quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Lenha na Fogueira - 07.10.16

A violência que toma conta do estado de Rondônia, chegou com força total 
ao Duelo na Fronteira na noite da última quarta feira, quando um marginal assassinou friamente o tecladista da banda do boi bumbá Flor do Campo o tecladista Márcio Menacho.
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O pior disso tudo, é que o assassino o máximo que pode ficar preso, é por três anos, pois trata-se de um menor de idade. Menor para matar, menor para ser tolerado pelos “Direitos Humanos”. Matou um pai de família muito considerado na cidade Pérola do Mamoré. Matou um professor que tinha como meta ensinar, educar os jovens.
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E mais o crime ocorreu justamente num momento nada propício para a cidade de Gaujará Mirim e seu maior evento cultural e turistico que é o Duelo Na Fronteira. Já não bastasse o MP ter proibido os grupos folclóricos de receber qualquer ajuda do governo estadual.
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Já não bastasse a empresa responsável pela realização do Festival em 2015, não ter apresentado a prestação de contas do arrecadado nas bilheterias do bumbódromo.
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Já não bastasse o MP também ter impedido a Associação dos Filhos e Amigos de Guajará de entregar o material adquirido de empresas especializadas em São Paulo com a emenda do deputado Dr. Neidson repassada pelo governo do estado via Sejucel.
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Ainda vem um marginal, e mata o Márcio da Paz Menacho, Márcio que até no sobrenome pregava a Paz.
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É como diz o dito popular: “Só o Duelo na Fronteira estando Cag... de Arara Baiana” com tanta zebra acontecendo”.
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Tava tudo certinho. Os bois iriam dar uma “banana” aos que tentaram atrapalhar suas apresentações ou a realização do Duelo na Fronteira.Trabalharam dobrado para mostrar a capacidade de criação dos artistas guajaramirenses e aí acontece uma tragédia dessas. É pra revoltar qualquer ser humano, por mais pacato que seja.
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Márcio estava chegando em casa, para logo sair para o ensaio geral da apresentação da segunda noite do Flor do Campo.
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É assim que acontece nesse estilo de festival. Cada noite é uma apresentação. Jamais um grupo de boi apresenta o mesmo ritual. Cada apresentação é um ritual.
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Tudo já estava praticamente montado na quadra do Colégio Almirante Tamandaré para o ensaio geral da apresentação da noite de domingo, quando chega a notícia que o Márcio acabara ser assassinado por um moleque.
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O moleque o matou para ficar com a motocicleta e mais, Márcio caiu morto praticamente na sala de sua residência, com sua esposa e filho assistindo tudo, enquanto o marginal se apossava da moto e fugia.
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Ainda bem que a polícia foi rápida e logo prendeu o meliante e recuperou a moto, assim como encontrou a arma do crime. Quem vê a foto do marginal preso. vê que ele não tá nem aí. Pra ele, matar é coisa normal.
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Ainda bem que esse crime foi logo desvendado, porque o outro, aquele que mataram o presidente do Flor do Campo se não me engano em 2012, até agora ninguém conseguiu saber quem foi realmente o assassino ou o mandante.
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Dessa vez a polícia agiu rápido e localizou e prendeu o assassino do Márcio. Prendeu mais não devolveu a alegria do Festival.
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É isso mesmo, hoje com certeza a apresentação do Flor do Campo não será feita com a alegria costumeira. Muita gente vai chorar a falta dos acordes executados durante a apresentação do Flor do Campo.
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Hoje a Banda do Flor do Campo não vai tocar. Toda a apresentação será através das músicas do boi, gravadas em CD.
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Vamos continuar duelando contra a violência que assola nosso estado e que irresponsavelmente, está afetando diretamente o 20° Duelo na Fronteira!

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