Em reunião que aconteceu na
noite da última terça feira, 08, a Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas
de Rondônia – Fesec, em comum acordo com os dirigentes das agremiações
carnavalescas afiliadas, aprovou a realização de um espetáculo que vai contar
com show de Mestre Sala & Porta Bandeira, Rainha de Bateria, Ala de Passistas,
Bateria e Interpretes de Samba Enredo (carro de som), Domingo de Carnaval dia 03 de março.
De inicio o espetáculo está
marcado para acontecer na Praça Aluizio Ferreira, dentro da programação da
Feira do Porto que acontece aos finais de semana em Porto Velho. “Vamos
conversar com a diretoria da Associação que administra a Feira para acertarmos
a parceria, lembrando que a realização do Espetáculo das Escolas de Samba será
a custo zero para a Feira do Porto”, disse o presidente da Fesec
Reginaldo Cardoso – Makumbinha.
Melhor Samba Enredo
O colunista Zekatraca se
comprometeu em realizar o Concurso, que vai escolher o Melhor Samba de Enredo
de nossas escolas de samba, para o ano de 2019. “Esse concurso aconteceu pela
primeira vez, no carnaval de 2014, com o apoio da Empresa Diário da Amazônia. O
melhor samba enredo ganha o Troféu Sebastião Araujo da Silva – BABÁ”,
lembrou Silvio Santos – Zekatraca.
Durante a reunião de terça
feira, a direção da Fesec colocou em votação, o teor da Nota de Esclarecimento
(Repúdio), que após alguns ajustes, foi aprovada e pode ser lida abaixo.
Nota de esclarecimento
A
Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas de Rondônia – FESEC, vem a público esclarecer e
repudiar o seguinte:
Já
é de domínio público, noticiado pela imprensa e mídias sociais, que a
prefeitura não irá repassar a verba para a Cultura
Popular/Carnaval. Esta é uma manifestação secular do povo brasileiro e, no
caso do desfile das Escolas de Samba,
uma manifestação genuinamente brasileira, que consta no calendário cultural do
país, de grande participação popular, gera renda, lazer e contribui no
fortalecimento da identidade cultural do nosso povo.
As Escolas de Samba propiciam
e geram:
-
Trabalho e renda através de centenas de trabalhos direto e indiretos;
-
Não obtém lucros, pois suas fantasias são doadas (gratuitas);
-
Não cobramos ingressos ao público;
-
Recolhemos impostos à prefeitura;
-
Nosso evento é familiar (de comunidade com viés social);
-
Nosso público é composto em sua maioria de crianças, adolescentes e idosos;
-
Propiciamos um teatro a céu aberto, organizado e com segurança à família
rondoniense;
-
A Escola de Samba é a verdadeira tradição do carnaval genuinamente brasileiro
e, em alguns estados, é patrimônio imaterial como em São Paulo e Rio. Em nossa
capital acontece a mais de 50 anos e não é respeitada nem preservada.
Justificativa da prefeitura
pra não repassar o subsídio: - Segundo a prefeitura o
motivo pra não fazer o repasse é pra poder aplicar essa verba (300 mil reais),
na área da “saúde, educação e infraestrutura”. Isso é uma falácia para ganhar
apoio positivo da opinião pública, pois, infelizmente, essa ação “não vai resolver o problema da nossa saúde
nem pode ser aplicada”.
Por que não vai resolver? - É um valor irrisório em
relação ao orçamento das demais secretarias. Só pra ficarmos no exemplo da
nossa combalida saúde, a prefeitura é obrigada por lei, a aplicar 18% do
orçamento do município na saúde. Isso perfaz um valor de mais de R$
200.000.000,00 (duzentos milhões de reais).
Bem longe dos 300 mil do investimento cortado da Cultura Popular. Uma única UPA recebe, com justiça, pra fazer
frente às suas despesas, mais de 1.000.000,00 (Um milhão de reais). Portanto, o
repasse retirado da Cultura Popular
não vai resolver o problema, nem de uma UPA, tampouco da saúde, educação e da infraestrutura.
O que devemos fazer como
cidadãos que pagam seus impostos? O
que devemos fazer é acompanhar e fiscalizar a aplicação desses recursos
orçamentários, pois, se a saúde tá um caos com esse orçamento de mais de 200
milhões, pode estar faltando competência pra gerir essa verba ou o dinheiro “tá
indo para o ralo” (só não pode imputar a culpa da ingerência na Cultura Popular).
Senão vejamos: - A
prefeitura em seu site oficial informou que o ano de 2018 seria o ano da saúde
com aplicação de mais de 300 milhões (acima do percentual orçamentário de 18% exigido
por lei) e o que aconteceu?
- Também veicularam
que conseguiram economizar mais de 50 milhões com redução de gastos (então não
precisava retirar os 300 mil do investimento da Cultura Popular). O cidadão concorda que, parte dos 50 milhões,
resolveria o problema da saúde, se bem geridos?
Colocamos
estes questionamentos pra esclarecer que estão usando de falácias pra convencer
a opinião pública da austeridade da administração municipal e, escolhendo como
vilão (todo ano é isso), o “carnaval” e a Cultura
Popular. Portanto senhores(as):
-
Considerando o desrespeito e a falta de compromisso por nossa Cultura Popular (pois, além de não
termos sido consultados, até o
presente momento não fomos notificados oficialmente dessa decisão);
-
Considerando a falta de vontade política da prefeitura, principalmente pelo
presidente atual da FUNCULTURAL, que deveria lutar por esse evento e por esse
segmento cultural que é a maior manifestação conduzida pela Fundação (pelo
contrário, às vezes, parece que tá trabalhando contra esse movimento nos dando
a impressão que só realizou o evento, em 2018, por ser um ano eleitoral). Se a
Fundação não consegue nos representar nem realizar o evento é melhor não
existir ou pedir pra sair, pois, na LDO desse ano, foi destinado mais de 600
mil destinado ao carnaval.
- Considerando
que a decisão de não fazer o repasse foi “em cima da hora” sem tempo hábil para
conseguirmos parcerias necessárias a fim de desenvolvermos o processo (longo)
de aquisição, compras e confecção de alegorias, fantasias e adereços e; Apesar
de continuarmos gestionando pra reverter a atual situação, Repudiamos a decisão unilateral da Prefeitura de Porto Velho diante
da falta de compromisso e respeito para com a maior manifestação da Cultura Popular da nossa cidade e do Brasil.
A Diretoria da FESEC e suas filiadas.
FENASAMBA – Federação Nacional
das Escolas de Samba (São Paulo).
SINTAX – Sindicato dos Taxistas, Transportes
Escolares, Turístico e Fretamento.
Um comentário:
Caro Katraca, é com prazer que adentro em vossa coluna e o que li na resenha vem de encontro ao que pensa a DIPLOMATAS. Estaremos juntos neste evento para reforçar aos demais participes da FESEC que precisamos agora estar mais inidos agora! A DIPLOMATAS está dentro!
PS já ganhamos o concurso do samba!����������������������
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