segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Lenha na Fogueira - 23.10.18


Com a Curadoria de Ana Mendes, Gabriel Bicho, Marcela Bonfim e Saulo de Sousa foi aberta domingo passado a II Mostra a Céu Aberto que engloba exposição de fotografias e outros temas culturais.
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Vinte e cinco artistas tiveram trabalhos selecionados pela curadoria e domingo a partir das 15 horas começaram a colar no muro do Ferroviário e da Ceron no espaço da Rua Euclides da Cunha entre a João Alfredo e a Sete de Setembro seu trabalhos.
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Sobre a Mostra publicaremos matéria na edição de amanhã quarta feira 24. |Hoje vamos nos reportar a história sobre o espaço escolhido pelos organizadores do evento, Rua Euclides da Cunha.
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Outro dia encontrei a Marcela Bonfim e sugeri que ela falasse para a Ana Aranda jornalista que está esta aturando na assessoria da Mostra que passe a divulgar o local da Exposição pelo nome original da rua ou seja “Rua do Coqueiro”.
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Vamos tentar explicar sobre o primeiro nome daquele trecho da hoje rua Euclides da Cunha. Na realidade v amos falar da famosa RUA DO COQUEIRO.
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No ano de 1955 por força da inauguração do Palácio Presidente Vargas, a feire livre que até então funcionava no espaço da hoje, Praça Getúlio Vargas em frente ao Mercado Municipal (Cultural hoje), foi transferida para o espaço que ficava entre o Clube Internacional (hoje Ferroviário) e a Usina do SALFT (hoje (CERON), aquele espaço na realidade, era apenas um caminho íngreme, entre a Sete de Setembro e a Baixa da União.
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Com a necessidade de tirar a Feira Livre de frente do Palácio escolheram aquele espaço.
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A Feira Livre que funcionava de Quinta Feira a Sábado até meio dia, funcionou ali até o ano de 1958, quando foi inaugurada a FEIRA MODELO num galpão construído especificamente para tal fim, no quadrilátero formado pela Farquar, Henrique Dias, Euclides da Cunha e Travessa Renato Medeiros hoje conhecido como MERCADO CENTRAL.
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Quando os feirantes desocuparam o espaço entre o Clube Internacional e a Usina do SALFT o que era apenas um caminho íngreme cheio de mato e lama, foi transformado numa rua. Meteram os tratores e nivelaram o terreno e então, foram construído no estilo “INVASÃO” vários quiosques com venda de bugigangas, roupas, calçados e comidas diversas.
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No meio daquele espaço que até então não tinha nome, existia um PÉ de COCO e o povo passou a chamar o espaço de RUA DO COQUEIRO.
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Muitos comerciantes que depois se transformaram em grandes empresários do comércio de Porto Velho, começaram na Rua do Coqueiro exemplo, a Família Ribeiro que tem o Ribeirinho que foi dono da Loja Fortaleza começou sua trajetória empresarial na RUA DO COQUEIRO.
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Certa vez o governo do Território Federal do Guaporé/Rondônia, contratou para administrar o Serviço de Abastecimento de Água, Luz e Força do Território - SAALFT um cidadão, que ficou conhecido como “GOLEIRO”. Esse senhor por algum tempo, foi o responsável pela interdição do tráfego na RUA DO COQUEIRO.
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O aposentado do SALFT Francisco Mendes dos Santos em entrevista a este colunista, conta a seguinte história sobre a RUA DO COQUEIRO e o Goleiro:
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Existiam dois motores a gazogênio que eram movidos a caldeira que queimava lenha e quando chegaram os motores holandeses, o Goleiro mandou desmontar os gazogênicos e jogou as peças no meio da RUA DO COQUEIRO, ou seja, ao lado da Usina do SAALFT e a imprensa bateu forte dizendo que ele havia jogado os motores fora. O Goleiro não sei por qual motivo, mandava e desmandava no governo do Dr. Abelardo Alvarenga Mafra”, conta Chico Mendes.
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Por essa e por outras tantas histórias, foi que sugeri a Marcela Bonfim, que passasse a divulgar que a II Mostra a Céu Aberto aconteceria como está acontecendo, na RUA DO COQUEIRO.

Um comentário:

Unknown disse...

Bom dia, primo! Eu sou a filha mais nova do Francisco Mendes, seu tio. Primeiramente, quero parabenizá-lo pelo seu trabalho! Sabe -se que a história contada nessa coluna é um fato.Imagina acoradar às 6h da manhã e se deparar com a história linda da minha querida e amada terra e ainda com a participação do meu querido paizinho Chico Mendes. É de tirar o fôlego! Muita emoção! Ainda mais porque eu moro quilômetros de distância da minha estimada terra. Fiquei felicíssima ao ler seu blogspot. Obrigada! Eliete Macedo dos S. Gomes