O
projeto Animando Amazônia iniciou
na última semana, em Porto Velho, oficinas de audiovisual para
estudantes e palestras de sensibilização para professores, com o
objetivo de levar o cinema para as salas de aula como ferramenta de
aprendizado. O trabalho, voltado para proteção do meio ambiente, é
desenvolvido gratuitamente em escolas públicas. Foi iniciado
no distrito de Jaci-Paraná, a 100 quilômetros da região
Central do município, e na vila de Rio Pardo, localizada no interior
da Floresta Nacional do Bom Futuro. Também estão incluídas no
projeto, escolas do Lago do Cuniã e Cujubim, no Baixo Madeira, e da
cidade de Porto Velho. Em todas as localidades, haverá a projeção
de animações, incluindo os trabalhos realizados pelos alunos que
participam das oficinas.
A
secretária executiva do CINEDUC, instituição que há 40 anos
desenvolve projetos de integração do cinema com as escolas, Bete
Bullara, participa do projeto, com palestras de sensibilização para
os professores, sobre a importância do audiovisual como instrumento
de aprendizado.
O
Animando Amazônia é inspirado no Anima Mundi, considerado como
o maior festival de cinema de animação das Américas, e foi criado
por conta do êxito de oficinas de audiovisual realizadas pelo
FestCineamazonia em 2015, com a participação de dezenas de
alunos de escolas estaduais de Porto Velho. O projeto conta com apoio
da prefeitura, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente
(SEMA).
“A
gente tem percebido esta conexão fantástica da animação com a
educação, sem falar que esta nova geração tem acesso aos
mecanismos de produção de audiovisual e, portanto, está
habilitada, com as devidas orientações, a produzir filmes. O nosso
desejo é encurtar este caminho, colocando a animação dentro das
escolas, como instrumento pedagógico e aliado do professor”,
explica o criador e coordenador do Animando Amazônia, Jurandir
Costa.
A
temática ambiental das oficinas é uma preocupação recorrente em
Porto Velho. O município convive com as consequências da construção
de duas hidrelétricas de grande porte, ainda em fase de conclusão,
e da enchente do rio Madeira ocorrida em 2014, quando o rio invadiu
as ruas da Capital e expulsou populações tradicionais na área
ribeirinha. Atualmente, o município é protagonista de um novo
ciclo econômico, liderado pelo agronegócio, com a substituição da
floresta pelo pasto e lavouras de milho e soja. (Assessoria
de imprensa – Ana Aranda)
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