Bainha dando show de samba no pé |
Eparrei Iansã, Patakori
Ogunhhê, Epa, Epa Babá com esse refrão, o Trio de Ouro –
Bainha, Oscar e Zé Baixinho conquistaram os jurados e a maioria dos presentes à
tenda do Tigre na tarde noite do último sábado dia 15 e mais uma vez conseguiu
emplacar um samba de enredo como o hino da escola, desta feita para o carnaval
de 2017.
Zeus entre nós, no carnaval
do Tigre – Ecos da Mitologia é o tema da escola para o
carnaval de 2017. Seis parcerias (Mávilo Melo & Waldison Pinheiro; Bainha,
Oscar e Zé Baixinho; Torrado & Jon Adson Piaba; Allan Barros, Danilo Cardoso,
Eduardo Dias e Laimisson Toba – Fina Batucada; Toninho e Eduardo Tavernard
& Junnior Santos; Cristina, Franciléia, Silvia, Vanilce e Wilma - Pastoras),
apresentaram seus sambas para análise dos jurados: Suely Rodrigues, Rubens
Cavalcante – Binho, Marcelli Pereira, Alkbal Sodré, Antonio Serpa do Amaral –
Basinho e Oswaldo Reis.
A festa começou por volta
das 15 horas, com a Tenda do Tigre literalmente lotada por brincantes da escola
e simpatizantes do estilo samba de enredo. Torcidas organizadas se arvoravam
distribuindo os prospectos com as letras dos sambas. Teve torcida que levou
iguarias gregas como quibe cru, tabule e outras guloseimas típicas da Grécia e
região – Manjá dos Deuses. O nevorsismo dos compositores estava latente, porém,
apesar da direção da escola não ter conseguido apoio para contratar sonorização
de ponta, as parcerias e seus interpretes pouco reclamaram das limitações do
som.
De acordo com o coordenador
Altair dos Santos Lopes – Tatá a ordem das apresentações foi decidida na
reunião do dia 6, na residência da Tia Nazira e assim aconteceu, com a parceria
Mávilo & Waldison abrindo a disputa, seguida do Trio de Ouro; Jon Adson
& Torrado; Fina Batucada; Toninho e Eduardo Tavernard & Junnior Santos
e As Pastoras.
Os
Três Finalistas
Suely Rodrigues, Binho, Basinho, Marcelli, alkbal e Oswaldo |
A cada samba apresentado as
torcidas faziam a festa com papel picado, serpentinas e confetes, porém, de
acordo com o regulamento, apenas três dos seis sambas apresentados, passariam
para a segunda fase, ou melhor, a finalíssima. Após quase uma hora de espera,
com as parcerias inquietas, eis que Tatá aparece no palco e anuncia as três
parcerias que iriam disputar o direito de ver seu samba cantado na avenida em
2017. “Os classificados são: Mávilo & Waldison; Trio de Ouro e Toninho
Tavernard” anunciou Tatá. As parcerias que ficaram fora, não contestaram (pelo
menos aparentemente) a decisão dos jurados e então se procedeu ao sorteio para
as apresentações da finalíssima, que mais uma vez colocou a dupla Mávilo &
Waldison cantando primeiro; Trio de Ouro em segundo e Toninho Tavernard em
terceiro.
Novo
Critério de escolha
Dessa vez anunciou Tatá, os
senhores jurados, não precisarão pontuar os sambas, apenas terão que escolher o
samba A, B, ou C (pela ordem de apresentação), isso levou sambistas compositores
presentes como Cristóvão Nascimento, Antonio Neto, Silvio Santos, Fernando e
tantos outros a seguinte opinião. “Agora o que vai valer é a performance
durante a interpretação de cada um”.
O
samba vencedor
Após as apresentações os
jurados entregaram à Comissão Coordenadora seus votos e na contagem,
registrou-se o empate de Três X Três entre os sambas do Toninho Tavernard e o
do Trio de Ouro. Mais uma vez os jurados foram convocados para desampatar e
decidiram pelo samba do Bainha, Oscar e Zé Baixinho. Daí pra frente foi só
festa, com os interpretes Marcelo Luna, Thiago Paiva, Bainha, Oscar e Zé
Baixinho mais alguns integrantes da diretoria e que também participaram da
disputa como Waldison e Mávilo e as Pastoras cantando o samba vencedor, agora
transformado em hino da escola Asfaltão no carnaval de 2017.
Zeus entre nós, No carnaval do Tigre,
Ecos da mitologia
Autores:
Bainha, Oscar e Zé Baixinho
Arranjos:
Mão do Cavaco
Interpretes:
Marcelo Luna e Thiago Paiva
Vesti
minha dourada fantasia
Viajei
no tempo, do embalo da folia
Escalei
montes, por mares naveguei
Cheguei
à Grécia antiga, berço da mitologia
Nas
narrativas e contos dos poetas
Do
imenso caos eu vi surgir, (vi surgir)
Gaia,
mãe terra... Eros, o amor, a paixão
Tártaro,
o universo... Èrebo, a escuridão
Vi
Urano ser gerado... Titãs, musas e ninfas
Vi
Cronos e Réia... Atos profanos e tiranias
No
Olimpo, o poderoso Zeus... Soberania
Vem
de lá, ô ô ô ô Vem de lá
A
herança desta festa popular
Chama...
Dionísio, Chama o Zé Pereira
Caia
na folia, o Rei mandou festejar.
Ecos
e ventos sopraram de lá pra cá
Influenciando
a humanidade
Arte,
ciência, religião, justiça e democracia
Refletem
os valores da antiguidade
No
seio da mata, reluz a magia do Pajé
Tem
mitos e lendas a nos encantar
Iara,
Jaci, Guaraci,Curupira e Boitatá
Das
telas à realidade da vida
Somos
todos heróis, na lida
Mulher
Maravilha, Super Homem, Thor
Ao
som do tambor, vamos cantar rituais
Em
louvor aos deuses...Tupã e aos Orixás
Eparrei
Iansã, Patakori Ogunhê, Epa, Epa Babá
Ei
você! Se liga aí
De
amarelo, preto e branco, vou sambar
Quando
meu Tigre rugir e a Pura Raça tocar
Sou
Asfaltão... Ninguém vai me segurar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário