Flodoaldo Pontes Pinto e
Dona Balbina (deitada) e os filhos: Flodoaldo Filho, Maria Lídia, João,
Francisco Luiz, Ana Rosa, Ari, Marcia Valéria, José Orlando e Geraldo Cesar
(recém nascido). Fonte: Álbum de Família.
Nascido no Estado do Pará no
dia 6 de setembro de 1918, Flodoaldo Pontes Pinto desembarcou em Porto Velho no
ano de 1952, atendendo convite do amigo e médico Ari Tupinamba Pena Pinheiro,
Diretor da Divisão de Saúde do antigo Território Federal do Guaporé, e do
Coronel Aluízio Pinheiro Ferreira, Deputado Federal eleito pelo Território. Os
três, Flodoaldo, Ari e Aluizio eram naturais do estado Pará. Quando aqui
desembarcou, Flodoaldo já era casado com Dona Balbina e já tinha dois filhos:
Flodoaldo Filho e Maria Lídia. Aqui nasceram os outros sete filhos.
Logo que chegou foi nomeado
como administrador do antigo Hospital São José, hoje Hospital Tiradentes. Esse
antigo hospital foi inaugurado pela congregação salesiana em 1929. Ele permaneceu
administrando o hospital por pouco tempo, pois logo em seguida foi convidado
para administrar um seringal de borracha na região de Abunã.
Tomou gosto pela atividade
no seringal, tanto que, com algumas economias e ajuda do seu pai, o Sr. João
Batista Pinto Filho, adquiriu um seringal chamado Seringal Massangana, no final
da década de 50. Quis o destino que a terras de seu seringal tivesse uma enorme
mina de cassiterita (minério de estanho), um minério que por muitas décadas foi
a base da economia do nosso território. Desde então Flodoaldo passou a explorar
essa nova riqueza e o Garimpo do Massanagana passou a ser o maior produtor de
cassiterita do território e Flodoaldo se tornou um dos homens mais ricos da
região.
Porém, é importante
salientar, que nada disso mudou seus hábitos. Permaneceu a mesma pessoa
simples, amigo de todos e passou a ajudar algumas instituições, como o PAMOS
(Patronato Agrícola de Menores Osvaldo Sousa), Educandário Belizário Pena, Colônia
Jaime Aben Athar, o próprio Hospital São José e muitos outros.
Na década de 60 doou o
terreno e ajudou na construção do Colégio Laura Vicuna. Em homenagem a sua
esposa, a Escola denominou o ginásio poliesportivo de “Ginásio Tia Balbina”.
Muito amigo de todos,
inclusive de meu saudoso pai, Flodoaldo faleceu aos 57 anos, num acidente
automobilístico em Minas Gerias, em fevereiro de 1976. Junto com ele faleceu
também, um dos filhos, o Francisco Luiz, que era meu colega de escola, chamado
carinhosamente de “Patica”. Seis anos após seu falecimento, em 1982, faleceu
também sua eterna companheira, Dona Balbina. Tenho certeza, que ambos estão
orgulhosos e felizes com o legado que deixaram e com certeza, estão abençoando seus
filhos, netos e bisnetos.
Parabéns a toda família pelo
centenário desse grande homem, grande pai, grande esposo e grande benfeitor.
Flodoaldo Pontes Pinto, um
home de bem, que fazia o bem sem olhar a quem...
ANÍSIO GORAYEB
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