A exposição
(Re)conhecendo a Amazônia Negra da
fotógrafa Marcela Bonfim, realizada em parceria com o Sesc, foi transferida
nesta semana para o campus da Calama do Instituto Federal de Rondônia (IFRO),
onde deverá permanecer até a realização das atividades da Semana da Consciência
Negra, na passagem do 20 de Novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, que há
três anos é comemorado pelo IFRO, segundo o professor de história Doca William.
Ele explica que a mostra - composta de 33 fotografias de quilombolas,
barbadianos e outros descendentes de negros que participaram da formação de
Rondônia - “dá visibilidade à história e cultura dos negros do Estado
entre alunos e professores da instituição, preenchendo uma lacuna que existe
nas escolas sobre o estudo da África e seus descendentes no Brasil, a exemplo
do que também ocorre com os indígenas”.
A exposição
(Re)conhecendo a Amazônia Negra, com fotografias impressas diretamente na
madeira – uma técnica ainda pouco conhecida, que dá um relevo especial para as
imagens - foi aberta em maio no Espaço Cultural Cujuba e também pôde ser vista na
Galeria Palácio, na sede do governo de Rondônia, com grande aceitação do
público. Mais de mil pessoas já viram as imagens e o trabalho também está tendo
repercussão fora do Estado. Recentemente, Marcela Bonfim participou do projeto
Portas Abertas da Associação Fotoativa, de Belém do Pará, que é considerada
como uma referência para a cultura fotográfica da região amazônica. “Foi uma
oportunidade única que tive de falar sobre a participação do negro no cenário
rondoniense e da invisibilidade deste segmento na formação cultural e religiosa
do Estado dentro da história oficial da região”, relata a fotógrafa. (Fonte Ana Aranda –(69) 98100 9063)
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