quinta-feira, 29 de março de 2012

SONORIDADE

SONORIDADE

Brasil e Jamaica – Encontro de bambas


O encontro de ritmos brasileiros com o reggae jamaicano aconteceu quarta feira no Rio de Janeiro

A convite do Instituto Oi Futuro assistimos na última quarta feira 28, no Teatro Casa Grande o espetáculo (literalmente) musical com Bid e o repertório do CD

“Bamba Dois”, dentro da programação do Festival Sonoridade que tem como produtor, nada mais, nada menos que Nelson Motta.

O que assistimos no Teatro Casa Grande que por sinal ficou pequeno para tantos fãs do Bid e seus convidados podemos classificar como a fusão feliz dos ritmos brasileiros com o reggae jamaicano.

Na realidade, se o Bid levasse todos os convidados que participaram do CD certamente o show amanheceria e o público continuaria pedindo mais.

Dos mais de 15 participantes do disco, Bid convidou apenas os jamaicanos Sizzla, Kymani Marley e Luciano Royal mais o Chico Cezar.

Agora os integrantes da banda do Bid são um caso fora de série, principalmente o naipe de percussionistas que tiram dos seus instrumentos uma sonoridade que deixa qualquer ser humano deslumbrado com o contagiante rufar dos tambores que num passe de mágica, saem do reggae jamaicano de raiz para a raiz de ritmos brasileiros como o maracatu, o baião de Luiz Gonzaga e o samba sincopado do Jakson do Pandeiro. O guitarrista juntamente com o sanfoneiro, tecladista, naipe de metais e o DJ complementam o som da guitarra do base do Bid e do contrabaixo espetacular e mais a voz do regueiro brasileiro que está despontando Lucio Maia.

Chico César inicia o show cantando sua Mamãe África e quando a gente pensa que o negócio vai ficar no empacotador das Casas Bahia surge o jamaicano Sizzla cantando uma de suas composições sem ferir a harmonia da música do Chico e os dois protagonizam um dueto poucas vezes visto e tão bem sincronizado. O espetáculo estava apenas começando e nós pobres mortais na platéia sentimos que a partir daquele momento, ninguém poderia dizer que algo igual ainda iria acontecer. Quando Bid convidou o Luciano o Teatro quase vem abaixo, Luciano aos 47 anos, é sinônimo de velha guarda na Jamaica com suas letras positivas e seu apego aos ideais rastafari. Naquela noite memorável Luciano foi o símbolo do reggae jamaicano, sua maneira de interpretar as canções e dançar deixou a platéia solta, tão solta que o espaço ficou pequeno para a coreografia que todos passamos a dançar.

Passaríamos horas e horas, escrevendo sobre o espetáculo musical que o Oi Futuro nos proporcionou, porém, como não temos o espaço suficiente, vamos apenas agradecer a direção e a equipe do Instituto Oi Futuro que nos proporcionou um dia maravilhoso na cidade maravilhosa que é o Rio de Janeiro. Obrigado!

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