segunda-feira, 4 de novembro de 2013

LENHA NA FOGUEIRA - 05.11.13

“É com satisfação que apresento à comunidade intelectual de Rondônia e aos leitores de um modo geral um trabalho sobre a Professora Marise Magalhães Costa Castiel, personalidade da maior importância no processo de desenvolvimento e expansão da educação, bem como na formação embrionária da cultura rondoniense. O nome da Professora Marise Castiel foi condenado ao ostracismo do esquecimento por quem deveria reverenciá-lo: a sucessão contínua de autoridades constituídas deste estado e deste município; isto considero inaceitável, assim como considero inaceitável o esquecimento a que foram relegados outros importantes pioneiros desta terra”

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O texto acima, é parte do discurso da escritora Sandra Castiel proferido na Casa da Cultural Ivan Marrocos durante o lançamento do livro: “Professora Marise Castiel - É Rondônia; Educação, Cultura e Política” na noite da última sexta feira 1°.
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Aliás, o lançamento do livro da Sandra se transformou numa verdadeira festa de carnaval, com praticamente todos os presentes, cantando os sambas enredos de autoria do Silvio Santos (maioria) e do Bainha, para os temas enredos criados pela professora Marise Castiel para a escola de samba Pobres do Caiari.

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As “jovens” sambistas, agora acima dos sessenta anos, não deixaram a peteca cair e a cada refrão sambavam, como se estivessem desfilando pela azul e branco super campeã do nosso carnaval. Marise Castiel criou grandes temas para a Caiari como “Sinhá Moça e a Abolição” o primeiro enredo a ser apresentado por uma escola de samba de Porto Velho em 1970. Depois veio “Isto é Brasil”, “Brasil Esplendor das Três Raças”, “Odoiá Bahia”, “Mundo da Criança (Bom Velinho)”; “Adeus, Meu Território Adeus”, “As Forças da Natureza”; Ceará – Lendas, Rendas e Crença (Ceará de Iracema); “Meu Brasil Brasileiro de Ananás, Canzuá e Pandeiro” e “Sobre o Límpido Azul do Céu”, que foi o último enredo de dona Marise para a Caiari.

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Com toda essa bagagem, não existe em Rondônia e em especial em Porto Velho e Guajará Mirim, nenhum logradouro público como o nome de Marise Castiel. Daí a indignação da Sandra em seu discurso.

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Senhores vereadores, deputados estaduais, prefeitos e governador, ainda há tempo para corrigir tamanha falta de consideração para com a professora Marise Castiel. Aproveitem o embalo do lançamento do livro da Sandra e façam justiça!

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Por falar nisso, hoje dia 5 de novembro, é o Dia Nacional da Cultura. Por gentileza, não me venham com aquela frase: “No dia da Cultura, não temos o que comemorar”.

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Pois apesar da falta de apoio dos governos, em Rondônia e principalmente em Porto Velho o ano de 2013 tem sido dos mais promissores.

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Tivemos entre outras atividades culturais: Amazônia Encena na Rua, Festival de Cinema Curta Amazônia, Arrastão de São João; Palco Giratório, Jornada Literária, o Ciclo de Partituras e agora a Mostra de Música do Sesc. Sem falar na programação do Cineoca e outras palestras que aconteceram no Teatro Banzeiros e Sesc Esplanada tudo discutindo cultura assim como as oficinas.

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Noventa e nove por cento desses eventos, não contaram com o apoio do governo, até porque a Secel foi a secretaria mais inoperante este ano.

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Quem ficou esperando pelo governo, principalmente o estadual, ficou a ver navios, como foi o caso dos grupos folclóricos que foram iludidos a se apresentar no Flor do Maracujá com a promessa de que receberiam subsídios via emenda parlamentar e até hoje não receberam nada.

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Os bois de Guajará Mirim ficaram esperando apenas pelo governo e não realizaram o Duelo na Fronteira. Esse negócio de ficar esperando apenas pelo governo, é uma roubada.

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Salve o 5 de novembro dia da Cultura!

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