terça-feira, 27 de dezembro de 2011

LENHA NA FOGUEIRA 28.12.11

Lenha na Fogueira

Li a matéria sobre a Lei Rouanet publicada na edição de ontem na primeira página do Caderno de Cultura deste Diário da Amazônia.

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Em 20 anos, 67% dos projetos que captaram recursos são do Sudeste do país.

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Aqui vamos nos reportar, sobre a captação de recursos através da Lei Rouanet pelas entidades culturais de Porto Velho.

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Primeiro temos que registrar o seguinte:

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Graças a Lei Rouanet e seu sistema de captação, Porto Velho ficou sem as escolas de samba Pobres do Caiari, Unidos da Castanheira e Boto Verde e Rosa.

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E por alguns anos, sem as escolas Os Diplomatas do Samba e Asfaltão.

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Acontece que em 1998 foi criada a Liga Independente das Escolas de Samba de Rondônia com a participação das escolas: Acadêmicos da Boto Verde e Rosa, Os Diplomatas do Samba, Pobres do Caiari, Unidos da Castanheira e Asfaltão.

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O Presidente da executiva era o João Carlos Alves – Maracanã e o Presidente do Conselho Diretor (quem realmente mandava) era o Antonio Viveiros – Tony da Boto.

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A Liga conseguiu aprovar junto a Lei Rouanet o projeto “Carnaval 500 Anos do Brasil” (2.000), sendo autorizada a captar 900 Mil UPF o que em moeda corrente da época chegava a quase 1 Milhão.

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Para encurtar a conversa, os dirigentes das escolas citadas, soltaram foguete, festejaram em suas sedes, pois, segundo eles, o Carnaval das Escolas de Samba de Porto Velho caso conseguissem captar o autorizado, voltaria a ser o melhor da região Norte.

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Sabe quanto eles conseguiram captar? Nenhum tostão!

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Resultado, as escolas de samba citadas faliram e algumas, como é o caso da Caiari, Castanheira e Boto Verde e Rosa não conseguiram sair do buraco até hoje. A Diplomatas voltou depois de alguns anos assim como a Asfaltão que teve que desfilar pelo grupo de acesso pra poder voltar a elite.

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Quando o Edson José foi presidente da Fesec, já nos 2000, conseguiu aprovar um Projeto em favor da escolas de samba pela Lei Rouanet e também não conseguiu captar nenhum tostão.

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A exceção neste caso, é o Festcine Amazônia que tem o patrocínio da Rouanet mas, a captação foi feita junto a Petrobras (direto).

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Independente do Festcine, não sei de outro Projeto de Porto Velho que tenha conseguido captar os recursos autorizados.

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Acontece que nossos empresários não conhecem os benefícios da Lei e por isso, se negam a investir nos projetos culturais.

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As grandes empresas nacionais que operam em Porto Velho, seus diretores não têm poder de decisão numa situação dessas, até tem boa vontade e enviam nossas solicitações a Matriz e geralmente a resposta quando chega, é desaprovando o repasse.

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Ano assado (2010) a Federon estava com o Projeto Aprovado apto a captar R$ 1 Milhão e nem mesmo a esposa do então governador João Caula dona Marly conseguiu captar os 20% necessários para a entidade poder movimentar o arrecadado.

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As empresas que estão construindo as Usinas do Madeira preferiram doar R$ 40 Mil para a Federon sem exigência de Prestação de Contas do que doar através da Lei Rouanet.

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Então fica difícil se conseguir a captação de recursos pela Lei Rouanet, pelo menos aqui em Porto Velho e no estado de Rondônia como um todo.

CONVITE!

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O Galo da Meia-Noite "o bloco": convida os foliões para a partir do próximo dia 07 de janeiro de 2012 (sábado), participarem das melhores pré-carnavalescas de Porto Velho.

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Local: Terreiro do Galo (Rua Rogério Weber, entre Duque de Caxias e Pinheiro Machado)

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Horário: A partir das 19:00h. Entrada Franca.

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