Quando todos pensavam que o
governador Confúcio Moura só iria nomear outro secretário de cultura, após a
saída por motivos de força maior, do Emanuel Nery apenas no mês de janeiro, eis
que na quinta feira passada a professora graduada em Educação Física com
mestrado em Ciência da Educação e doutoranda em Ciência do Movimento Humano
Cleidimara Alves, mas conhecida no mundo esportivo como Mara Alves foi nomeada
Secretária da Secel. “O convite partiu do governador, mas pertenço ao grupo
político da deputada Epifânia Barbosa”. Mara assume a Secel com a missão de
alavancar o esporte de Rondônia. “Nossa missão é tirar o esporte da UTI”.
Outra, de acordo com suas palavras algumas peças que estão à frente de setores
importantes serão substituídas. “Você sabe que cada secretário que entra,
precisa trazer uma equipe que já vinha trabalhando junto em outras situações”. E
assim apresentamos na entrevista que segue, a nova Secretária de Estado dos
Esportes, da Cultura e do Lazer – Mara Alves
ENTREVISTA
Zk – Mara surge de qual
nome?
Mara – Meu nome é Cleidimara
Alves, mas, estou mais acostumada com Mara, quando alguém me chama de Cleide ou
de Cleidimara até estranho. Isso veio através do voleibol, todo mundo me
conhece no meio do esporte principalmente como Mara Alves. Entrei para a secretaria
do município o ano passado como assessora, depois passei a ser secretária
efetiva da pasta e também emplacou o nome Mara Alves.
Zk – Você é de Porto Velho
Mara – Sou nascida em Minas
Gerais na cidade de Uberlândia, mas, minha família veio pra cá há 40 anos,
então já me considero filha de Porto Velho.
Zk – O que sua família veio
fazer em Rondônia?
Mara – Meu pai veio em busca
de melhoria na época do garimpo do ouro. Ele era mecânico trabalhou naquela
geração do ouro, para empresários que vinham em busca de melhores dias aqui. Tanto
meu pai como minha mãe são falecidos. Rondônia hoje faz parte da minha família
da minha vida, não tenho filhos, mas, meus sobrinhos são todos nascidos aqui.
Tenho três irmãos que também nasceram em Rondônia. Cheguei com três anos de
idade. Em janeiro faço 44 anos.
Zk – Em quais colégios vocês
estudou?
Mara – Estudei no John Kennedy
que era bem próximo a minha casa na Salgado Filho, depois me transferir em
busca de melhores condições pra desenvolver a modalidade de voleibol para o
Barão do Solimões, onde fui atleta do professor Cardoso nosso grande amigo, de
lá fui convidada a jogar pelo time do Instituto Maria Auxiliadora levada pelo
professor Luiz Gouveia o Luizão, depois fui pra UNIR onde me formei em Educação
Física. Somente há quatro anos que vim trabalhar no serviço público.
Zk – Você tem pós graduação?
Mara – Tenho mestrado em
ciência da educação e estou concluindo meu doutorado em ciência do movimento
humano que é uma área direcionada a área da educação física, tenho
especialização em esporte escolar e em treinamento desportivo.
Zk - Como foi que começou a
carreira de jogadora de vôlei?
Mara – Naquela época as
atletas eram escolhidas pela altura e eu tenho 1,69m, portanto, considerada
ideal para a prática do basquete ou
vôlei. Estava na escola e o professor Cardoso me viu e disse assim: “Você tem
que jogar vôlei”, lembro inclusive, que houve uma disputa saudável, entre o
professor Samuel Johnson que era do basquete e o professor Cardoso que me
queria pro vôlei. Acabei fazendo alguns treinos no basquete, mas, me encaminhei
mesmo pro voleibol. Comecei no Barão do Solimões, depois joguei pelo Ypiranga,
fui pro Ferroviário. Joguei entre 15 e 18 anos voleibol pelo estado. Aos 15
anos de idade peguei minha primeira seleção e cheguei até a seleção principal.
Zk – Você chegou a praticar
outro esporte além do vôlei?
Mara – Andei pelas piscinas.
Fui atleta de natação dos 11 aos 14 anos, inclusive participei da primeira
seleção de natação de Rondônia na primeira passagem do professor Nadilson pelo
estado. Fui técnica de natação, constituí equipe de natação, tive atletas que
se destacaram a nível nacional. Antigamente tinha o ranque speedo os 25
melhores do Brasil e eu consegui colocar atletas do Ferroviário em quarto lugar
nesse ranque.
Zk – De repente encontramos
a professora de educação física, atleta campeã, num cargo político. Como
aconteceu a Ascensão política em sua vida?
Mara – A politica está em
nossas vidas e muitas vezes a gente não quer aceitar isso. Até para convivermos
dentro da nossa família, junto com nossos vizinhos, temos que ter aquela
política que chamamos de boa vizinhança..Há quatro anos a Epifânia que agora é
deputada, saiu como candidata à vereadora e por sermos amigas desde a
Universidade entrei na campanha pela amizade e quando vi já estava envolvida no
grupo.
Zk – Já era funcionária
municipal?
Mara - Depois passei no
concurso público da prefeitura assumi a Divisão de Educação Física do
município, me tornei Diretora de Departamento na Semed, passei para a
assessoria da Semes e cheguei à secretária do municipal. Foi uma carreira que
seguiu os passos legais da Ascensão. Isso é bom porque a gente vai obtendo
conhecimento, sei que não sei tudo, principalmente no cargo que estou exercendo
hoje. Nosso estado é um estado bem grande com 52 municípios e sei que meu
trabalho vai ser bem complexo.Com a ajuda dos profissionais da casa, com os
amigos que tenho nas federações e associações, amigos desportistas, amigos da
cultura, juntos vamos fazer um trabalho nesses dois anos e assim colocar
Rondônia em evidência nacional e quem sabe internacional também. Tanto na
cultura quanto no esporte.
Zk – Pelo estamos vendo o
governador com sua nomeação quer dar mais visibilidade para o desporto. Houve
alguma conversa a esse respeito?
Mara – Exatamente, temos
conhecimento que há 17 anos tivemos um professor de educação física como gestor
desta pasta que foi o Domingos Pires. Depois tivemos pessoas ligadas ou a
cultura ou em outras áreas. O secretário que ficou aqui somente por dois meses
tem formação em engenharia.
Zk – Por isso agora o
governador quer investir mais no esporte?
Mara – Nosso esporte precisa
ser resgatado. Sabemos que a cultura já conseguiu avançar alguns degraus,
precisamos melhorar, tem muita coisa por fazer ainda culturalmente falando,
mas, nós precisamos tirar o nosso esporte da UTI. Não vamos priorizar! Vamos
continuar avançando na cultura, mas, fazendo também o resgate do nosso esporte.
Zk – O governador falou
sobre a reforma do estádio Aluizio Ferreira?
Mara – Sim, meu primeiro
contato com o governador foi na quarta feira e quando nos apresentamos, a
primeira pauta dele foi falar nessa infraestrutura, na revitalização dos
espaços físicos que temos no nosso estado. Ele pediu agilidade, o tempo é muito
curto e passa muito rápido e nós já estamos trabalhando no sentido de dar
inicio a essas obras.
Zk – Vai dar pra receber
seleções que vêm participar da Copa do Mundo?
Mara – O secretário anterior
já fez alguns contatos e nós vamos buscar esses contatos para que possamos dar
continuidade, pra ver qual a forma que iremos utilizar para trazer essas seleções
para utilizarem nosso estádio como ponto de apoio para a Copa do Mundo e com
isso, estaremos avançando na pauta do turismo, juntando a cultura, às belezas
naturais que nosso estado tem.
Zk – Sua autonomia a frente
da pasta vai até onde?
Mara – O governador Confúcio
me colocou bem à vontade e se colocou a disposição pra me ajudar no que for
preciso, tanto ele como também os demais secretários, para que possamos fazer
uma gestão realmente de cooperação. Sabemos que existem alguns limites, principalmente
orçamentários, mas temos apoio de deputados para que possamos devolver um ótimo
trabalho nessa gestão.
Zk – Haverá mudanças nos
setores da secretaria?
Mara – Você sabe que cada
secretário que entra, precisa trazer uma equipe que já vinha trabalhando junto
em outras situações. Não pretendo fazer uma mudança brusca, mas, as mudanças
são necessárias. Algumas peças se vão, outras entram para fortalecer o grupo.
Sei do potencial de cada técnico que tem aqui na Secel, tanto na cultura quanto
no esporte e no administrativo também, mas, pessoas novas farão parte do grupo
sim.
Zk – Pode citar nomes?
Mara – Ainda não. Estamos
trabalhando com alguns nomes, com pessoas que já vivem essas gestões, que já
foram gestores em outras situações, para vir fortalecer esse grupo. Ainda
estamos fazendo um trabalho de reconhecimento e acho que está muito cedo para
citar nomes.
Zk – Sei que você ainda está
conhecendo a secretaria, mas, temos uma situação que vai ser preciso resolver
daqui a alguns dias. É a saída da Bebel da Gerencia de Cultura uma vez que ela
vai colaborar com o prefeito de Ariquemes. Já existe algum nome em evidencia
para substitui-la?
Mara – O próprio governador
me colocou a par dessa situação. Recebo a secretaria e daqui a alguns dias já
fico sem a Gerente de Cultura. Já estamos trabalhando em alguns nomes que ainda
não podem ser divulgados, até porque a gente precisa conversar com o
governador, colocar para apreciação os nomes que a gente está visibilizando aí.
Temos certeza que vamos trazer o que existe de melhor. É importante que essa
pessoa que vem, tenha uma abertura e entendimento também com esse grupo
cultural. Não pode ser uma pessoa que seja minha amiga, que seja da minha
vontade, mas, que haja um consenso principalmente do governador e das pessoas
que fazem a cultura em nosso estado.
Zk – Quer deixar uma
mensagem pra gente?
Mara – Quero agradecer
primeiramente o convite do governador Confúcio Moura. Dizer que me sinto muito
orgulhosa em fazer parte dessa equipe. Eu já fazia uma acompanhamento da Secel
porque tenho muitos amigos aqui dentro, dizer ao povo de Rondônia que só podemos
ter sucesso se vocês acreditarem no nosso trabalho e contribuírem também,
porque jogar pedra no telhado dos outros é muito fácil, mas, quem faz a gestão
somos nós. Peço que vocês tragam pra gente as demandas, que tenham paciência,
mas que colaborem acima de tudo.
Zk – Para começar a
encerrar. Qual o seu grande projeto realizado na Semes?
Mara – Meu grande projeto
realizado na Semes foi deixar uma equipe constituída. Em oito meses, conseguimos
fortalecer projetos que já existiam, de forma didática de forma técnica e
coesa. Por isso digo que nosso marco dentro da Semes foi deixar uma equipe
pronta pro doutor Mauro que vai assumir no dia 1º de janeiro.
Zk – O governador tem por
marca a preservação das parcerias, no caso da Secel era o PC do B. Certa vez
quando a imprensa estava batendo no Chicão ele me disse, “quem vai tirar o
Chicão da Secel é o partido dele e não eu”! No seu caso houve uma indicação
partidária. O PT foi quem indicou ou não?
Mara – O convite veio do
próprio governador, não foi uma indicação partidária diretamente. Tenho sim um
grupo do qual faço parte que é o grupo da deputada Epifânia sou filiada ao
Partido dos Trabalhadores, mas, hoje estou totalmente à disposição do
governador Confúcio Moura.
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