Por Silvio M. Santos
CONCENTRÇÃO
- PRIMEIRO DESFILE
1ª CAMISETA DA BANDA |
Com as
tarefas todas dividas entre as comissões, cada turma foi cuidar da sua missão,
no nosso caso, seguir para o Choppão e coordenar o posicionamento da Banda da
Banda e dar uma rápida ensaiada no repertório. A nossa equipe era composta por
mim Silvio Santos, Baba, Bainha, Jorge Andrade e o Maestro Carlos Sifonte. Eu,
Baba e Bainha tínhamos conversado com o Miguel Silva sobre a possibilidade de
ele levar seu fusquinha azul, que na época era o único carro de “propaganda
volante”, que existia em Porto Velho, pra servir de CARRO DE SOM durante o
desfile da Banda.
Em
entrevista ao Blog do Zekatraca publicada em setembro de 2017, Miguel Silva
lembra:
PRIMEIRO
CARRO DE SOM
Houve um tempo que as ruas de Porto
Velho eram cheias de “volante”, carro cujos proprietário (geralmente
radialistas) colocavam algumas cornetas em cima da capota e saiam fazendo
propaganda de lojas do nosso comércio. Assim, fui abordado pelo Babá, Silvio
Santos e Bainha que me intimaram a levar o fusquinha azul com as cornetas, para
servir de carro de som do bloco que iria desfilar pela primeira vez no carnaval
de Porto Velho. A Banda do Só Vai Quem Quer”. Assim, Miguel e seus colegas
(Lucivaldo Souza, João Dalmo e Volney Alonso) de rádio entraram para a história
do carnaval de rua de Porto Velho como sendo os donos do primeiro carro de som
da Banda do Só Vai Quem Quer.
CAMISETAS ROUBADAS DO ZÉ BONITINHO
BLOCO DAS PIRANHAS |
Já quase na hora do Manelão e equipe
subir do Chaveiro Gold rumo ao Bar Choppão, para dar a largada da Banda,
Jurandir Sena o Zé Bonitinho, vendo que ainda existiam algumas CAMISETAS, se
ofereceu para ir vende-las “Ali em frente aos Correios na Praça Mal. Rondon”.
Manelão concordou, até porque, Jurandir realmente gozava da confiança de todos
nós.
Em outro paragrafo terminamos de
contar sobre esse episódio...
A MUVUCA NO CHOPPÃO
Quando Manelão e equipe, que entre
outros, contava com o Narciso Freire, Emilzinho e Cláudio Carvalho desembarcou
em frente ao Choppão, se deparou com a maior “muvuca” em volta do “cercado”
onde estava sendo servida a cerveja, a quem estivesse vestido com a Camiseta,
quem comanda essa parte era o Deusdeth de Paula o Careca, auxiliado pelo
Bainha, Baba e outros, sob o olhar fiscalizador do Bráulio Bigode. O negócio
estava organizadinho, lembrando que o Iran dono do Choppão também fazia parte
da equipe de distribuição da cerveja.
Ta chegando a hora! Emil cadê o
Estandarte? Pergunta Manelão. Emilzinho responde vou já buscar.
O ESTANDARTE DA BANDA
Emilzinho havia resolvido, que a
Banda tinha que ter um ESTANDARTE e no sábado (dia do desfile), comprou uns
metros de cetim amarelo e preto e levou para a Terezinha a época esposa do
Silvio Santos, para que ela confeccionasse um Estandarte. Mesmo com Tereza
dizendo que não sabia nem por onde começar, já que jamais havia costurado tal
peça, Emilzinho disse: Te vira e foi embora.
Minutos antes da largada da Banda ele
chegou pra buscar o Estandarte. Terezinha disse: “Tá pronto, só falta o “pau”!
Emil respondeu tem duas vassouras aí? Tem! Traz aqui e transformou as vassouras
da Tereza no “pau” do Primeiro Estandarte da Banda do Só Vai Quem Quer.
LARGADA DO PRIMEIRO DESFILE
Silvio posiciona os músicos que vamos
largar, disse Manelão. Convoquei Bainha, Baba e o Jorge Andrade que estavam
ajudando o Careca na distribuição da cerveja, para perto do Carro de Som
(fusquinha) enquanto os Músicos da Banda (99% da Banda da Guarda Territorial)
afinavam os instrumentos, Miguel ligou o som das Cornetas e Carlos Sifonte com
sua Batuta fez o sinal e a Banda da Banda começou a executar o Hino da Banda
após a introdução, Baba puxou o canto acompanhado por mim, Jorge Andrade e
Bainha. Manelão se abraçou com os fundadores e chorava feito criança, foi um
negócio muito emocionante.
Na frente puxando o desfile, a Silvia
Davis filha da Tia Carmen era a Porta Estandarte.
LARGADA
A largada do primeiro desfile da
Banda do Só Vai Quem Quer, aconteceu entre TRÊS E MEIA E QUATRO HORAS da tarde.
Saiu da rua José Bonifácio esquina
com a Duque de Caxias, dobrou a direita na Carlos Gomes, de novo a direita na
Joaquim Nabuco e a direita na Sete de Setembro. Passamos pela Praça Marechal
Rondon e subimos a Rogério Weber até a Duque de Caxias e dobramos no rumo do
Choppão onde chegamos por volta das SEIS HORAS DA TARDE.
A Banda da Banda continuou tocando
marchinhas do carnaval tradicional até as SETE da NOITE, enquanto a cerveja
continuava sendo distribuída a quem estivesse vestido com a CAMISETA.
FATOS PITORESCOS DO 1º DESFILE
Depois que terminou o desfile a
equipe sentiu falta do Zé Bonitinho com as Camisetas que ele havia pegado pra
vender. Pergunta daqui pergunta dali e ninguém havia visto o Jurandir.
Preocupado Manelão pediu ao seu motorista Almir que fosse tentar localiza-lo.
Almir encontrou o Zé Bonitinho todo arrebentado de porrada na calçada dos
Correios e o pior, sem nenhuma Camiseta. Foi o primeiro prejuízo Banda do Só
Vai Quem Quer. Manelão deu aquele “esbrega” no Zé e a festa entre a gente
continuou.
EMOCIONADO, BRAÚLIO BIGODE SE BORROU
Manelão deu ordem ao seu motorista
que acompanhasse o desfile no seu Jeep, levando a Julia (esposa), Terezinha (do
Estandarte), Eliana e Lika (fundadoras), Cláudio Carvalho e o Bráulio Bigode.
A partir de determinado trecho do
desfile, os ocupantes do Jeep começaram a se incomodar com um CHEIRO (catinga)
de merda, foi então que seu Cláudio Carvalho deu o alarme, “Porra Bráulio, tu
tá todo BORRADO”.
Durante o percurso, a cada esquina, a
Banda ia aumentando e o Bráulio ao ver tanta gente brincando carnaval, como
nunca tinha acontecido em Porto Velho, se emocionou tanto, e essa emoção, veio
em forma de DIAREIA. Daí a catinga sentida pelos demais integrantes do Jeep.
A Banda saiu do Choppão com menos de
MIL foliões e ao retornar, tinha aproximadamente CINCO MIL.
Comentário após o desfile na roda dos
seus fundadores:
ELA JÁ NASCEU GRANDE!
OBS: Crédito das Fotos – Rosinaldo
Machado.
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