Tudo isso pode ser feito numa visita ao Centro de Documentação do Museu da Memória Rondoniense, em Porto Velho. O trabalho de organização dos acervos continua, mas os interessados podem marcar visitas, informou nesta segunda-feira (22) arqueóloga Aline Maira, diretora interina do Museu da Memória Rondoniense.
Diariamente, cinco estagiárias
das Faculdades São Lucas auxiliam na organização de periódicos, listagem de
fotos, documentos e livros raros.
A digitalização iniciada há um
ano e meio tem o apoio do Instituto Federal de Rondônia (Ifro-RO). O Museu da
Memória vem recuperando exemplares de edições dos jornais Alto Madeira, Diário da Amazônia, A Tribuna, O Estadão de Rondônia (depois “do Norte”) O Guaporé, O Parceleiro.
A coleção do Estadão, com capa
dura, estava quase perdida após o encerramento das atividades da empresa que o
editava. O jornalista Paulo Andreoli estava de posse dela e a doou.
“O acervo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré
fará parte do novo site do museu, previsto ainda para este ano. Entre as
raridades, ele possui mapas da construção de Porto Velho, cujo traçado foi
concebido nos Estados Unidos”, informou
a diretora.
“Por
enquanto, a pessoa que quiser saber da história do começo de Porto Velho e da
chegada da ferrovia, poderá vir conversar com a gente”, disse Aline Maira. O
órgão funciona no térreo do palácio.
Graças à recuperação de
impressos, foi possível também resgatar a íntegra de decretos de tombamentos
publicados no antigo Diário
Oficial do Estado, que agora também é digital. São estes os decretos de
tombamentos: nº 3179, de 10 de fevereiro de 1987: Castanheira do Estádio
Aluízio Ferreira; nº 9993, de 25 de junho de 2002: Presépio Monumental
Permanente da Paróquia São Tiago Maior Apóstolo; nº 3125, de três de dezembro
de 1986: Capela Santo Antônio de Pádua, todos em Porto Velho.
Segundo Aline Maira, os mapas
originais terão que permanecer agora dobrados, pois assim se encontravam desde
a sua confecção, e corriam o risco de deterioração.
O papelão substituiu o plástico
na maioria da guarda de documentos em armários. A mapoteca do museu é
riquíssima.
Uma das plantas mostra a
estrutura de uma locomotiva tipo Pacific, fabricada pela empresa The Baldwin
Locomotive Works para a Madeira-Mamoré Railway Company.
Outra planta com o reconhecimento
topográfico do traçado da Ferrocarril Guayaramerín-Riberalta (Bolívia) detalha
as pontes de ferro construídas pelos ingleses no trajeto da Madeira-Mamoré. Ela
é assinada pelo engenheiro encarregado E. B. Karnoff, em escala ¾.
A professora de história
Leidiane Felske, do Ifro em Ji-Paraná, é uma das mais assíduas frequentadoras
do museu. Ela viaja com seus alunos de ônibus para estudar etnias, sempre as
quintas e sextas-feiras.
O cordel está presente no
Centro de Documentação. Trata-se do velho folheto impresso de literatura
popular em verso, gênero escrito frequentemente na forma rimada, originado em
relatos orais.
No Centro, o visitante encontra
exemplares impressos, com os seguintes títulos: A Festa do Divino Espírito Santo, Os
índios de Rondônia, O
seringueiro de Rondônia, O
Forte Príncipe da Beira, O
Tratado de Petrópolis, Porto,
saudosa Porto, Tereza Benguela, Barbadianos – Vivências de um pertencimento.
Se alguém souber de algum
exemplar do cordel História
Regional do Vestibular, leve-o ao museu, para reprodução. Visitas
podem ser feitas de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 17h. O Museu fica na
Rua D. Pedro II, no antigo Palácio Presidente Vargas.
Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Texto: Montezuma Cruz
Fotos:
Leandro Morais
Secom
- Governo de Rondônia
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