História do balneário Rio Preto
Semana
passada, graças a permuta entre a diretoria da Banda do Vai Quem Quer e o
empresário Vagner Meloa, passamos um final de semana maravilhoso no balneário
Rio Preto.
Em
quanto desfrutávamos das belezas naturais, entre elas a contemplação da
correnteza proporcionada pela cachoeira, o canto dos pássaros que insistiam em
pousar nas várias árvores existentes nas proximidades dos chalés, além de
curtir a piscina com a cascata e seu toboágua, isso sem falar na caldeirada
feita com os peixes que a Mara, o Roni e a Valce pescaram no Rio Preto. Diante
de tanta beleza e tranquilidade, resolvemos conversar com o Vagner a respeito
da história do balneário. Aí ficamos sabendo que o Vagner deixou o Rio de
Janeiro com suas praias magníficas, para viver junto a natureza do seu
balneário Rio Preto em Candeias do Jamari - Rondônia, isso há quase vinte anos.
ENTREVISTA
Zk –
Você é oriundo de onde?
Vagner
– Sou de Nova Igauçu - Rio de Janeiro. Estou em Rondônia há quase 20 anos. Trabalhava
na Varig quando em 1999 ela resolveu terceirizar a Base de Porto Velho, me
candidatei e ganhei a concorrência e vim pra cá. Assumi no dia 1º de agosto de
1999.
Zk –
E o Balneário Rio Preto como surgiu em sua vida?
Vagner
– Em 2000 surgiu à oportunidade de comprar o balneário Rio Preto, fiz uma
proposta que foi aceita, só que naquele tempo era uma coisa muito simples,
então resolvi investir. Hoje é o que você está vendo, essa estrutura
maravilhosa, um investimento a época, de Três Milhões e Meio. Em 2006 a Varig
faliu e passei a me dedicar somente ao Balneário Rio Preto e estou aqui até
hoje.
Zk –
Você conhece a história desse balneário?
Vagner
– Ele existe há mais de 40 anos. É um balneário bastante conhecido, água
corrente, cachoeira. Sob minha administração está há 17 anos. Isso aqui também foi
administrado pela família da minha ex-mulher, eles ficaram aqui durante uns 15
anos. É claro que fiz benfeitorias, melhorei o ambiente e hoje contamos com
essa estrutura.
Zk –
A estrutura que você fala é composta de que?
Vagner
– Nossa estrutura consiste de uma lanchonete, restaurante, um espaço para shows
e eventos, temos banheiros, quadra de vôlei, playground, chalés, uma piscina, toboágua
e uma trilha. Temos como principais atrações à cachoeira do Rio Preto e a água
que é corrente, limpa. Costumo dizer o seguinte: A pessoa que nada nesse rio,
quando chega em casa se sente leve, porque lava a alma, esse rio é abençoado.
Zk –
Estamos vendo que mesmo em pleno inverno amazônico e com o rio cheio, as
pessoas vêm com suas famílias, passar o final de semana?
Vagner
– Isso não é problema, é a natureza. Aqui é um empreendimento sazonal. A
temporada começa a partir de abril e dependendo das chuvas, vai até dezembro
quando começa a subir o rio e praticamente nosso movimento cai 80%. Mesmo assim
com o rio cheio, temos uma estrutura hoje, que são os chalés a piscina e o toboágua
que são mais um atrativo pra compensar a baixa temporada, graças a Deus o
pessoal tem vindo, mesmo na época do inverno, não só pra curtir a estrutura, veem
pescar. Costumo brincar com todo mundo, que aqui é o único lugar que você pesca
e não paga.
Zk –
Quais os peixes que se pega no Rio Preto?
Vagner
– Temos todo tipo de peixe. O Rio Preto desemboca no Rio Candeias e este por
sua vez, no Jamari e o Jamari no Rio Madeira e com isso, todos os peixes sobem
esses rios e vêm parar no Rio Preto em especial a Jatuarana.
Zk –
Como foi que de uma hora pra outra, você sendo carioca, tomou a decisão de vir
pra Rondônia?
Vagner
– Quando comuniquei os colegas la no Rio que estava vindo pra Porto Velho, eles
achavam que era brincadeira. Sair do Rio de Janeiro pra onde só tem índio, era
assim que eles pensavam sobre Rondônia. Enfim, vim em busca do meu sonho,
representar uma grande empresa e graças a Deus, tive sucesso e com base nesse
sucesso, tive a oportunidade de comprar esse pedacinho do céu que é o Balneário
Rio Preto. Posso dizer, que é uma experiência muito gostosa, aqui você vive. No
Rio de Janeiro a vida não é fácil. Aqui me sinto muito bem, sou uma pessoa
muito querida e digo pra você de coração, não me faz falta o Rio de Janeiro
não, de vez em quando eu visito porque tenho parentes lá.
Zk –
Na realidade, o Balneário Rio Preto fica no município de Candeias do Jamari.
Qual a distancia da capital Porto Velho?
Vagner
– São apenas 32 quilômetros. O pessoal acha que o Rio Preto pertence a Porto
Velho quando na realidade, pertence a Candeias do Jamari. Meu público aqui 99% é
de amigos de Porto Velho
Zk –
O empreendimento Balneário Rio Preto é cadastrado na Setur?
Vagner
– Já fui procurado por essa entidade. Acredito que sim! Se você procurar nas
redes sociais, você encontra alguma coisa sobre nosso Balneário, como sendo
ponto turístico de Rondônia não de Porto Velho, até porque, a capital tem
outros balneários. O rondoniense em si não gosta de clube, na época da
temporada, você pode notar que todos os balneários estão lotados, seja do lado
de Porto Velho ou do lado de Candeias do Jamari. Pra você ter ideia, pro lado
de Candeias do Jamari temos mais de 20 balneários e também pro lado de Porto
Velho outros 20. É uma característica dos rondonienses gostar de balneário, de
curtir a natureza.
Zk –
Por algum tempo as atividades no balneário Rio Preto ficaram de vagar. Por que?
Vagner
– Tive um período de separação e me afastei um pouco do balneário em função disso.
Tão logo o problema com a justiça se resolveu retomei o balneário. Nesse
período realmente o negócio ficou meio parado.
Zk –
Qual a frequência?
Vagner
– Aproximadamente duas mil pessoas nos visitam aos finais de semana, graças à
beleza natural que temos para mostrar. Durante a cheia os turistas costumam vir
de barco, de lancha, de Jet esqui e até de canoa, do Candeias pra cá.
Zk –
Sobre a segurança?
Vagner
– Na temporada, contamos com uma estrutura muito grande, são aproximadamente 25
pessoas trabalhando aqui, dessas, 5 são segurança, não só segurança patrimonial
como segurança pessoal dos clientes e também salva vida. Costumo dizer, que
isso não é despesa, é investimento. Temos bombeiros, piscineiros e profissionais
que atuam no toboágua.
Zk –
Estamos a um mês do inicio da alta temporada. Qual a programação deste ano?
Vagner
– Na realidade, é uma experiência que vivemos. Aqui não dá certo música ao
vivo, porque é um ambiente familiar. Já fiz vários eventos aqui, acontece que os cantores ficam sozinhos cantando
e você olha o rio tá lotado de gente. Meu cliente não quer saber de banda, eles
querem saber é de curtir a natureza e curtir o rio. Temos uma trilha que fica
atrás dos chalés e ela dá a volta no balneário. Durante o inverno, é normal a
mata ficar fechada, porém, quando chega o período de alta temporada a gente faz
uma limpeza geral. São quatro quilômetros de trilha.
Zk –
Já aconteceu de alguém sofrer ataque de algum bicho?
Vagner
– Não, nunca aconteceu. Nem mesmo de alguém ser ferrado por arraia, aqui não
aprece cobra, jacaré, nada disso. Aqui é proibido perturbar qualquer habitante
da natureza, você aprecia normalmente revoadas de papagaios, araras, tucano,
gaviões enfim, tudo quanto é pássaro da nossa região e eles vem e pousam nas
árvores perto dos chalés porque sabem que ninguém vai perturba-los.
Zk –
Estava conversando com a turma que está passando o final de semana, sobre como
é não ter Internet. Se tivesse tava todo mundo no watt app. É de propósito isso?
Vagner
- Você sabe que hoje quase não se usa mais dinheiro vivo, é tudo no cartão de
crédito e assim sendo, pretendemos instalar uma torre para atender esse cliente
que só trabalha com cartão. Quanto a Internet propriamente dita, concordo com
você. Vamos tentar deixar do jeito que está, sem acesso as redes sociais, para
que os clientes se comuniquem mais uns com os outros, olho no olho e com a
natureza. Até porque, o balneário fica encravado entre algumas montanhas o que
dificulta a captação de sinal da Internet. Telefone também está fora de
cogitação. O cliente vem pra cá para descansar.
Zk – Qual o cardápio do restaurante?
Vagner
– Trabalhamos com comida típica regional, nosso carro chefe é “Galinha Caipira”,
temos os peixes regional como tambaqui e dourado. Apesar de não estar no
cardápio, sempre servimos Jatuarana que nós mesmos pescamos aqui no Rio Preto.
Zk –
Pra encerrar. Como se chega ao Balneário Rio Preto?
Vagner
– Da capital são 32 quilômetros. Hoje em dia com a tecnologia, você pode pegar
seu smartfone entrar no google mapa e aí coloca o local da sua origem e depois
Balneário Rio Preto que automaticamente você é guiado pra cá. Você pode vir de
Porto Velho pela BR-364 sentido Cuiabá e após passar a passarela do Candeias
marcar 8 quilômetros no velocimento do carro e vai ver a placa de entrada e é
só seguir a estrada municipal, conhecida como Linha 43, de terra, que vai
chegar no Balneário.