segunda-feira, 9 de maio de 2016

Lenha na Fogueira - 10.05.16

Rondônia ficou fora da seleção do Rumos Itaú Cultural.

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Os projetos selecionados são originários de 25 estados e um é da Argentina. Somente Rondônia e Roraima não tiveram trabalhos classificados– sendo que o primeiro é impactado por uma obra a ser realizada a partir de Goiás. Pelo menos 52 dos escolhidos terão repercussão e investigações em outros estados ou países (Angola, Colômbia, Cuba, Espanha, México e Uruguai).

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Com as propostas inscritas em três grandes campos – criação e desenvolvimento (concepção e/ou desenvolvimento de projetos artístico-culturais),documentação (organização e preservação de acervos relacionados à arte e à cultura brasileiras) e pesquisa (desenvolvimento de pesquisas em arte e cultura brasileiras) –, a maior incidência é nos formatos audiovisual/documentário (48), seguido de patrimônio e memória (45), artes visuais (40), formação (30) e música (28).

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“Esta edição do Rumos reafirma a força e a amplitude da diversidade cultural e artística brasileira e, portanto, para o Itaú Cultural o programa cumpre o papel de garantir e incentivar a construção desta multiplicidade de narrativas sobre a nossa contemporaneidade” observa Eduardo Saron, diretor do instituto.

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Os temas aparecem tanto em projetos de pesquisa quanto de fim artístico. Um deles, do Rio de Janeiro, é Pontes sobre abismos, de Aline de Souza Motta. Trata-se de um trabalho de artes visuais que fala sobre relações familiares, história, memória e ancestralidade na África, em um diálogo com a atualidade.

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Outro exemplo é Acervo Agudás - Os "brasileiros" do Benim: Documentos visuais, sonoros e textuais, uma pesquisa de Milton Roberto Monteiro Ribeiro, também do Rio de Janeiro, que aborda a questão dos descendentes de africanos escravizados no Brasil que, ao longo do século 19, retornaram à África (região de Benim, Togo e Nigéria). O conteúdo será disponibilizado ao público no site do Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense.

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Pelo menos três perpassam questões de gênero. Fabiana, um audiovisual a ser realizado pela goiana Brunna Laboissiere Ferreira que impactará, além de Goiás, Belém, Recife, Macapá, Porto Velho e Vitória. O projeto contempla a pesquisa, produção e finalização de um documentário em que a diretora acompanhará a rotina de Fabiana, uma caminhoneira que se assume como mulher transexual na adolescência e está prestes a se aposentar.

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A baiana Camele Lyra Queiroz realizará LUMA, um curta-metragem de 20min que se apoia na abordagem documental para mostrar a retomada do contato e da aproximação entre ela, que vive em Salvador, e seu tio, que se tornou travesti e vive em São Paulo há vários anos. A última vez que se viram foi há 27 anos. No conteúdo, o filme será marcado pelas tensões emocionais, e na sua forma, pelas tensões estéticas.

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Em TransAmazona, o Muamba Estúdio, de Belém do Pará, fará um roadmovie experimental sobre o universo de mulheres transexuais e travestis em áreas de influência da BR320, a Rodovia Transamazônica. Percorrendo três estados cortados por ela, os realizadores pretendem questionar a sobreposição sistemática de opressões na trajetória de mulheres trans na Amazônia: a transfobia, o machismo, o racismo e o preconceito de classe agravados pelo isolamento político da região, que figura nos piores índices de educação do país.

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Cadê os produtores culturais de Rondônia e em especial de Porto Velho que deixaram passar essa oportunidade oferecida pelo Itaú.  Cultural. Vamos acordar povo da cultura! 

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