quarta-feira, 5 de setembro de 2018

CENTENÁRIO DE FLODOALDO PONTES PINTO


Flodoaldo Pontes Pinto e Dona Balbina (deitada) e os filhos: Flodoaldo Filho, Maria Lídia, João, Francisco Luiz, Ana Rosa, Ari, Marcia Valéria, José Orlando e Geraldo Cesar (recém nascido). Fonte: Álbum de Família.
Nascido no Estado do Pará no dia 6 de setembro de 1918, Flodoaldo Pontes Pinto desembarcou em Porto Velho no ano de 1952, atendendo convite do amigo e médico Ari Tupinamba Pena Pinheiro, Diretor da Divisão de Saúde do antigo Território Federal do Guaporé, e do Coronel Aluízio Pinheiro Ferreira, Deputado Federal eleito pelo Território. Os três, Flodoaldo, Ari e Aluizio eram naturais do estado Pará. Quando aqui desembarcou, Flodoaldo já era casado com Dona Balbina e já tinha dois filhos: Flodoaldo Filho e Maria Lídia. Aqui nasceram os outros sete filhos.
Logo que chegou foi nomeado como administrador do antigo Hospital São José, hoje Hospital Tiradentes. Esse antigo hospital foi inaugurado pela congregação salesiana em 1929. Ele permaneceu administrando o hospital por pouco tempo, pois logo em seguida foi convidado para administrar um seringal de borracha na região de Abunã.
Tomou gosto pela atividade no seringal, tanto que, com algumas economias e ajuda do seu pai, o Sr. João Batista Pinto Filho, adquiriu um seringal chamado Seringal Massangana, no final da década de 50. Quis o destino que a terras de seu seringal tivesse uma enorme mina de cassiterita (minério de estanho), um minério que por muitas décadas foi a base da economia do nosso território. Desde então Flodoaldo passou a explorar essa nova riqueza e o Garimpo do Massanagana passou a ser o maior produtor de cassiterita do território e Flodoaldo se tornou um dos homens mais ricos da região.
Porém, é importante salientar, que nada disso mudou seus hábitos. Permaneceu a mesma pessoa simples, amigo de todos e passou a ajudar algumas instituições, como o PAMOS (Patronato Agrícola de Menores Osvaldo Sousa), Educandário Belizário Pena, Colônia Jaime Aben Athar, o próprio Hospital São José e muitos outros.
Na década de 60 doou o terreno e ajudou na construção do Colégio Laura Vicuna. Em homenagem a sua esposa, a Escola denominou o ginásio poliesportivo de “Ginásio Tia Balbina”.
Muito amigo de todos, inclusive de meu saudoso pai, Flodoaldo faleceu aos 57 anos, num acidente automobilístico em Minas Gerias, em fevereiro de 1976. Junto com ele faleceu também, um dos filhos, o Francisco Luiz, que era meu colega de escola, chamado carinhosamente de “Patica”. Seis anos após seu falecimento, em 1982, faleceu também sua eterna companheira, Dona Balbina. Tenho certeza, que ambos estão orgulhosos e felizes com o legado que deixaram e com certeza, estão abençoando seus filhos, netos e bisnetos.   
Parabéns a toda família pelo centenário desse grande homem, grande pai, grande esposo e grande benfeitor.
Flodoaldo Pontes Pinto, um home de bem, que fazia o bem sem olhar a quem...

ANÍSIO GORAYEB

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