sábado, 18 de janeiro de 2020

Surgimentos da Banda do Só Vai Quem Quer – V


Por Silvio M. Santos

                               CONCENTRÇÃO - PRIMEIRO DESFILE

1ª CAMISETA DA BANDA
Com as tarefas todas dividas entre as comissões, cada turma foi cuidar da sua missão, no nosso caso, seguir para o Choppão e coordenar o posicionamento da Banda da Banda e dar uma rápida ensaiada no repertório. A nossa equipe era composta por mim Silvio Santos, Baba, Bainha, Jorge Andrade e o Maestro Carlos Sifonte. Eu, Baba e Bainha tínhamos conversado com o Miguel Silva sobre a possibilidade de ele levar seu fusquinha azul, que na época era o único carro de “propaganda volante”, que existia em Porto Velho, pra servir de CARRO DE SOM durante o desfile da Banda.
Em entrevista ao Blog do Zekatraca publicada em setembro de 2017, Miguel Silva lembra:

PRIMEIRO CARRO DE SOM


Houve um tempo que as ruas de Porto Velho eram cheias de “volante”, carro cujos proprietário (geralmente radialistas) colocavam algumas cornetas em cima da capota e saiam fazendo propaganda de lojas do nosso comércio. Assim, fui abordado pelo Babá, Silvio Santos e Bainha que me intimaram a levar o fusquinha azul com as cornetas, para servir de carro de som do bloco que iria desfilar pela primeira vez no carnaval de Porto Velho. A Banda do Só Vai Quem Quer”. Assim, Miguel e seus colegas (Lucivaldo Souza, João Dalmo e Volney Alonso) de rádio entraram para a história do carnaval de rua de Porto Velho como sendo os donos do primeiro carro de som da Banda do Só Vai Quem Quer.

CAMISETAS ROUBADAS DO ZÉ BONITINHO
 
BLOCO DAS PIRANHAS

Já quase na hora do Manelão e equipe subir do Chaveiro Gold rumo ao Bar Choppão, para dar a largada da Banda, Jurandir Sena o Zé Bonitinho, vendo que ainda existiam algumas CAMISETAS, se ofereceu para ir vende-las “Ali em frente aos Correios na Praça Mal. Rondon”. Manelão concordou, até porque, Jurandir realmente gozava da confiança de todos nós.
Em outro paragrafo terminamos de contar sobre esse episódio...

A MUVUCA NO CHOPPÃO



 

EM FRENTE AO CHAVEIRO GOLD
Quando Manelão e equipe, que entre outros, contava com o Narciso Freire, Emilzinho e Cláudio Carvalho desembarcou em frente ao Choppão, se deparou com a maior “muvuca” em volta do “cercado” onde estava sendo servida a cerveja, a quem estivesse vestido com a Camiseta, quem comanda essa parte era o Deusdeth de Paula o Careca, auxiliado pelo Bainha, Baba e outros, sob o olhar fiscalizador do Bráulio Bigode. O negócio estava organizadinho, lembrando que o Iran dono do Choppão também fazia parte da equipe de distribuição da cerveja. 
Ta chegando a hora! Emil cadê o Estandarte? Pergunta Manelão. Emilzinho responde vou já buscar.

O ESTANDARTE DA BANDA

Emilzinho havia resolvido, que a Banda tinha que ter um ESTANDARTE e no sábado (dia do desfile), comprou uns metros de cetim amarelo e preto e levou para a Terezinha a época esposa do Silvio Santos, para que ela confeccionasse um Estandarte. Mesmo com Tereza dizendo que não sabia nem por onde começar, já que jamais havia costurado tal peça, Emilzinho disse: Te vira e foi embora.
Minutos antes da largada da Banda ele chegou pra buscar o Estandarte. Terezinha disse: “Tá pronto, só falta o “pau”! Emil respondeu tem duas vassouras aí? Tem! Traz aqui e transformou as vassouras da Tereza no “pau” do Primeiro Estandarte da Banda do Só Vai Quem Quer. 

LARGADA DO PRIMEIRO DESFILE


Silvio posiciona os músicos que vamos largar, disse Manelão. Convoquei Bainha, Baba e o Jorge Andrade que estavam ajudando o Careca na distribuição da cerveja, para perto do Carro de Som (fusquinha) enquanto os Músicos da Banda (99% da Banda da Guarda Territorial) afinavam os instrumentos, Miguel ligou o som das Cornetas e Carlos Sifonte com sua Batuta fez o sinal e a Banda da Banda começou a executar o Hino da Banda após a introdução, Baba puxou o canto acompanhado por mim, Jorge Andrade e Bainha. Manelão se abraçou com os fundadores e chorava feito criança, foi um negócio muito emocionante.
Na frente puxando o desfile, a Silvia Davis filha da Tia Carmen era a Porta Estandarte.

LARGADA

A largada do primeiro desfile da Banda do Só Vai Quem Quer, aconteceu entre TRÊS E MEIA E QUATRO HORAS da tarde.
Saiu da rua José Bonifácio esquina com a Duque de Caxias, dobrou a direita na Carlos Gomes, de novo a direita na Joaquim Nabuco e a direita na Sete de Setembro. Passamos pela Praça Marechal Rondon e subimos a Rogério Weber até a Duque de Caxias e dobramos no rumo do Choppão onde chegamos por volta das SEIS HORAS DA TARDE.
A Banda da Banda continuou tocando marchinhas do carnaval tradicional até as SETE da NOITE, enquanto a cerveja continuava sendo distribuída a quem estivesse vestido com a CAMISETA.

FATOS PITORESCOS DO 1º DESFILE


Depois que terminou o desfile a equipe sentiu falta do Zé Bonitinho com as Camisetas que ele havia pegado pra vender. Pergunta daqui pergunta dali e ninguém havia visto o Jurandir. Preocupado Manelão pediu ao seu motorista Almir que fosse tentar localiza-lo. Almir encontrou o Zé Bonitinho todo arrebentado de porrada na calçada dos Correios e o pior, sem nenhuma Camiseta. Foi o primeiro prejuízo Banda do Só Vai Quem Quer. Manelão deu aquele “esbrega” no Zé e a festa entre a gente continuou.

EMOCIONADO, BRAÚLIO BIGODE SE BORROU

Manelão deu ordem ao seu motorista que acompanhasse o desfile no seu Jeep, levando a Julia (esposa), Terezinha (do Estandarte), Eliana e Lika (fundadoras), Cláudio Carvalho e o Bráulio Bigode.
A partir de determinado trecho do desfile, os ocupantes do Jeep começaram a se incomodar com um CHEIRO (catinga) de merda, foi então que seu Cláudio Carvalho deu o alarme, “Porra Bráulio, tu tá todo BORRADO”.
Durante o percurso, a cada esquina, a Banda ia aumentando e o Bráulio ao ver tanta gente brincando carnaval, como nunca tinha acontecido em Porto Velho, se emocionou tanto, e essa emoção, veio em forma de DIAREIA. Daí a catinga sentida pelos demais integrantes do Jeep.
A Banda saiu do Choppão com menos de MIL foliões e ao retornar, tinha aproximadamente CINCO MIL.
Comentário após o desfile na roda dos seus fundadores:
ELA JÁ NASCEU GRANDE!

OBS: Crédito das Fotos – Rosinaldo Machado.

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