos ludibriados inclusive o prefeito de Porto Velho, ao acreditar que aquela enchente era um fenômeno da natureza.

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Só para ilustrar, nasci e me criei em Porto Velho e minha infância e adolescência foi toda vivida na avenida Farquar entre a Sete de Setembro e a hoje Travessa Renato Medeiros, numa vila de casa que existia ali e foi demolida pelo Interventor Roberval
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Pois saibam os senhores, que aquele trecho que até hoje é conhecido como Baixa da União sempre alagou nesse tempo. Inclusive, graças as enchentes foram criados em anos diferentes, os bairros: Meu Pedacinho de Chão (com moradores da Baixa da União) sua fundadora foi a Primeira Dama Geisa Guedes. O nome é alusivo a primeira novela que o porto-velhense assistiu via televisão “Meu Pedacinho de Chão”.

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Outro bairro que nasceu graças a enchentes do rio Madeira foi a Vila Tupi, essa com moradores do Bairro Triângulo do lado direito dos trilhos da Ferrovia Madeira Mamoré (sentido Porto Velho Santo Antônio).
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O bairro São Sebastião 1 também é fruto de enchente, só que na parte da Farquar após a avenida dos Imigrantes. Acontece que ali, onde hoje também funciona o Ipem era o LAGO DOS MILAGRES e esse Lago sempre existiu como extensão do Rio Madeira. O homem invadiu construindo casas no estilo Palafita e ficou por isso mesmo. Hoje o que era o Lago dos Milagres é um eterno alagado poluído.
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Até o início da década de 1960 o Lago dos Milagres serviu de curral para os Bois Búfalos que o governo do Território Federal de Rondônia trouxe da Ilha do Marajó no Pará. Então meus amigos, ali sempre foi alagado.
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Agora o que nunca alagou, foram os galpões da Madeira Mamoré que a gente chamava de Armazéns. Hoje quando as usinas abrem suas comportas e isso só acontece a noite, as peças do Museu da Madeira Mamoré “ficam se tremendo” de medo de serem alcançadas pelas águas do rio Madeira.
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Também poucas foram as vezes que a enchente do Madeirão isolou as populações de São Carlos, Nazaré e outras comunidades a beira do Rio Madeira, essa enchente não é fenômeno da natureza, é irresponsabilidade de quem concordou com a construção das Usinas do Madeira sem se preocupar com as suas consequências.
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Oi Leva Eu! Minha Sodade!

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