Ela
traduz as múltiplas identidades culturais do País e se apresenta
como uma das mais poderosas formas de preservação da memória
coletiva. Celebrada no
dia 17 de outubro (quarta feira passada),
ela faz festa diária na vida de todo cidadão brasileiro. Instituído
pela Lei Nº 12.624, de 2012, o Dia Nacional da Música Popular
Brasileira é uma homenagem ao aniversário de nascimento de
Chiquinha
Gonzaga, que pode ser considerada a primeira compositora popular
do País.
Chiquinha
nasceu no Rio de Janeiro, em 1847, e foi responsável por um reboliço
musical e social na cidade. Frequentou as rodas musicais do local e
teve atuação na libertação dos escravos numa época em que as
mulheres não tinham espaço na música e na política. Como diz o
musicólogo e diplomata Vasco Mariz, em crítica sobre a compositora,
"sua atividade era extraordinária em todos os setores.
Basta dizer que só para o teatro escreveu nada menos de 77
partituras, quase todas encenadas e muitas delas com bastante
sucesso".
A
atuação da compositora reverbera ainda hoje na importância da
Música Popular Brasileira para o cenário musical nacional e para a
forma como o País é identificado no globo. "O
prestígio de nossa música consolida-se em todo o mundo, podendo ser
considerada como um dos símbolos de nossa gente, seus hábitos, seus
fazeres, haveres e falares",
sintetiza o site do Dicionário
Cravo Albin da Música Popular Brasileira, que conta com parceria
do Ministério da Cultura (MinC).
Para
o diretor do Centro de Música da Fundação Nacional de Artes
(Funarte), Marcos Souza, a Música Popular Brasileira se mantém
"riquíssima". "Temos
uma diversidade absurda e, todo ano, nossa música é reconhecida no
mundo inteiro. Cabe dizermos que existe uma potente riqueza explorada
pelo setor que apresenta a música para o entretenimento, mas também
há outros caminhos que procuramos estimular, como a música de
contemplação",
explica.
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