Carnaval das escolas de samba no ano
2000. “Brasil 500 Anos”
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Os dirigentes das escolas de samba Os
Diplomatas, Pobres do Caiari, Asfaltão, Castanheira e Boto Verde Rosa, achando
que os blocos e escolas do Grupo de Acesso ficavam com grande parte do bolo
referente aos subsídios, repassados pela prefeitura e pelo governo do estado de
Rondônia para a Associação das Escolas de Samba e Blocos – AESB.
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Resolveram, logo após o carnaval de
1999, criar a Liga Independente das Escolas de Samba de Rondônia – LIESER. Quem
encabeçou o movimento foi o presidente da Boto Verde Rosa Antonio Viveiros – O
Tony.
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Após algumas reuniões, a entidade foi
criada e registrada em cartório e na Receita Federal ganhando seu próprio CNPJ.
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Tony preferiu ficar como Presidente
do Conselho Deliberativo e elegeu o João Carlos Alves – Carlinhos Maracanã como
Presidente da Diretoria Executiva.
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A LIESER conseguiu aprovar o Projeto
Carnaval “500 Anos do Brasil” no Ministério da Cultura – Lei Rouanet com
direito para captar Hum Milhão em UFIR.
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De posse do documento que dizia que a
Liga poderia captar os recursos, sua diretoria se achou a dona da “cocada
preta” como se diz na gíria e esqueceram que quem promove o carnaval é a PREFEITURA
MUNICIPAL.
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Partiram para a captação e não
conseguiram arrecadar Um Centavo se quer.
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Nesse ínterim o presidente da AESB
Antônio Chagas Campo – Cabeleira percebendo que a LIESER não havia entrado com
o Projeto Carnaval dos 500 anos na Prefeitura, pensou, se eles não vão, nós
vamos!
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Esse nós vamos era as escolas e
blocos Império do Samba, Improvisados do Armário Grande, Unidos do Areal,
Pedrinhas de Brilhante e outros.
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Cabeleira muito experiente nesse
negócio de organização de desfile carnavalesco foi à prefeitura conversar com o
prefeito Carlinhos Camurça, fazendo a seguinte proposta. “Se o senhor liberar
R$ 40 Mil para a minha Associação – AESB garantimos um bom desfile de escola de
samba.
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Carlinhos Camurça vendo que ali
estava o meio de ficar na mídia como salvador dos desfiles das escolas de samba
de Porto Velho, não pensou duas vezes e concordou com a proposta.
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Foi aí que a Armário Grande, Império
do Samba, Unidos da Rádio Farol e Unidos do Areal se transformaram em escola de
samba do Grupo Especial.
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Bom! Tony e sua Liga não conseguiram
captar como já dissemos, nenhum tostão, através da Rouanet, também não
conseguiu colocar as escolas na avenida nos dias do carnaval tradicional.
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Vale salientar que os enredos das
escolas filiadas a LIESER falavam de algum momento relativo à História do
Brasil durante os 500 anos de sua existência.
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Para não ficar totalmente
desmoralizado, Tony bancou do próprio bolso a confecção das alegorias de todas
as escolas de samba.
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E para realmente não ficar
desacreditado pela diretoria das escolas, realizou o desfile “500 Anos do
Brasil”, no dia 22 de abril de 2000
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Os desfiles aconteceram na avenida
Jorge Teixeira com apenas alguns batuqueiros, acompanhando os interpretes dos
sambas de cada escola e alguns brincantes.
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Quer dizer, o carnaval da LIESER
aconteceu fora de época e assim mesmo praticamente só com CARROS ALEGÓRICOS das escolas de samba.
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Das escolas que aderiram à Liga,
apenas a Diplomatas e a Asfaltão voltaram a se apresentar. Caiari, Castanheira
e Boto Verde Rosa sumiram do Mapa carnavalesco de Porto Velho.
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Assim foram os desfiles das escolas
de samba no ano 2000!
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