A história sobre a 1ª convenção do PDS em Rondônia que aconteceu
no dia 06 de junho de 1982, publicada na edição da última quinta feira dia 8,
gerou comentários contestando o relato feito pelo fotógrafo Rosinaldo Machado,
inclusive, publicamos na coluna “Lenha na Fogueira” do dia 10 passado, nota do
escritor e jornalista Lúcio Albuquerque afirmando que existia um documento
firmado pelo governador Jorge Teixeira de Oliveira que garantia a Antônio
Morimoto uma vaga de Senador no chamado “Listão”...
Voltamos ao fotografo Rosinaldo Machado para saber se realmente
a publicação do Lúcio estava correta e então Machado nos contou o seguinte: O
relator da lei n. 041,- Criação do Estado de Rondônia - Antônio Morimoto,
deputado federal do PDS por São Paulo, juntamente com o deputado federal pelo
território de Rondônia Isaac Newton, tentaram colocar um artigo no projeto,
dispensando o domicílio eleitoral (dois anos) para qualquer pessoa que quisesse
se candidatar a cargos eletivos por Rondônia.
Morimoto argumentava que: como estava sendo criado um novo
estado, não seria necessário está cláusula. Sugestão esta que foi, recusada
pelos demais membros que votariam o projeto, que era de grande interesse do
Presidente Figueiredo e Ministro Andreazza.
Antônio Morimoto não se deu por vencido e no dia 1° de setembro
de 1981, em uma declaração a imprensa de Rondônia, disse que, não haveria
problema em relação a sua candidatura pelo novo Estado.
Dr, Rochilmer Rocha |
O governador Jorge Teixeira de Oliveira, em agradecimento pelos
esforços feitos pelo deputado em ajudar a criar o Estado, lhe mandou um convite
para disputar uma das 3 vagas ao Senado, visto que ele seria o carro-chefe dos
políticos que seriam eleitos. O raciocínio do Teixeirão era que Antônio
Morimoto, que já tinha sido vereador por São Paulo e depois deputado federal,
tinha experiência política suficiente para abrir as portas em Brasília para os
novatos que seriam eleitos pelo PDS de Rondônia.
Até então Antônio Morimoto, que já conhecia Rondônia, pois já
tinha uma rádio em Vilhena e Fazendas, não tinha transferido o seu domicílio
eleitoral de São Paulo para cá e não se sabe o porque, não disse nada ao
Teixeirão.
Na noite do dia 03 de abril de 1982 no conjunto Cujubim, atual
Sedam, residência do governador e secretários Teixeirão ofereceu um jantar a
todos os recém filiados ao PDS, para apresentar a relação dos candidatos a
candidatos para as eleições vindouras.
Em meio ao jantar, o Dr. Rochilmer Rocha, chefe da Casa Civil,
juntamente com José Renato da Frota Uchôa, chamaram o Teixeirão para o lado de
fora e travaram o seguinte diálogo.
- Rochilmer Rocha; chefe temos uma situação que precisa ser
esclarecida e resolvida. O deputado Antônio Morimoto, não pode sair candidato
para o Senado e nem para Câmara Federal, porque o domicílio eleitoral dele
ainda é São Paulo.
- Teixeirão; como assim?
José Renato Uchôa home forte do governo Teixeira |
- José Renato; acontece que, mesmo que ele transfira o seu
domicílio eleitoral para cá, não poderá ser candidato a nada, pois a lei
estabelece que para ser candidato, a pessoa tem que morar no local, por mais de
dois anos, é lei.
Teixeirão acendeu um cigarro e mandou: Porra, esta eu não sabia;
e agora?
- José Renato; dê uma desculpa qualquer e que depois em uma
próxima reunião será anunciada os candidatos.
Pensativo, Teixeirão voltou a quadra onde estava os presentes e
pediu a palavra e falou: - Pessoal, devido a pequenos ajustes na composição das
chapas, vamos adiar a divulgação dos nomes dos nossos candidatos, no mais
tardar na próxima semana, vamos convocar nova reunião e discutiremos com todos
a composição das chapas.
Aí começou os burburinhos e o disse-me-disse, ou o não disse.
Todos saíram do jantar com uma interrogação na cabeça? O que
aconteceu? O que eles foram conversar lá fora?
Essa é a verdadeira história!
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