A data de hoje 22, é de
grande importância para a Nação Corre Campo – O Gigante Sagrado da Amazônia
Ocidental, pois, além de ser o dia do Folclore Nacional, é também o dia que os
integrantes do grupo e todos os folcloristas de Rondônia em especial os de
Porto Velho, lembram do baluarte da brincadeira de Boi Bumbá Antônio de Castro
Alves. Antônio desde muito jovem se envolveu com a brincadeira de Boi e no final
da década de 1970, assumiu o Corre Campo, transformando o grupo num dos mais
respeitados da Amazônia, isso porque, apesar do governo ter criado o Flor do
Maracujá em 1982, somente em 1989 o Corre Campo resolveu participar da festa e
desde então, poucas foram as vezes que não ganhou o título de melhor da Mostra
de Quadrilhas e Bois Bumbás que acontece até hoje no Arraial Flor do Maracujá.
Em 2004, justamente no dia
22 de agosto, dia do Folclore, Antônio de Castro Alves partiu para outro plano,
partiu mais deixou como legado o Boi Bumbá Corre Campo muito bem estruturado.
Acompanhamos a luta do Castro Alves em prol do nosso folclore. Como presidente
da Federação de Grupos Folclóricos -
FRAGRUF que por muito tempo
administrou o Arraial Flor do Maracujá transformando a simples Mostra, em um
dos mais disputados festivais folclóricos da região Amazônica.
Pelo seu amado Corre Campo
fez de tudo, em seu tempo, o Boi chegou a se apresentar com mais de 500
brincantes, só na batucada eram 120 integrantes, a barreira de vaqueiro e rapaz
muitas vezes ultrapassava os cinqüenta brincantes e assim acontecia também com
as tribos que na época eram chamadas de “barreira de índio”.
Tem um detalhe muito
importante da vida de Antônio de Castro Alves, apesar de ser o presidente do
Corre Campo sempre que os demais grupos de Bois batiam a sua porta, atendia,
fosse ajudando financeiramente e até confeccionando costeiros e mesmo o boi.
Pouca gente sabe que o Antônio até hoje, é considerado o melhor artesão em
confecção de boi bumbá. O corre Campo que dança no Flor do Maracujá foi
confeccionado por ele.
Com a sua morte no dia 22 de
agosto de 2004, sua esposa Maria José Brandão a dona Branca assumiu a
presidência e deu continuidade ao trabalho iniciado pelo seu marido. Hoje, os
integrantes da Nação Corre Campo o Gigante Sagrado da Amazônia Ocidental com
certeza, se reunirão para lembrar o Baluarte pai do Júnior de Castro Alves e
Caroline de Castro Alves.
No Flor do Maracujá deste
ano, o Corre Campo vai apresentar o tema: “Nos Seus Sessenta Anos, o Boi Corre Campo
Festeja o Centenário de Porto Velho”. O espetáculo que será dedicado a
memória de Antonio de Castro Alves vai acontecer no dia 5 de setembro!
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