O escritor Júlio Olivar vai
apresentar na noite desta terça feira 14, às 20 horas, na biblioteca Francisco
Meirelles sua mais recente obra literária: “O Poeta que morreu de amor” em
comemoração ao centenário da morte do Poeta Vespasiano Ramos que faleceu e está
sepultado em Porto Velho no cemitério dos Inocentes no dia 26 de dezembro de
1916.
A sociedade literária da
capital de Rondônia que comparecer a biblioteca vai ser agraciado com o show
musical protagonizado pelos alunos da faculdade de música da FIMCA que
musicaram alguns poemas de Vespasiano Ramos. Além disso, o poeta maranhense
Ibson Carvalho que é membro da Academia Caxiense de Letras, recitará alguns
poemas de sua autoria de outros poetas nacionais.
Júlio Olivar nos recebeu na
manhã de ontem em seu gabinete na Setur e falou a respeito do livro “O Poeta
que morreu de amor”
O livro retrata a trajetória
do poeta Vespasiano Ramos, desde seu nascimento em Caxias (MA). Vespasiano
viveu durante 32 anos apenas e acabou por falecer aqui em Porto Velho no dia 26
de dezembro de, 1916 e foi sepultado no histórico cemitério dos Inocentes.
A figura do Vespasiano
sempre foi uma incógnita diz-se que ele é precursor das letras em Rondônia. Quem
é ele afinal? Quem é o homem atrás dessas letras maravilhosas que atravessaram
eras e gerações e continuam movendo sentimentos? Diziam-se muitas coisas sobre
ele, muitas lendas, até que era uma figura que andava de um lado pro outro sem
rumo. Na verdade, ele tem um lastro familiar consanguíneo muito interessante. O
pai dele era Promotor Público o irmão Heráclito Ramos era o principal
exportador de algodão do Maranhão, portanto, um homem rico, parente de
governadores e de pessoas muito bem sucedidas. Ele tinha a veia poética,
artística, que o movia de um lado pro outro. Lançou um livro no Rio de Janeiro
e dois meses depois, já estava no estado do Pará e veio pra cá.
O Livro “Coisa Alguma” foi o
único livro que ele publicou, inclusive pelas mãos de algum dos maiores
intelectuais do Brasil, na época, o livro foi submetido à apreciação crítica da
Academia Brasileira de Letras e foi enaltecido por figuras como Osório Duque
estrada o autor do Hino Nacional Brasileiro.
O que ele veio fazer em
Porto Velho?
O título do livro “O poeta
que morreu de amor” decorre exatamente dessa fuga dele pra Porto Velho, ele
estava numa paixonite aguda, (ele sofria dessa “doença”), apaixonado por uma
dama da alta sociedade maranhense Lili Bittencourt e ela ficou noiva de outro e
em decorrência dessa decepção ele acabou vindo pra cá. Ele também sofria de
cirrose hepática, tinha um tremor na mão direita e mergulhou fundo nas noitadas,
bebendo muito. Resolveu vir pra cá para se refugiar dessa situação toda... A
história completa está no livro.
Ele esteve em Ariquemes que
na época era o Seringal Canaã que pertencia a Aureliano Borges uma figura que
ele conhecia desde os tempos do Pará então foi procurar trabalhar como Guarda
Livro. Ao chegar ao Seringal começou a passar mal e fez contato com um amigo
que ele tinha em Porto Velho que era o João Alfredo dono do Jornal “O Município”
que é a raiz do jornal alto Madeira. Vespasiano viveu seus últimos dias dentro
da redação do jornal
Lançamento
O lançamento vai acontecer a
partir das 20 horas, na biblioteca Francisco Meirelles. Contaremos com
apresentação dos estudantes de música da faculdade FIMCA que musicaram diversos
poemas da lavra de Vespasiano Ramos Além da presença do poeta maranhense Ibson Carvalho.
A promoção é da Academia
Rondoniense de Letras.
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