Lenha na Fogueira
A coluna de sexta feira 09 continua gerando comentários. No site Gente de Opinião encontramos dois, Um assinado pela escritora Sandra Castiel e outro pelo leitor Luiz Augusto. Leiam:
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Sandra Castiel - Silvio Santos, grande compositor da Pobres do Caiari... Seu texto me levou á época em que minha mãe, pele-curta ferrenha, mudou-se para o Caiari, reduto cutuba. A convivência com a vizinhança diluiu as divergências políticas e todos ficaram amigos. Quando Marise assumiu a Pobres do Caiari (dantes apenas um grupo de jovens brincantes), não havia qualquer indício de diferenças políticas. Tenho a acrescentar que a rivalidade entre as duas escolas (Diplomatas do Samba e Caiari) pode ter começado antes, na época do Bacrévea Clube e do Ypiranga. Neire Azevedo era carnavalesca do bloco do Bancrévea (se não me falha a memória, vermelho e branco); Marise Castiel era a carnavalesca do bloco do Ypiranga, azul e branco claro. Esta rivalidade se estendeu posteriormente às carnavalescas e às duas escolas; não havia rivalidades envolvendo posição partidária. Abraço!
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Luiz Augusto – “Não existiu e ainda está pra nascer em Porto Velho uma Escola de Samba com o brilho, a beleza e organização como a Pobres do Caiari com Dona Marize Castiel à frente. Nenhuma das que aí estão chegam perto da Pobres do Caiari. Dona Marize supervisionava pessoalmente as fantasias e alegorias antes e no dia do desfile. Cada detalhe era cobrado, do calçado aos adereços”.
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Aliás, nem sempre o que consideramos muito bom ou apenas bom nos dias de hoje, foi considerada boa em sua época.
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Vamos lembrar mais um episódio de quando o carnaval das escolas de samba acontecia na avenida Farquar e o palanque ficava entre o estádio Aluizio Ferreira e o Senai.
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Vamos denominá-lo de O Carnaval Sem Campeão.
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O enredo da escola de samba Pobres do Caiari foi: “Ceará, Lendas, Rendas e Crenças” que ficou conhecido como Ceará de Iracema.
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E o da escola Diplomatas do Samba – Urucumacuã o Pássaro de Fogo.
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O samba da Caiari é de autoria de Silvio M. Santos, Babá e Haroldo Dori
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O samba da Diplomatas do compositor carioca à época no Salgueiro Davi Corrêa.
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O presidente de honra da Caiari era o Chagas Neto e da Diplomatas o Heitor Costa.
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Justamente no quesito samba enredo o jurado de nome Nunes deu nota 43 para o samba da Caiari e 41 para o samba da Diplomatas.
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Como as notas estavam abaixo das permitidas pelo Regulamento que era de 5 a 10 pontos. O representante da Diplomatas Leônidas O’carol Chester na mesa da apuração que funcionou na biblioteca Francisco Meirelles, solicitou a anulação das notas dada pelo jurado Nunes e como os representantes da Pobres do Caiari, Bianor Santos e Manelão não se manifestaram. O Manelão por estar dormindo e o Bianor porque pensou que nos demais quesito a sua escola superaria a Diplomatas, o requerimento do Leônidas foi acatada pela Comissão de Apuração.
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Acontece que nos demais quesitos as duas escolas empataram em tudo.
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O presidente da Comissão de Carnaval o então vereador João Paulo das Virgens, ninguém sabe explicar até hoje, alegando atraso no inicio do desfile, penalizou a Pobres do Caiari com a perde de DOIS pontos e a Diplomatas com UM ponto.
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Com isso proclamou a Diplomatas campeã. Acontece que na hora a Caiari entrou com recurso via advogado Juvenal Sena solicitando a anulação da decisão do João Paulo o que ficou para ser decidido depois.
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Ninguém também sabe explicar até hoje, o porquê o prefeito na hora do desfile da Pobres do Caiari achou de fazer a premiação.
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Parece que adivinhando que o troféu de 1º lugar seria entregue ao Chagas Neto, Heitor Costa foi pra frente do Palanque Oficial arrudiado de “capangas”. O mesmo fez Chagas Neto.
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Quando o prefeito foi passar o troféu ao Chagas Neto a turma do Heitor entrou em ação e o “pau” comeu de verdade. Só quem não apanhou foram os dois presidentes, mas, seus seguranças e alguns brincantes das duas agremiações saíram com um bocado de hematoma.
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Resultado ninguém levou o troféu e nem o diploma de campeão do carnaval de 1985
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Essa pendenga durou até meados da década de 90 quando a justiça confirmou o resultado dado pelos Julgadores daquele ano, ou seja, EMPATE.
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Por falar nisso, até hoje dia 14 a FESEC não pagou alguns julgadores que atuaram nos desfiles das escolas de samba este ano. Cadê o cachê do povo Ariel?
Um comentário:
Amigo Sílvio,
De fato, alguns colaboradores que atuaram na Comissão Julgadora ainda não receberam, em razão de não terem procurado nossa amiga Conceição, responsável pelas finanças da FESEC. Aos nosso colaboradores, tanto da Comissão de Julgadores, quanto das Comissões de Concentração, Dispersão e Obrigatoriedades, solicitamos entrarem em contato com a Direção e Secretária da Federação (9229-8117 e 8404-1552), para agendar um horário na sede da FESEC, fitando o cumprimento de nossas obrigações financeiras.
Ariel Argobe
Presidente
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