segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Lenha na Fogueira - 13.01.15

Carnaval das escolas de samba no ano 2000. “Brasil 500 Anos”

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Os dirigentes das escolas de samba Os Diplomatas, Pobres do Caiari, Asfaltão, Castanheira e Boto Verde Rosa, achando que os blocos e escolas do Grupo de Acesso ficavam com grande parte do bolo referente aos subsídios, repassados pela prefeitura e pelo governo do estado de Rondônia para a Associação das Escolas de Samba e Blocos – AESB.

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Resolveram, logo após o carnaval de 1999, criar a Liga Independente das Escolas de Samba de Rondônia – LIESER. Quem encabeçou o movimento foi o presidente da Boto Verde Rosa Antonio Viveiros – O Tony.

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Após algumas reuniões, a entidade foi criada e registrada em cartório e na Receita Federal ganhando seu próprio CNPJ.

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Tony preferiu ficar como Presidente do Conselho Deliberativo e elegeu o João Carlos Alves – Carlinhos Maracanã como Presidente da Diretoria Executiva.

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A LIESER conseguiu aprovar o Projeto Carnaval “500 Anos do Brasil” no Ministério da Cultura – Lei Rouanet com direito para captar Hum Milhão em UFIR.

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De posse do documento que dizia que a Liga poderia captar os recursos, sua diretoria se achou a dona da “cocada preta” como se diz na gíria e esqueceram que quem promove o carnaval é a PREFEITURA MUNICIPAL.

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Partiram para a captação e não conseguiram arrecadar Um Centavo se quer.

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Nesse ínterim o presidente da AESB Antônio Chagas Campo – Cabeleira percebendo que a LIESER não havia entrado com o Projeto Carnaval dos 500 anos na Prefeitura, pensou, se eles não vão, nós vamos!

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Esse nós vamos era as escolas e blocos Império do Samba, Improvisados do Armário Grande, Unidos do Areal, Pedrinhas de Brilhante e outros.

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Cabeleira muito experiente nesse negócio de organização de desfile carnavalesco foi à prefeitura conversar com o prefeito Carlinhos Camurça, fazendo a seguinte proposta. “Se o senhor liberar R$ 40 Mil para a minha Associação – AESB garantimos um bom desfile de escola de samba.

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Carlinhos Camurça vendo que ali estava o meio de ficar na mídia como salvador dos desfiles das escolas de samba de Porto Velho, não pensou duas vezes e concordou com a proposta.

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Foi aí que a Armário Grande, Império do Samba, Unidos da Rádio Farol e Unidos do Areal se transformaram em escola de samba do Grupo Especial.

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Bom! Tony e sua Liga não conseguiram captar como já dissemos, nenhum tostão, através da Rouanet, também não conseguiu colocar as escolas na avenida nos dias do carnaval tradicional.

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Vale salientar que os enredos das escolas filiadas a LIESER falavam de algum momento relativo à História do Brasil durante os 500 anos de sua existência.

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Para não ficar totalmente desmoralizado, Tony bancou do próprio bolso a confecção das alegorias de todas as escolas de samba.

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E para realmente não ficar desacreditado pela diretoria das escolas, realizou o desfile “500 Anos do Brasil”, no dia 22 de abril de 2000

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Os desfiles aconteceram na avenida Jorge Teixeira com apenas alguns batuqueiros, acompanhando os interpretes dos sambas de cada escola e alguns brincantes.

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Quer dizer, o carnaval da LIESER aconteceu fora de época e assim mesmo praticamente só com CARROS ALEGÓRICOS das escolas de samba.

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Das escolas que aderiram à Liga, apenas a Diplomatas e a Asfaltão voltaram a se apresentar. Caiari, Castanheira e Boto Verde Rosa sumiram do Mapa carnavalesco de Porto Velho.

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Assim foram os desfiles das escolas de samba no ano 2000!

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