terça-feira, 10 de julho de 2012

LENHA NA FOGUEIRA 11.07.12

Depois de “bater” a lama das barrancas do rio Madeira, estamos quase de volta aos acontecimentos da capital Porto Velho.

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E volto lamentando não ter me reportado ao 10 de julho, uma data que marcou e marca os que residiam e residem em Porto Velho desde o ano de 1972 e ouviram o triste apito da locomotiva da Madeira Mamoré informando a todos, que a partir daquela data, o trem não mais faria o percurso entre Porto Velho e Guajará Mirim.

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O poema declamado pelo seu Heráclito, o discurso do senhor Vivaldo Mendes e do Coronel Oliveira, as lágrimas nos olhos de dezenas de ferroviários e dos moradores de Porto Velho que estavam na praça da Madeira Mamoré naquele fatídico 10 de agosto de 1972.

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No encerramento do Festival de Cinema Curta Amazônia, assisti a um filme produzido pelo cineasta Carlos Levy sobre a Estrada de Ferro Madeira Mamoré em especial sobre a Vila Murtinho, quando um cidadão já em idade avançada, ao prestar seu depoimento, sobre o que a Estrada de Ferro Madeira Mamoré significou para ele e para todos os moradores ao longo da longo ferrovia não se contem e cai no choro. Um choro de lamento, de saudade.

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Ontem de manhã ao abrir o computador dei de cara com um artigo assinado pelo historiador professor Francisco Matias sobre a importância do mês de julho para Porto Velho.

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O artigo “Porto Velho e o mês de julho” postado no site Gente de Opinião (www.gentedeopiniao.com.br) deve ser lido e acompanhado por todos os historiadores, os que se dizem historiadores, os contadores de estórias de Rondônia, por todos os estudantes e estudiosos da nossa história, em especial a história da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

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Ao ler o artigo que é um compêndio sobre a história da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

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Fiquei pensando em reativar a idéia que surgiu com o saudoso jornalista Nelson Townes de Castro no inicio dos anos 2000, que era festejar a data de 4 de julho, como a data do surgimento da cidade de Porto Velho.

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Tava tudo bem encaminhado quando o poeta e escritor Antônio Cãndido na sua saga de destruidor de datas, convenceu o então secretario da Secel Jucelis Freitas a abortar a programação praticamente pronta, em comemoração ao centenário do surgimento da cidade de Porto Velho no ano de 2007.

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Creio que hoje o poeta do “Vagão dos Esquecidos” está arrependido, por ter atrapalhado a comemoração de uma data significativa para todos nós portovelhenses ou “portovelhacos”. Tanto que publicou, também no gente de opinião um poema saudoso sobre o 10 de julho:

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“Ainda lembro aquele dez de julho/e o apito da máquina estridente,/que foi ouvido sem aquele orgulho,/que alegrava o coração da gente...”

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Voltando ao artigo do historiador e professor Francisco Matias. Ali vemos sem sobra  de dúvida que Porto Velho surgiu oficialmente, para os americanos construtores da Estrada de Ferro Madeira Mamoré no dia 4 de julho de 1907.

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Por isso amigos leitores, em especial os amantes da cidade de Porto Velho, vamos levantar essa bandeira, e sugerir aos vereadores e ao prefeito que transformem o 4 de julho como sendo oficialmente a data do surgimento de Porto Velho.

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Não podemos nos deixar levar apenas pela vontade de uma pessoa. Nossa cidade precisa ser festejada como cidade e não como município.

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Precisamos inclusive lutar pelo erguimento de uma escultura bem grande, ali onde estão construindo o Porto do Cai N’água representando o “VELHO PIMENTEL”.

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Vamos acabar com esse negócio de dizer que o nome de Porto Velho vem do Porto dos Militares. Concordamos inclusive que esse Porto dos Militares realmente existiu, mas, isso foi durante a guerra do Paraguai entre os anos de 1864 e 1970 enquanto à construção da Madeira Mamoré em Porto Velho, começou 37 anos após seu término.

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Será que após 37 anos, ainda existia pelo menos uma “prancha” do tal Porto dos Militares?

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Existem relatos, isso sim, que os vapores saiam do Porto do Vapores em Santo Antônio e paravam no Porto dos Lenhadores para se abastecerem de lenha.

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Quem prova que entre esses lenhadores não existia um senhor chamado de Pimentel.

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E sabido também que uma das denominações era Porto do Velho Lenhador que fica no antigo local do Porto dos Militares.

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Lembro que em virtude dessa polêmica, a prefeitura promoveu um seminário onde nada ficou decido, ou seja, nem o Antônio Cândido nem os defensores do Velho Pimentel sairam com a data do surgimento de Porto Velho resolvida.

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Agora vamos aproveitar o Centenário da Inauguração da Estrada de Ferro Madeira Mamoré para abrir a campanha em prol da oficialização do 4 de julho como a data do surgimento da cidade de Porto Velho.

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Quer mais história verdadeira, acessa o site WWW.gentedeopiniao.com.br e lê o artigo do Francisco Matias – Porto Velho e o mês de julho

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