quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Lenha ba Fogueira - 18.11.16


Como nenhuma entidade que congrega ou representa o povo negro em Rondônia e em especial na capital Porto Velho. Pois no próximo domingo dia 20, é comemorado “O Dia da Consciência Negra” e pelo menos até ontem a tarde nada estava programado para lembrar o dia da morte de Zumbi.

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Esse nada aí quer dizer, nenhuma manifestação da cultura popular está programada para acontecer. Roda de Capoeira, Batuque, Roda de Samba tantas manifestações que poderiam acontecer em comemoração ao Dia da Consciência Negra.
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E olha que em Porto Velho existem “Enes” academias de Capoeira e pelos menos não foi divulgado, que algumas delas vai realaizar algum encontro alusivo a data da Consciência Negra.
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O que está salvando é a programação que está acontecendo no IFRO da Calama que desde o dia 14 está promovendo palestras sobre o tema e hoje no encerramento serão lançados os dois volumes do livro “Afros e Amazônicos cuja edição foi coordenada pelos professores doputores Marcos Teixeira e Uilian Nogueira.
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Na tentativa de não deixar passar a data sem alguma coisa interessante. Encontrei o texto abaixo
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De autoria de Walter Passos (Teologo, Historiador, Poeta, Afrocentrista e Pan-africanista:
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Eu amo o povo preto
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Quem te ensinou a odiar a textura do seu cabelo?/Quem te ensinou a odiar a cor da sua pele a tal ponto que você se alveja para ficar como branco?
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Quem te ensinou a odiar a forma do seu nariz e lábios?/Quem te ensinou a odiar você mesmo da cabeça aos pés?/Quem te ensinou a odiar os seus iguais? Quem te ensinou a odiar a sua raça tanto que vocês não querem estar perto uns dos outros?
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É Bom você começar a se perguntar: Quem te ensinou a odiar o que Deus te deu?” (MALCOLM X).
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Todos os pretos no planeta ao lerem essas palavras de Malcom X sabem as respostas. Mas, se você perguntar a maioria deles teme em responder.
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Porque o autodesprezo foi tão bem introjetado e acreditam ao questionarem estão praticando racismo. A dominação mental ocorreu através das mais violentas torturas que o ser humano pode sofrer: Invasão territorial em uma guerra desigual os transformou em prisioneiros de guerras, sequestros, escravização e imposições de vida na sua totalidade: linguagem e espiritualidade. O prisioneiro muda ou morre!
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Nesse processo demoníaco de apropriação da força de trabalho e da alma enfearam o africano. O mais belo de todos os seres humano criado a imagem e a semelhança do Criador foi considerado uma besta, um objeto, covardemente coisificado.
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Os africanos não aceitaram passivamente essas violações e nas suas primeiras resistências desde África e nos navios do desespero, afirmaram afrocentradamente:
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- Eu amo a minha ancestralidade, a minha terra, eu resisto...
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- EU AMO O POVO PRETO!
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Em todos os momentos de resistências na África, Américas, Ásia, Oceania e Europa todo o ato de resistência é uma declaração de amor ao povo preto. Declaração de amor à ancestralidade!
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Essa frase falada bem alto e estampada em uma camisa demonstra a repulsa a mentira do enfeamento proposto por aqueles sequestradores covardes dos nossos ancestrais.
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EU AMO O POVO PRETO é uma declaração de amor e respeito aos nossos ancestrais e a nós mesmos!
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Isso está no blog http://cnncba.blogspot.com.br
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Voltando a Porto Velho, com pés atolado na lama de suas ruas:
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Segundo o colunista Robson Oliveira o presidente da Funcultural do prefeito eleito Hildon Chaves será o museólogo Antônio Ocampo Fernandes.
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Ta começando bem prefeito. Pelo menos no segmento cultura.

Bertrand publica - O ano da lebre", de Arto Paasilinna

Kaarlo Vatanen, jornalista, sente-se exausto, cansado da vida urbana. Em uma noite de verão, durante seu trabalho, atropela acidentalmente uma pequena lebre que atravessava uma estrada do campo. Ele, então, sai em busca da criaturinha ferida. Este pequeno incidente se torna uma experiência transformadora para Vatanen, que decide se libertar dos grilhões do mundo: larga o emprego, deixa a esposa, vende suas posses e parte em uma jornada pelas selvas finlandesas com sua nova companhia. Suas aventuras envolvem grandes queimadas, sacrifícios pagãos, jogos de guerra, ursos assassinos e muito mais.
Publicado originalmente em 1975 e traduzido para dezenas de idiomas, “O ano da lebre” é uma instigante mistura de farsa, crise de meia-idade e livro de viagem, além de uma fábula sobre liberdade, compromisso e sobrevivência. Considerado uma obra-prima da literatura mundial pela UNESCO Collection of Representative Works, foi ganhador do Prix Littéraire Air Inter(1989), do Pro Finlândia (1993) e do Premio Letterario Giuseppe Acerbi (1994), além de ter sido adaptado duas vezes para o cinema, em 1977 e 2006.
SOBRE O AUTOR:

Autor fundamental da literatura finlandesa, Arto Paasilinna nasceu em Kittilä, em 1942. Jornalista que se tornou romancista, seus livros altamente imaginativos venderam mais de 7 milhões de exemplares no mundo todo, tendo sido publicados em mais de 40 idiomas e diversas vezes adaptados para o cinema.

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