sábado, 5 de janeiro de 2019

Lenha na Fogueira - m06.01.19


Diante das últimas decisões do prefeito de Porto Velho, só nos resta cantar a Marcha da Quarta Feira de Cinza de autoria de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra.
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Acabou nosso carnaval/Ninguém ouve cantar canções/Ninguém passa mais/Brincando feliz/E nos corações/Saudades e cinzas/Foi o que restou.
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Pelas ruas o que se vê/É uma gente que nem se vê/Que nem se sorri/Se beija e se abraça/E sai caminhando/Dançando e cantando/Cantigas de amor.
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E no entanto é preciso cantar/Mais que nunca é preciso cantar/É preciso cantar e alegrar a cidade
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A tristeza que a gente tem/Qualquer dia vai se acabar/Todos vão sorrir/Voltou a esperança/É o povo que dança/Contente da vida/Feliz a cantar.
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Porque são tantas coisas azuis/E há tão grandes promessas de luz/Tanto amor para amar de que a gente nem sabe.
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Quem me dera viver pra ver/E brincar outros carnavais/Com a beleza/Dos velhos carnavais/Que marchas tão lindas/E o povo cantando/Seu canto de paz/Seu canto de paz.
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E agora uma das nossas tradições, ficou “sem pai e sem mãe”. O carnaval de escolas de samba, é uma das tradições existentes em Porto Velho desde quando a cidade tomou rumo. Isso foi por volta de 1920 no século passado.
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A partir de 1931, quando Aluízio Ferreira, assumiu a direção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré que até então era administrada por americanos e ingleses.
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Como bom paraense que era, Aluízio trouxe para Porto Velho muitos dos seus conterrâneos e por conta de que em Belém já existir escola de samba, muitos dos que vieram trabalhar na Madeira Mamoré à época, eram sambistas.
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Depois, em 1943, quando Getúlio Vargas criou o Território Federal do Guaporé e nomeou Aluízio Ferreira seu primeiro governador, e pelo Território ter que acompanhar por força da Lei, o que se decidia no Rio de Janeiro então capital Federal.


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Muitos cariocas funcionários públicos, foram transferidos para a sede do Território do Guaporé Porto Velho. Não precisamos lembrar, que Junto com eles veio o SAMBA que passa a ter seu reduto na Vila Confusão e no Mocambo.
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E então surge a primeira escola de samba de Porto Velho a “Deixa Falar” criada pelo baiano Eliezer dos Santos o popular Bola Sete, isso em menos de três anos da criação do Território Federal do Guaporé.
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Quer dizer, a tradição dos desfiles das escolas de samba em Porto Velho data da década de 1940. Isso caracteriza TRADIÇÃO da cidade. Cultura é, a tradição popular, quer dizer, uma festa que é esperada pela população todos os anos.
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Vale lembrar que o CARNAVAL jamais deixará de existir! Por isso não devemos colocar em nossas postagens, que “NÃO VAI HAV ER CARNAVAL”.
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O que o prefeito de Porto Velho está fazendo, é apenas desautorizando o repasse, que seria de R$ 300 MIL, para as escolas de samba montarem seus enredos.

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E tem mais, se as escolas de samba quiserem se apresentar podem, para isso precisam correr atrás de patrocínio da iniciativa privada.
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O mais grave nessa Negação de recursos, foi a concordância do governador em não liberar recursos, para a contração da estrutura de arquibancada, som e iluminação.
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Sem essa estrutura não tem como as escolas desfilarem, já que não terá acomodação para o público e jurados e também não terão como divulgar para o público, o canto de seus SAMBAS ENREDOS.
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Porto Velho é uma das cidades brasileiras que tem nos desfiles das escolas de samba, a Tradição carnavalesca, assim como Belém (PA), Manaus (AM), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ).
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É preciso acabar com essa demagogia de que a VERBA das Escolas de Samba e da Cultura faz falta na SAÚDE.
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Cada segmento tem seu orçamento!

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