Durante a festa do
centenário da Madeira Mamoré tivemos a oportunidade de comprovar o quanto o
trem encanta nosso povo.
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Na noite de quarta feira,
quando a festa alcançou o seu ápice, de repente notamos um corre corre no rumo
da estação Madeira, é claro que fui conferir o porque de tanta gente correndo
no rumo dos armazéns.
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Foi quando o Carlos Levy da
Golda me informou, que o locutor havia anunciado que a máquina 18 iria apitar
dentro de poucos instantes.
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Foi emocionante o que
presenciamos. Os ferroviários que fazem parte da cooperativa, todos vestidos em
fardas iguais as que os maquinistas, foguistas, guarda freio e condutores
usavam no tempo que a Madeira Mamoré ainda funcionava, só aquilo levou muito
gente a se recordar das viagens de trem entre Porto Velho e Guajará Mirim.
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Podemos citar como exemplo,
o ex jogador de Basquete considerado a época como o melhor da Amazônia Afonso
um boliviano que graças ao seu basquete jogou em clubes de Porto Velho e
Guajará Mirim e fez até parte da seleção de Rondônia. Que ao ver os
ferroviários naquela farda, disse a esse colunista que estava ao seu lado:
“Isso me faz voltar aos meus tempos de jogador de basquete, quando vinha de
Guajará Jogar aqui em Porto Velho na quadra do Barão do Solimões” e aí me
contou vários histórias dos seus feitos como jogador de basquete.
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O negócio ficou mais
emocionante quando o maquinista de “plantão” acionou o apito da locomotiva. Os flashes
estouraram de todos os lados da máquina 18, uma mutilado cercou a locomotiva
como que querendo agradecê-la por estar proporcionando tão emocionante momento.
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O Chicão Santos querendo
começar a peça “A Ferrovia dos Invisíveis” e a máquina apitando. Aliás, o povo pedindo
mais apito.
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O interessante é que o povo,
quando mais a máquina apitava, mas fotos batia como se fosse possível registrar
em fotografia o apito do trem.
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Muitos ao meu lado, não
conseguiram disfarçar as lágrimas, inclusive eu.
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Foi justamente por esse
encantamento que a Madeira Mamoré exerce sobre todos nós que aqui nascemos e
aos que para cá vieram e nunca viram o trem trafegando pelos trilos da Estrada
de Ferro Madeira Mamoré, que colocamos em nossa reportagem premiada: “O
Centenário da Ferrovia que não Deveria ter Parado”, que mesmo do jeito
que está, a Madeira Mamoré gera emprego e renda.
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O que está faltando para
gerar mais renda e emprego é uma ação dos órgãos de turismo, tanto municipal
como estadual, no sentido de incentivar a visita de maior número de turistas ao
complexo.
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Ontem até escrevi uma coluna
com um pouco de indignação pela falta de apoio à festa do centenário do nosso
maior patrimônio histórico.
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Porém fiquei de alma lavada
e enxaguada, quando cheguei à festa por volta das 19h00 e vi que a população
estava lá prestigiando o evento que, graças a Deus não contou com a presença de
nenhum secretário municipal e nem estadual, é claro que tirando dessa lista o
Chicão da Secel e o Tatá da Iaripuna e suas equipes.
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Os demais não compareceram
porque não têm compromisso com a nossa história.
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Depois ficam querendo que a
gente cite seus nomes em nossas reportagens. Como fazer isso se eles não
prestigiam os eventos relativos a nossa história a nossa cultura.
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Não compareceu nenhum
político, seja vereador Câmara Municipal, deputada da Assembléia Legislativa,
deputado Federal e nenhum senador da república, a noite nem mesmo o
representante do governador se fez presente.
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Parece até que têm “nojo” de
ficar entre a população que os elegeu.
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O público foi surpreendente,
já que a festa praticamente não contou com o apoio do governo estadual como
deveria ter contado, nem mesmo foi divulgada comercialmente falando, nos meios
de comunicação, digo, convidando a população para as apresentações culturais da
noite de quarta feira.
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Mesmo assim, a visão que
tínhamos de cima do palco era de uma multidão que ocupou todos os espaços entre
a avenida Sete de Setembro e a José do Patrocínio, ou melhor na cabeceira da
ladeira da Farquar.
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Há quem diga que tinha mais,
porém fico com aproximadamente 10 mil pessoas.
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Foi a glória, se tivesse
sido mais bem divulgado com certeza chegaríamos a 20 mil. Mas ta bom 10 Mil.
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Aqui temos que tirar o
chapéu para o produtor cultural Denis Carvavalho que juntamente com o Saulo da
Amazônia Adventure fizeram o evento acontecer. É claro que o Chicão lhes
garantiu o suporte.
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É como se diz na gíria
cabocla: “A beraderada fez bonito na festa do centenário da Madeira Mamoré”.
Outra dessa, sé em 3.012 no segundo centenário! Tô em Manaus!
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