Acho
que a única capital brasileira onde o carnaval ainda não acabou, é
a de Rondônia, ou seja, Porto Velho.
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Não
estou criticando a nossa maneira de fazer carnaval, apenas estou
lembrando o quanto o povo de Porto Velho é carnavalesco.
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Amanhã
e depois, ainda teremos blocos desfilando. Dia 3 os blocos Furacão
da Zona Sul, Leva Eu e Tô a Tôa no circuito Jatuarana.
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E
no sábado dia 4, o Bloco da PM “To de Folga” e o Axé Folia Mix
no Circuito Caiari.
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Depois
o carnaval em Porto Velho volta a acontecer no dia 15 de abril sábado
de aleluia com os desfiles das escolas de samba.
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E
tem mais, o desfile das escolas de samba, ainda pode mudar de data.
Tudo depende da burocracia. Aqui é onde tudo acontece fora de época.
Já teve ano que a festa junina do Flor do Maracujá aconteceu em
Setembro, aliás, terminou no dia 7 de Setembro.
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A
peça O Homem de Nazaré que saiu da Semana Santa para ser
apresentada em Corpus Christi já foi encenada em outubro. Daqui a
pouco o Natal será celebrado durante o carnaval e por aí vai. Tudo
por conta de alguns assessores governamentais, que preferem dizer que
estão agindo de acordo com a Lei e esquecem as datas oficiais das
comemorações.
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Em
Porto Velho os órgãos que trabalham a cultura e o lazer, não têm
mais o poder para dizer em qual data acontecerá tal avento, tipo
Flor do Maracujá, Desfile das Escolas de Samba, O Homem de Nazaré
etc. Hoje quem marca a data e a hora desses acontecimentos são os
setores da segurança. Aí o pobre do secretário de cultura ou
presidente de Fundação Cultural fica de calças curtas, imponente
para cumprir o calendário cultural da cidade e do estado.
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Não
sei como deixam a Parda de Sete de Setembro acontecer, pois, pela
lógica deles, no momento dos desfiles militares os homens estão
marchando e por isso, ninguém se responsabiliza pela segurança da
população.
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Não
quero comparar o nosso carnaval de rua, com o de estados como Rio de
Janeiro, São Paulo e Bahia, porém, o que se vê ou se viu na
televisão, foi que nessas cidades e estados, dezenas de blocos se
apresentam na mesma hora. E lá está a Polícia Militar garantindo a
segurança.
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Aqui
o evento carnaval, o único que consegue fazer o povo ficar mais
alegre, haja vista a crise pela qual passa o país que é o carnaval,
ninguém pode amanhecer o dia brincando. Em Porto Velho é proibido
se ter momentos de descontração. Aliás, esses momentos são
limitados.
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O
que não tem limite, é a superlotação dos presídios, a falta de
escola e principalmente de creches, São os assaltos a mão armada e
nem os assassinatos por acerto de contas. O que não tem limite em
Porto Velho são as ruas esburacadas, o asfalto casca de ovo, a falta
de água tratada na maioria dos bairros.
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O
que não tem limite em Porto Velho é a falta de respeito para com
nosso patrimônio Histórico. Agora mesmo, os times de futebol da
capital não podem jogar no estádio Aluízio Ferreira por falta de
ambulância. Essa ambulância tem que ser paga pelos clubes. Nos
blocos carnavalescos é a mesma coisa. Quem paga a equipe de
primeiros socorros é o bloco.
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A
pergunta é: Pra onde vai o dinheiro de tanta taxa recolhida por
qualquer agremiação, seja carnavalesca ou esportiva. Essas taxas
são pagas para que os órgão de segurança e saúde atuem. Porém,
mesmo se pagando um absurdo para colocar um bloco na rua. Não se tem
a garantia da segurança. O bloco paga banheiro químico, grade de
proteção, equipe de primeiro socorros inclusive a ambulância. A
Lei 190 é o pior entrave para os segmentos culturais de Porto Velho.
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Resumo:
Estamos fritos!
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