Familiares do historiador Vitor
Ugo abrem nesta sexta feira 21, as 20h00,
na Casa da Cultura Ivan Marrocos a
Exposição “Dez anos sem Vitor Ugo”.
O público que visitar a Casa da Cultura no período de 21 a 28 deste mês, vai encontrar Fotografias,
Álbuns, Objetos Pessoais, Livros do Historiador, Diplomas Acadêmicos e Medalhas
Honoríficas além de poder assistir DVDs com a Trajetória de sua vida; Filme
“Rondônia Hoje”; exposição de fita K-7 e coleção de fitas em rolo antigos
(Rádio Caiari); Álbum de noticia do seu passatempo e uma pequena mostra de sua
biblioteca; Dicionários para tradução; Livros importantes e Brasão da família
Ugo. “Sua herança é sua vida dedicada ao amor e a paz entre os homens”.
Célio Ugo filho do homenageado
escreve: Assim inicio este artigo dedicado a Vitor Ugo, destinado aos leitores
desse matutino da comunicação escrita, que de certo chegará a todas as pessoas
do estado de Rondônia. Com certeza haverá quem pergunte: Quem é Vitor Ugo?
Basta perguntar às pessoas mais antigas de Porto Velho, que lhe dirá alguma
coisa sobre ou a respeito dele. A história do padre Vitor Ugo se confunde com
muitos aspectos do desenvolvimento de Porto Velho e Rondônia como um todo, quer
seja como historiador ou ainda como homem das primeiras comunicações de Rádio
Amador, Rádio Caiari e Telefonia, nestas plagas longe dos grandes centros do
Brasil.
Veio da Itália para o Brasil
em 1938 para o Noviciado Salesiano, no Instituto Coração Eucarístico de Jesus,
no Ipiranga em São Paulo. Em 1940/42 cursou Filosofia em Lavrinhas e Lorena. Em
1943/45 “Tirocínio” (estágio), no Liceu Coração de Jesus em São Paulo onde
conheceu Dom João Batista Costa como diretor daquela Casa Salesiana. Foi
ordenado sacerdote no dia 8 de dezembro de 1949 e celebrou a 1ª missa no dia 9.
Chegou a Porto Velho em fevereiro de 1950 com apenas 28 anos de idade. Assim o
Célio faz uma breve história de seu pai Vitor Ugo.
Vitor
Ugo e a Rádio Caiari
Era o meio do ano de 1960,
quando o padre Vitor Ugo colocou no ar através das ondas de um transmissor de
Rádio Amador, utilizando a freqüência da Rádio Difusora do Guaporé que havia
encerrado suas atividades, a Rádio Caiari. O primeiro estúdio da emissora foi
instalado embaixo da escadaria do Colégio Dom Bosco e seus primeiros locutores
foram Bianor Santos, José Helio de Castro e depois o Inácio Castro, os técnicos
responsáveis pela instalação do equipamento, Fernando Barbosa e Artur Marques o
motorista era o índio Chico Lana e os primeiros sonoplastas Silvio Santos e Ary
Santos.
O objetivo principal da
Rádio Caiari era evangelizar o povo de Deus. Já em 1961 a rádio passou para o
estúdio montado no prédio da “Escolinha” Domingos Sávio atrás da igreja
catedral com entrada pela rua Carlos Gomes e graças aos bons contatos, Vitor
Ugo conseguiu na Itália equipamento de ponta como transmissores, mesa de som,
gravador Akay, enfim tudo que uma emissora de rádio deveria ter.
Independente daquela
transmissão da Missa do Galo (18 de dezembro de 1961) que todo mundo tem como
sendo a primeira da Rádio Caiari, quando na realidade, a emissora já estava no
ar já tinha um bom tempo.
No final do ano de 1960 o
novo equipamento passou a funcionar a todo vapor, foi inaugurada a antena da
rádio com uma altura de mais de 60 metros no pátio da paróquia de Nossa Senhora
das Graças e então a emissora passou a funcionar com os seus 1.430 kilo hertz, em
onda médias e também com freqüência de ondas tropicais. “Aposentaram o
transmissor de Rádio Amador’.
Devo esclarecer
que eu Silvio Santos já trabalhava na Rádio e nós funcionários da emissora,
resolvemos promover a inauguração da Sociedade de Cultura Rádio Caiari, no dia
21 de fevereiro de 1961 e encomendamos ao artista Afonso Ligório que
reproduzisse em tela de dois metros de altura por um de largura, a ilustração
da capa do 1° volume do livro Desbravadores.
Reunimos todos
os funcionários e convidamos o padre Vitor Ugo que sem saber de nada, ficou
deveras emocionado, quando descobrimos a tela com a reprodução da capa do seu
livro. Essa é a data da inauguração oficial da Rádio Caiari.
Assim prestamos
nossa homenagem àquele que também criou o sistema de telefonia em Rondônia com
a Cetel (Central Telefônica).
Vitor Ugo em
1973 pediu licença do sacerdócio na Cúria Metropolitana da Arquidiocese do Rio
de Janeiro, se afastando das atividades
religiosas como Padre.
Em 1974,
casou-se com a professora Auxiliadora Lobato com quem teve dois filhos: Célio
Ugo e Vitor Ugo Júnior.
Essa história o
leitor vai poder acompanhar na exposição “Dez
anos sem Vitor Ugo” que será aberta hoje as 20h00, na Casa da Cultura Ivan
Marrocos.
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