O jovem Elsinho nascido e
criado no bairro Jardim Ipanema (hoje bairro Igarapé), em Porto Velho –
Rondônia será um dos integrantes do elenco do time do Clube Vasco da Gama do
Rio de Janeiro em 2013. Elsinho disputou o campeonato brasileiro da série A
pelo Figueirense de Santa Catarina e apesar do time não ter conseguido
permanecer na elite do futebol brasileiro, o jogador rondoniense se destacou e
em consequência, foi parar no Vasco da Gama. “Até o dia 30 deste mês me
apresento para os exames e então assinarei o contrato com o Vasco”. Filho do
seu Eudes com a dona Josinete o jovem, por essas coincidências que só o destino
pode explicar, vai jogar justamente no time pelo qual sua família todinha
torce. “Muito antes do Elsinho pensar em jogar no Vasco, minha família toda já
era vascaína”, esclarece o pai do jogador feliz da vida. Apesar da idade, 23
anos, Elsinho já jogou em vários times brasileiros, entre eles o Clube do Remo
e o CRB de Alagoas onde se destacou e foi contratado pelo Figueirense de onde
foi parar no Vasco da Gama. Em 2013 com certeza, os jogos do Vasco da Gama
chamarão mais atenção do torcedor de Porto Velho, pois seu filho Elsinho vai
estar em campo. Essa entrevista aconteceu sábado passado, na sede da Torcida
Jovem do Vasco em Porto Velho onde figuras ilustres como a deputada Epifania
Barbosa e a secretaria da Secel Mara Alves entre tantas outras, marcaram
presença. A turma na hora da apresentação do Elsinho deu o famoso grito de
guerra do Vasco da Gama: “Casaca, casaca a turma é mesmo da fuzarca”.
Vascôoooooo!
ENTREVISTA
Zk – Qual seu nome completo
Elsinho – Elson Ferreira de
Souza sou filho do Eudes que é bastante conhecido em Porto Velho principalmente
pelos boleiros que gostam de jogar pelada e minha mãe é a dona Josinete. Sou
natural de Porto Velho com muito orgulho, nasci no dia 30 de novembro de 1989.
Zk – Onde você começou sua
carreira de jogador de futebol?
Elsinho – Começou no meu
bairro Jardim Ipanema num campo de várzea, depois fui pro Genus onde disputei
duas Copas São Paulo, me profissionalizei, fui vice-campeão e em seguida me
transferi para o Vilhena Atlético Clube – VEC conquistando o título estadual.
Logo depois fui pra Maringá e fui campeão da terceira divisão do Paraná, voltei
para a região norte pra jogar no Clube do Remo de Belém Pará. Embarquei pro Nacional
de Nova Serrana (MG); CRB de Alagoas e ultimamente Figueirense de Santa
Catarina.
Zk – Quantos anos você tinha
quando saiu de Porto Velho para jogar em times de outros estados?
Elsinho – Até os 17 anos de
idade, joguei em clubes de Rondônia, a partir dos 18 anos comecei a viajar,
porém, foi com 19 que realmente sai de Porto Velho para morar em outras cidades
e estados.
Zk – Você frequentou alguma
escolinha de futebol?
Elsinho – Frequentei a
escolinha do Genus e a escolinha lá do meu bairro a Porto Feliz.
Zk - Você estudou até que
série e em quais colégios?
Elsinho – Estudei no colégio
4 de janeiro, Roberto Pires e no José Otino. Conclui o 2º Grau.
Zk – Você sempre atuou na
lateral direita?
Elsinho – Não, comecei como
meia atacante e depois tive a oportunidade de jogar de lateral, fui bem e dei
continuidade nessa posição,
Zk – No Figueirense você
jogava de lateral?
Elsinho – Sim, joguei de
lateral e ala.
Zk – Quem foi que descobriu
o teu talento para o futebol, aquele que disse: esse menino é bom de bola e te
levou pra fora de Rondônia?
Elsinho – Desde pequeno,
muita gente falava, mas o clube que realmente me deu oportunidade foi o Genus
de Porto Velho através do presidente Evaldo o José Francisco treinador também
me deu oportunidade, foi aí que as portas foram se abrindo pra mim.
Zk – Como é o relacionamento
com a gurizada do bairro Ipanema?
Elsinho – Sempre que tenho
oportunidade marco presença no campinho, converso muito com a gurizada, gosto
de incentiva-los. Eles têm um carinho muito grande por mim e eu por eles.
Jamais deixarei de valorizar minhas raízes.
Zk – O teu pai seu Eudes é
um incentivador?
Elsinho – Desde quando eu
ainda era criança começando a dar meus primeiros chutes, ele sempre me
incentivou, vai lá meu filho, não desiste, corrigia meus erros e assim fui
crescendo futebolisticamente falando e como cidadão, graças à educação que meus
pais me deram.
Zk – Em algum momento você
pensou em parar de seguir a carreira de jogador de futebol profissional?
Elsinho – Teve sim, graças a
Deus foi apenas um momento. Foi assim: Quando viajei pra Londrina pra fazer
teste, aconteceram coisas que me fizeram pensar em desistir de ser jogador
profissional. Graças a Deus que as coisas mudaram e foram encaminhadas da
melhor forma.
Zk – Como é viver longe da
família, em alojamento?
Elsinho – É ruim! A saudade
da família quando bate deixa a gente pra baixo. Graças a Deus faz tempo que sai
dos alojamentos e sempre moro em apartamento com minha mulher e filho onde
recebo meus pais.
Zk – Como você trabalha o
seu físico para enfrentar a maratona que é o campeonato brasileiro?
Elsinho – Como você pode ver
sou um cara franzino, mas estamos numa fase de trabalho físico elevada. Estamos
trabalhando a massa muscular e com certeza saberemos dar conta do recado. Meu
DNA é assim mesmo.
Zk – Como foi que você foi
parar no Figueirense?
Elsinho – No inicio deste
ano disputei o campeonato pelo CRB de Alagoas e fomos campeão estadual. Estava
jogando o Brasileiro da série B onde me destaquei bastante, fui feliz e então
pintou o interesse do Figueirense e fui pra lá, joguei algumas partidas como
titular durante do campeonato Brasileiro da série A.
Zk – A que você atribui a
tua ascensão no futebol, a participação na Copa Paulista ou a disputa da série
B do Brasileiro?
Elsinho – Foi disputando o Brasileiro da série
B pelo CRB onde me destaquei e consegui a transferência para o Figueirense e
disputei a série A que projetou meu futebol e o interesse do Vasco da Gama.
Zk – Qual o grande jogo da
sua vida até o momento?
Elsinho – Foi CRB e
Joinville que estávamos perdendo dentro de casa e viramos para quatro a três.
Zk – Você é um lateral que
vai a linha de fundo ou é daqueles que não passa do meio campo?
Elsinho – Gosto muito de
atacar, porém, isso depende muito do esquema que o treinador adotar. Se me der
liberdade pode contar que vou em busca do gol. Este ano graças a Deus fiz cinco
gols jogando na lateral direita e espero fazer muito mais jogando pelo Vasco da
Gama.
Zk – Você tem namorada?
Elsinho – Sou casado com a
Angélica e juntos temos nosso filho João Guilherme de três anos e meio. Quando
sai daqui já era casado, a partir da minha contratação pelo Clube do Remo
sempre levo minha esposa e meu filho.
Zk - O contrato com o Vasco
já está assinado?
Elsinho – Ainda não, tenho
que passar pelos exames médicos e só depois, se eles acharem que está tudo bem
comigo fisicamente falando, é que vamos assinar o contrato.
Zk – Quando você vai viajar
para o Rio de Janeiro para se integrar ao elenco do Vasco?
Elsinho – Até o dia 30 devo
estar viajando pra lá e logo serei apresentado à torcida. Tudo vai dar certo se
Deus quiser. Só posso dizer que sou jogador do Vasco da Gama depois que assinar
o contrato. As coisas estão se encaminhando pra isso e creio que darão certo,
falta só os exames.
Zk – E o velho Eudes
Vascaíno de nascença, como está vendo o filho se encaminhando para jogar no
time do seu coração?
Elsinho – Tá aí muito feliz,
muito alegre a me dando o maior apoio.
Zk – Quer deixar uma
mensagem aos seus amigos e aos torcedores do Vasco da Gama?
Elsinho – Desejo Feliz Natal
e Próspero Ano Novo a todos os portovelhenses a todos os rondonienses, que
mantenham a cabeça no lugar e comemorem com suas famílias esta data muito
especial.
Zk – Agora a conversa é com
o pai do Elsinho seu Eudes. Como é que o pai se sente ao ver o filho bem
encaminhado na profissão e ainda por cima jogando o time do seu coração no seu
caso, o Vasco da Gama do Rio de Janeiro?
Elsinho – A gente sempre
torce pelo sucesso dos filhos! Me sinto muito grato e satisfeito, agradecido a Deus
porque é o sonho de todo jovem jogar num time de futebol, agora jogar num
grande clube como o Vasco é melhor ainda. Vamos torcer pra dar tudo certo.
Zk – Fala sobre o Elsinho?
Elsinho – Ele sempre gostou
de jogar bola desde os seis, sete anos que ele começou a frequentar os campos
de pelada. Foi no bairro Jardim Ipanema onde tudo começou, jogou ali pelo 13,
Aluízio Ferreira, disputou vários campeonatos regionais.
Zk – Qual seu nome?
Eudes – Eudes Ferreira de
Araújo minha esposa chama-se Josinete Guarim de Souza. Sou nascido e criado em
Porto Velho. Meu pai é paraibano e minha mãe acreana.
Zk – Você chegou a
acompanhar os grandes momentos do futebol de Porto Velho?
Eudes – Claro, tenho
cinquenta anos de idade e tive o prazer de ver jogando: Hermógenes, Da Silva,
Gervásio, Meireles, Bacu enfim grandes nomes do futebol rondonienses como
Valter Santos Barbosa. O clube que mais me chamava à atenção era o Ferroviário.
Zk – Você foi jogador de
futebol?
Eudes – Disputei campeonato
no campo do 13 nos campeonatos que o Evaldo realizava e ainda realiza. Naquele
tempo o campeonato do 13. Na época do seu Brasil o campeonato do 13 era muito
badalado. Nunca passei de amador.
Zk – O Elsinho foi um menino
levado?
Eudes – Não, ele sempre foi
muito tranquilo, é um garoto que não gosta de balada. Gosta muito de se
concentrar, de fazer educação física, é um menino muito dedicado no que se
propõe fazer. Não tenho preocupação em ele ir pruma cidade como o Rio de
Janeiro num clube como o Vasco porque ele sempre teve uma vida muito familiar.
Zk – Apesar de estar
praticamente em inicio de carreira, o Elsinho colabora com a família. Muita
gente pergunta sobre isso?
Eudes – Muita gente
questiona sobre isso, porque o Elsinho jogou no Clube do Remo, no Nacional de
Nova Serrana. Jogou no CRB onde foi campeão estadual e depois se transferiu
para o Figueirense e disputou a série A do Brasileirão. Acho que todo mundo tem
sua vida. ; eu tenho a minha vida com minha família ele tem a dele com a
família dele. É claro que ele sempre nos ajuda. Tanto é que minha casa hoje ele
derrubou todinha e mandou fazer outra.
Zk – Então já começou bem?
Eudes – Pois é! Eu ia fazer
alguns arranjos na minha casa e ele chegou e disse: “Não papai, vou mandar
derrubar essa casa” e pediu pra mãe dele dizer como é que ela queria e o
resultado, é que a casa novinha em folha já está sendo terminada.
Zk – Você pretende
acompanhar o Elsinho?
Eudes – Não! Quando ele
estava no CRB de Alagoas disputando a série B, passei trinta dias no
apartamento dele lá. Agora seguir ele no Rio de Janeiro ou em qualquer outro
lugar não. Nossa vida é aqui, nossos amigos estão aqui, nossas coisas são aqui
e aqui vamos continuar.
Zk – Você é Vasco por conta
do Elsinho?
Eudes – Quando o Elsinho nem
sonhava em jogar no Vasco nossa família toda já era é Vascaína.
Zk – O que você tem a dizer
para os pais que gostariam que seus filhos fossem jogador de futebol?
Eudes – Estamos visitando
várias escolinhas de futebol onde o Elsinho faz uma espécie de palestra para as
crianças, jovem e adolescente, dizendo que não parem de sonhar que é bom
sonhar, agora tem que fazer valer o sonho, procurando ser um profissional de
verdade, se dedicando aos treinos, deixar o orgulho de lado, cuidar muito bem
da família.
Zk – Pra finalizar?
Eudes – Vamos todos cantar de
coração A Cruz de Malta é o meu pendão...!
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