quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Lenha na Fogueira - 23.12.16



Ontem sem que ninguém lembrasse (inclusive eu), o estado de Rondônia completou 35 anos de criação. 35 anos e nada! Nenhuma nota a respeito da data foi publicada e se foi, peço desculpa por não ter percebido.
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Rondônia tem dessas coisas. Alguns lideres que poderiam ser considerados filhos de Rondônia nunca foram assim reconhecidos. Veja o caso do Francisco Chiquilito Erse que apenas nasceu em Manaus, mas, foi criado em Porto Velho desde quando estava nos “cueiros”. Mesmo assim, nas campanhas eleitorais das quais ele participou, seus marqueteiros se utilizavam disso para divulgar o candidato. “Chiquilito pode ser considerado rondoniense porque apenas nasceu em Manaus mas, foi criado em Porto Velho”, divulgavam os produtores da campanha politica dele.
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Quer dizer, nasceu lá e foi batizado aqui. O deputado Léo Moraes é a mesma coisa, nasceu no Paraná e foi batizado em Porto Velho, mas, na campanha, seus marqueteiros não souberam explorar essa faceta da cidade dele.
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Isso se aplica ao Estado de Rondônia que nasceu em Brasília no dia 22 de dezembro de 1981 porém, só foi batizado, no dia 4 de janeiro de 1982 em Porto Velho.
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Resultado, a data do “batismo”, ou seja, de sua instalação é a que é festejada por sua população. O senador Ivo Cassol enquanto governador, tentou mudar o feriado de 4 de janeiro para o 22 de dezembro, porém, como se diz na gíria, sofreu mais que “suvaco” de aleijado e terminou por desistir da idéia.
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O dia 22 de dezembro de 1981, foi um dia normal para todos que moravam em Porto Velho e no Território de Rondônia como um todo. Até os foguetes foram poucos.
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E olha que a população de Porto Velho era expert em soltar foguete comemorando a mudança de governo à época de Aluízio Ferreira.
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A turma ficava de ouvido colado nos aparelhos de rádio, na tentativa de ouvir através da “Voz do Brasil”, que o presidente da república usando de suas prerrogativas exonera o senhor fulano de tal do gargo de governador do Território Federal de Rondônia (Guaporé). Isso era constante.
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A história registra o seguinte: No dia 16 de dezembro de 1981, o Projeto de Lei Complementar n° 221-A/81, foi aprovado na Câmara Federal dando origem a Lei Complementar n° 41, de 22 de dezembro de 1981, que cria o Estado de Rondônia.
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A caneta (de ouro) com a qual o presidente João Batista de Figueredo assinou o ato de criação do estado, foi doado ao Museu Estadual! Onde anda essa caneta? Tá no museu Ednair?
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Aliás, Jorge Teixeira de Oliveira – Teixeirão foi nomeado governador do estado de Rondônia no dia 29 de janeiro de 1981 em Brasília pelo presidente Figueredo.
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Isso tudo para lembrar que o Estado de Rondônia nasceu em Brasília no dia 22 de dezembro de 1981 e foi batizado em Porto Velho no dia 4 de janeiro de 1982.
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E assim, como 22 de dezembro é muito próximo do Natal, resolveram que a festa pela criação (instalação), do estado de Rondônia só fosse realizada no 4 de janeiro.
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Isso quer dizer, que esse negócio de festejar datas comemorativas em Rondônia é tudo FORA DE ÉPOCA. Carnaval, Festa Junina, Encenação da Peça O Homem de Nazaré vem de berço. Daqui a pouco vamos festejar o Natal no carnaval e por aí vai...
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Quando nem o governador sabe o nome correto do Palácio onde ele despachou até bem pouco tempo, não é de se estranhar que a data da criação do estado seja relegada a último plano.
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Para encerrar: Governador corrija no seu blog. O nome é Palácio Presidente Vargas e não Getúlio Vargas como o senhor postou!
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Parabéns Estado de Rondônia pelos 35 anos de criação!

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