“É com
satisfação que apresento à comunidade intelectual de Rondônia e aos leitores de
um modo geral um trabalho sobre a Professora Marise Magalhães Costa Castiel,
personalidade da maior importância no processo de desenvolvimento e expansão da
educação, bem como na formação embrionária da cultura rondoniense. O nome da Professora Marise Castiel
foi condenado ao ostracismo do esquecimento por quem deveria reverenciá-lo: a
sucessão contínua de autoridades constituídas deste estado e deste município;
isto considero inaceitável, assim como considero inaceitável o esquecimento a
que foram relegados outros importantes pioneiros desta terra”
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O texto acima, é parte do
discurso da escritora Sandra Castiel proferido na Casa da Cultural Ivan
Marrocos durante o lançamento do livro: “Professora
Marise Castiel - É Rondônia; Educação, Cultura e Política” na noite da
última sexta feira 1°.
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Aliás, o lançamento do livro
da Sandra se transformou numa verdadeira festa de carnaval, com praticamente
todos os presentes, cantando os sambas enredos de autoria do Silvio Santos
(maioria) e do Bainha, para os temas enredos criados pela professora Marise
Castiel para a escola de samba Pobres do Caiari.
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As “jovens” sambistas, agora
acima dos sessenta anos, não deixaram a peteca cair e a cada refrão sambavam, como
se estivessem desfilando pela azul e branco super campeã do nosso carnaval.
Marise Castiel criou grandes temas para a Caiari como “Sinhá Moça e a Abolição”
o primeiro enredo a ser apresentado por uma escola de samba de Porto Velho em
1970. Depois veio “Isto é Brasil”, “Brasil Esplendor das Três Raças”, “Odoiá
Bahia”, “Mundo da Criança (Bom Velinho)”; “Adeus, Meu Território Adeus”, “As
Forças da Natureza”; Ceará – Lendas, Rendas e Crença (Ceará de Iracema); “Meu
Brasil Brasileiro de Ananás, Canzuá e Pandeiro” e “Sobre o Límpido Azul do
Céu”, que foi o último enredo de dona Marise para a Caiari.
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Com toda essa bagagem, não
existe em Rondônia e em especial em Porto Velho e Guajará Mirim, nenhum
logradouro público como o nome de Marise Castiel. Daí a indignação da Sandra em
seu discurso.
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Senhores vereadores,
deputados estaduais, prefeitos e governador, ainda há tempo para corrigir
tamanha falta de consideração para com a professora Marise Castiel. Aproveitem
o embalo do lançamento do livro da Sandra e façam justiça!
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Por falar nisso, hoje dia 5
de novembro, é o Dia Nacional da Cultura. Por gentileza, não me venham com
aquela frase: “No dia da Cultura, não temos o que comemorar”.
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Pois apesar da falta de
apoio dos governos, em Rondônia e principalmente em Porto Velho o ano de 2013
tem sido dos mais promissores.
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Tivemos entre outras atividades
culturais: Amazônia Encena na Rua, Festival de Cinema Curta Amazônia, Arrastão
de São João; Palco Giratório, Jornada Literária, o Ciclo de Partituras e agora
a Mostra de Música do Sesc. Sem falar na programação do Cineoca e outras
palestras que aconteceram no Teatro Banzeiros e Sesc Esplanada tudo discutindo
cultura assim como as oficinas.
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Noventa e nove por cento
desses eventos, não contaram com o apoio do governo, até porque a Secel foi a
secretaria mais inoperante este ano.
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Quem ficou esperando pelo
governo, principalmente o estadual, ficou a ver navios, como foi o caso dos
grupos folclóricos que foram iludidos a se apresentar no Flor do Maracujá com a
promessa de que receberiam subsídios via emenda parlamentar e até hoje não
receberam nada.
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Os bois de Guajará Mirim ficaram
esperando apenas pelo governo e não realizaram o Duelo na Fronteira. Esse
negócio de ficar esperando apenas pelo governo, é uma roubada.
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Salve o 5 de novembro dia da
Cultura!
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