A
exposição “Memórias do Rio, paisagens no Madeira” tem o
objetivo de mostrar a sociedade não apenas o estudo científico no
campo da arqueologia e comunidades tradicionais, mas trazer um pouco
das experiências de vida dessas pessoas com o rio e suas histórias.
A
cidade de Porto Velho carece compreender mais sobre essas relações
que constituem a nossa gênese, mas que por ora está distante de
nossa existência, por vários motivos, como a correria da vida
cotidiana e a luta pela sobrevivência. Buscar compreender essa
mística que se construiu por séculos ao longo do Rio Madeira e que
vem sendo destruída com a modernidade e a expropriação econômica
tem sido o grande desafio dos remanescentes dessas comunidades. Por
isso, que o projeto de Extensão coordenado pela professora Dra
Silvana Zuse e conceituado em uma exposição pela Museóloga Evânia
Barros trazem a tona não apenas a longa permanência de populações
de pelo menos 6 mil anos ao longo do Rio Madeira, mas a tônica e o
desafio em permanecer em seus espaços naturais mesmo com tantas
transformações recentes não apenas da paisagens, mas dos modos de
vida, decorrentes da construção de grandes empreendimentos
hidrelétricos. Gerando o risco e extermínio do bem viver e do
simbólico no qual essas comunidades viviam emersas.
Neste
sentido construir e discutir uma pauta com toda a sociedade de Porto
Velho sobre as memórias do Rio Madeira e suas paisagens passar a ser
um ponto urgente. Assim a exposição acontecerá entre os dias 07 de
novembro a 15 de dezembro no Museu Palácio da Memória Rondoniense
(antigo Palácio do Governo), estando aberto ao publico geral de
segunda a sexta.
A
proposta apresentará visitas guiadas a estudantes e demais grupos,
visita ao laboratório de arqueologia do museu, em que será mostrado
o processo de análise arqueológica, e em alguns dias na semana
também haverá apresentação de documentários no auditório. Serão
expostos materiais e narrativas arqueológicas, provenientes das
pesquisas de campo do Departamento de Arqueologia da UNIR, nos sítios
arqueológicos Santa Paula e Donza, ambos na margem esquerda do rio
Madeira, bem como de relatos, fotografias e vídeos das comunidades
próximas aos sítios arqueológicos. Aguardamos sua visita e
participação. (Texto: Ednair Rodrigues do Nascimento)
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