Autor:
Sílvio M. Santo
Nesta
edição damos continuidade às histórias que fazem parte do livro
de minha autoria, que está prontinho para ser publicado, “PORTO,
VELHO PORTO – HISTÓRIA DA CIDADE ONDE NASCI E VIVO”.
São
histórias que pesquisei em publicações de vários autores que se
preocuparam com a nossa história como Esron Menezes, Amizael Silva,
Abnael Machado de Lima, Yedda Bozarcov, Manoel Rodrigues, Hugo
Ferreira e em especial do meu amigo professor Francisco Matias,
porém, a maioria das histórias relatam fatos vividos por mim, já
que apesar de ter nascido no Distrito de São Carlos, vivi minha
infância, adolescência e vivo até hoje, em Porto Velho. Muitas das
histórias que os amigos tomarão conhecimento a partir de hoje, são
exclusivas, pois foram vividas por mim.
Infelizmente
pelas normas acadêmicas, meu livro não pode ser considerado como de
História, porém, as histórias nele contidas, posso garantir, (a
maioria. foram vividas por mim) e as demais, são fruto de dias e
dias de pesquisas.
Se
você empresário editor, se interessar em produzir o meu Livro,
entre em contato através do celular: (69) 9 9302-1960
A
Capela dos Inocentes
Fernando
Guapindaia de Souza Brejense primeiro prefeito de Porto Velho, cujo
governo foi marcado por uma série de atritos com a administração
da Madeira Mamoré, após construir o cemitério dos Inocentes viu
que ficou faltando uma capela onde as pessoas pudessem encomendar
seus entes queridos, fato que fez com que uma professora tomasse a
iniciativa de sair recolhendo donativos para a construção da
referida capela, é claro que com a devida concordância do prefeito.
A
professora em sua mendicância foi mal recebida por ferroviários
portugueses, que se achavam prejudicados em seus interesses pelo
Major Guapindaia. Um deles teria sido preso e metido a ferros
anteriormente, provocando o maior rancor dos lusos contra o
superintendente.
Quando
a professora foi descartada pelos ferroviários, o chefe de polícia
mandou prender outros quatro e também os teria espancado e
chicoteado de “umbigo de boi”.
Foi o suficiente para dar-se início a um levante armado com entrincheiramento na "CASA SEIS", galpão que ficava onde hoje é a Capitania dos Portos. O delegado, em vez de tomar as devidas providências, fugiu da cidade, restando ao major Guapindaia, entrincheirar-se em sua casa, que ficava onde se construiu a praça Rondon.
Foi o suficiente para dar-se início a um levante armado com entrincheiramento na "CASA SEIS", galpão que ficava onde hoje é a Capitania dos Portos. O delegado, em vez de tomar as devidas providências, fugiu da cidade, restando ao major Guapindaia, entrincheirar-se em sua casa, que ficava onde se construiu a praça Rondon.
Os
revoltosos, entrementes, conseguiram aprisionar o contínuo do
superintendente e a única saída de Guapindaia foi negociar a troca
do servidor pelos portugueses.
Os
comerciantes do centro
O
comércio de Porto Velho se concentrava nas ruas Sete de Setembro,
Presidente Dutra, José de Alencar, Barão do Rio Branco e Floriano
Peixoto.
Na
Sete a gente encontrava a loja dos Reski (ao lado do Cine Brasil) e
do outro lado com a José de Alencar, a Casa Saudade de T.T. Dias
(até pouco tempo foi Ponto 7), ao lado, o prédio da Associação
dos Seringalistas e mais pra frente, à Pernambucana. Isso pelo lado
esquerdo no sentido bairro.
Pelo
lado direito, o Edifício Sônia Maria (Ligado a Praça Rondon);
Livraria Violeta e do outro lado da José de Alencar, com a Sete, a
Drogaria Nossa Senhora da Conceição do seu Boanerges Lima conhecido
como o médico dos pobres; Sapataria Moderna do Manoel Português;
Cine Avenida ou Lacerda (hoje Banco Santander), Banacre e Café
Santos.
Pela José de Alencar, o edifício Feitosa (onde ficava a lanchonete Delta), a Casa de comércio do seu Abdon, e o comércio da família Chaquiam, na parte de baixo do prédio da Caixa dos Aposentados (hoje prédio do INSS), funcionava a agência da empresa aérea Cruzeiro do Sul cujo agente era o seu Bichara, depois foi para o outro lado da rua onde funciona um restaurante/padaria hoje. Na Floriano Peixoto tinha a casa comercial de Mourão & Irmãos e do seu Miguel Arcanjo, além da sede do jornal O Guaporé.
Pela Barão do Rio Branco existia a Casa Dragão de César Zoghbi, Jornal Alto Madeira, Jornal do Inácio Mendes (teve vários nomes), loja São Sebastião do seu Lucine Pinheiro, Rondomarsa (a primeira concessionária de veículos de Porto Velho) dos irmãos Aurélio e Jessey pai do Manelão; Pensão do Mister Davis na esquina da Ladeira da Prefeitura (hoje é o camelódromo), comércio do João Reis, Buraco da Dada (fonte de água mineral) e do seu Chico do Buraco (Em frente ao Cemelódromo).
Pela José de Alencar, o edifício Feitosa (onde ficava a lanchonete Delta), a Casa de comércio do seu Abdon, e o comércio da família Chaquiam, na parte de baixo do prédio da Caixa dos Aposentados (hoje prédio do INSS), funcionava a agência da empresa aérea Cruzeiro do Sul cujo agente era o seu Bichara, depois foi para o outro lado da rua onde funciona um restaurante/padaria hoje. Na Floriano Peixoto tinha a casa comercial de Mourão & Irmãos e do seu Miguel Arcanjo, além da sede do jornal O Guaporé.
Pela Barão do Rio Branco existia a Casa Dragão de César Zoghbi, Jornal Alto Madeira, Jornal do Inácio Mendes (teve vários nomes), loja São Sebastião do seu Lucine Pinheiro, Rondomarsa (a primeira concessionária de veículos de Porto Velho) dos irmãos Aurélio e Jessey pai do Manelão; Pensão do Mister Davis na esquina da Ladeira da Prefeitura (hoje é o camelódromo), comércio do João Reis, Buraco da Dada (fonte de água mineral) e do seu Chico do Buraco (Em frente ao Cemelódromo).
Na
Presidente Dutra: Associação Comercial, Banco da Borracha (BASA) e
Banco do Brasil (hoje restaurante do Sesc) e os Correios.
Do
outro lado, Padaria do Raposo (Guitar Músic hoje) e Bar Central (no
Canto da Sete de Setembro)
Na
José do Patrocínio tinha o Tufy Matny, o comércio que vendia fiado
para os funcionários do Território do Guaporé. Voltando a José de
Alencar pelo lado esquerdo de quem sobe rumo a Carlos Gomes, tinha a
ótica Cabeça Branca que agora está do outro lado, Mundo Elegante,
Bar do Raul e uma loja dos Reski.
O
Banco Bamerindus quando veio pra cá, se instalou ao lado do Almanara
na esquina da Natanael de Albuquerque onde ao lado, morava a família
do saudoso colunista Sergio Valente. Aliás, na Natanael também foi
a agencia da Caixa Econômica Federal.
Porto
Velho Hotel (Unir centro) na Presidente Dutra era ponto de encontro
da sociedade aos domingos, quando o conjunto Bossa Nova tocavas na
famosa Varanda Tropical.
Assim era o centro da Porto Velho até os anos sessenta.
Assim era o centro da Porto Velho até os anos sessenta.
Vila
Confusão
Vila Pedro Renda na Floriano Peixoto |
Como
já dissemos, a Avenida Sete de Setembro só existia entre a Farquar
e a Praça Jonathas Pedrosa e da Gonçalves Dias até a Joaquim
Nabuco e mais, por muito tempo, a Sete foi considerada parte da
BR-29, por isso, é que o Mercado do bairro Nossa Senhora das Graças
é conhecido como Mercado do KM-1.
Um
pouco acima da Gonçalves Dias até a Campos Sales existiu uma favela
que ficou conhecida como “Vila Confusão”, meu amigo Bainha (o
compositor), nos revelou que naquela nesga de terra, entra a Sete e o
Igarapé que beirava o terreno da Pensão do Tibúrcio ou Hotel
Iracema. (Foi sede do Sindicato dos Bancários), (hoje seria por
trás da Galeria Lacerda).
Os
"Arigós" que chegaram recrutados no tempo da segunda
guerra mundial como soldado da borracha e desertavam ao chegar em
Porto Velho, começaram a construir seus barracos naquele local. O
interessante, relata Bainha, era que na Vila Confusão só morava
solteiro daí a origem do nome. Acontece que as reuniões de
bebedeiras terminavam em briga e assim sendo, o povo começou a se
referir ao local como Vila Confusão.
O
Rei da Vila era o violonista conhecido como Capote e seu parceiro
Antônio do Violão, Bola Sete que na Vila era conhecido como
Cuiu-Cuiu, apesar de morar no Mocambo, gostava de frequentar o local,
assim como o Bainha e seu irmão Alípio porque os "malandros
boêmios, todos moravam lá", basta lembrar que o Capote foi
considerado o melhor violonista de Porto Velho. "Eu ia pra lá
tocar pandeiro", declara Bainha. As brigas na Vila aconteciam
geralmente quando seus moradores voltavam das festas que aconteciam
no Mocambo reduto das "raparigas" (prostitutas).
A
Vila ficou naquele local da década de quarenta até meados dos anos
cinquenta. Em frente à Vila Confusão onde hoje é a Discolândia
era o Areal da cidade e depois foi a residência e a sede da
Mineração do seu Flodoaldo Pontes Pinto.
Onde
existe o a Loja Zeta era a residência do Dr. Oswaldo Piana (pai).
Onde
foi a Vila Confusão existe hoje a galeria e o Cine Lacerda.
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