A partir deste sábado 21
Marcela Bonfim expõe a Amazônia Negra no espaço cultural Cujuba.
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A abertura da exposição de
fotografias, impressas diretamente na madeira, do projeto “(Re)Conhecendo a
Amazônia Negra: povos, costumes e influências negras na floresta” , de Marcela
Bonfim, no sábado de lua cheia, 21 de maio, no espaço cultural Cujuba - do
poeta Dom Lauro, promete ser um marco da luta do negro por um espaço justo na
sociedade.
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Escreveu a jornalista Ana
Aranda que juntaamente com seu compnaheiro de longas datas, Bubu Jonshon,
Júnior, Basinho e tantos outros artistas estarão prestigiando o evento
mostrando também suas artes.
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Marcela selecionou 33
fotografias de suas andanças em Porto Velho e quilombos do vale do Guaporé, na
procura da identidade dos descendentes de africanos que contribuíram para o
desenvolvimento de Rondônia, a partir do remoto ano de 1750 - com a exploração
do ouro e a construção do Forte Príncipe da Beira - até nossos dias, quando uma
nova leva de migrantes negros - desta vez, haitianos - passou a fazer parte da
população de Rondônia.
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A exposição é feita em
parceria com o Sesc/Rondônia e ficará à disposição do público até o dia 20 de
junho no Cujuba – um espaço cultural com a cara de Porto Velho, que abre suas
portas pela primeira vez para mostrar fotografias inéditas e outras já
publicadas de Marcela Bonfim.
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Quem assinas a montagem da
mosta e nada-mais nada-menos que a artista plástica Margot Paiva e a arquiteta
Regina Mourão. Os 50 primeiros visitantes receberão um catálogo da exposição.
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A exposição será aberta com
o vídeo experimental do projeto com edição de imagens da fotógrafa Michele
Saraiva, mais intervenção do poeta Dom Lauro e do artista plástico Hely
Chateaubriand. Também estão programadas apresentações das bandas Três de Nós e
Tuer Lapim, músicos Júnior, Bubu Johnson e Basinho, bateria da Escola de Samba
Asfaltão e discotecagem de Leonardo Felizardo.
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Marcela Bonfim é paulista de
Jaú e descobriu em Rondônia uma Amazônia negra, além da indígena que ela já
esperava encontrar em Porto Velho, onde passou a morar a partir de 2010. “O
projeto (Re)Conhecendo a Amazônia Negra propõe uma reflexão das artes visuais,
no campo da antropologia visual, sobre a constituição e memória da população
negra brasileira na região amazônica”, explica a fotógrafa.
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Economista e ativista
cultural pelas causas dos negros, povos tradicionais, populações de rua e
presidiários, Marcela faz da máquina fotográfica um instrumento de militância
pelo reconhecimento do papel dos africanos na formação da Amazônia e na defesa
da sua autoestima, com o olhar de quem se reconhece no foco da câmara.
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“A motivação deste trabalho,
explica, se deu principalmente a partir da minha busca pelo reconhecimento
pessoal e de entender-me enquanto mulher negra num país racista, onde os
espaços são sutilmente fragmentados entre negros, pardos e brancos. Todos
vivendo em espaços delimitados e realizando funções específicas. Só que os
primeiros à margem da sociedade e da história oficial”.
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Estão todos convidados a
apreciar a arte fotográfica de Marcela Bonfim amanhã a partir das 20h30 no
espaço Cojuba a riua Prudente de Moraes, 2449 pertinho do Cemitério dos
Inocentes.
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Em ambiente de muitas salas,
muitas coisas podem acontecer, por isso é preciso ter cuidado, pois segundo
informes beradeiros tradicionais: “Mata tem olho
e parede tem ouvido”. No caso, a frase foi
investida. “Parede tem Olho e visitante tem ouvido”. Pano por favor,
se não pode dar confusão!
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