Representantes
do setor cultural se mostraram animados com a nova estrutura do
Ministério da Cidadania, que vai integrar Cultura, Esporte e
Desenvolvimento Social, e a indicação de Henrique Medeiros Pires
para a Secretaria Especial de Cultura. A classe artística e gestores
culturais falaram das expectativas e desafios do setor nesta nova
gestão.
A
presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, presente na cerimônia de
transmissão de cargo ao ministro da Cidadania, Osmar Terra, destacou
o ineditismo da oportunidade de fazer políticas transversais. “Esta
é a grande novidade. É o ganho da fusão dos ministérios. A
cultura agregada ao esporte, ao desenvolvimento social, vai poder
fazer muito por áreas sobre as quais já tínhamos projetos
relacionados”, disse.
“Homem
da Cultura”
O
vice-presidente da Associação de Produtores Teatrais Independentes
(APTI), Odilon Wagner, elogiou a indicação de Pires. “A classe
artística ficou feliz com a escolha dele porque é um homem da
Cultura. Realizou um trabalho no Sul superimportante e é essencial
que estivesse com o ministro uma pessoa da área e um homem sério
como ele”, afirmou o vice-presidente da Associação de Produtores
Teatrais Independentes (APTI), Odilon Wagner. “O grande desafio do
Henrique talvez seja o de traduzir para o novo governo, em várias
áreas, como a da Fazenda, a importância que o campo da Cultura tem
na economia e no social”, complementa. Segundo Wagner, Pires deverá
mostrar a pujança deste setor para a sociedade.
A
diretora e representante da Organização das Nações Unidas para
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) no Brasil, Marlova
Jovchelovitch Noleto, destacou que Medeiros é um profissional de
alta competência e com reputação sólida, com experiência na
formulação e gestão de políticas públicas nas áreas de cultura
e desenvolvimento social. “Temos certeza que terá grande sucesso
na condução das políticas de fortalecimento da cultura no país.”
Marlova reforçou que o novo secretário terá na UNESCO “um forte
e entusiasmado aliado para a cooperação técnica no desenvolvimento
de políticas públicas culturais”.
“Entusiasmo”
define o sentimento do presidente da Associação Brasileira das
Empresas Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames), Sandro
Manfredini. “Saudamos o novo senhor Secretário José Henrique
Medeiros Pires, e desejamos muito sucesso à frente de uma das pastas
mais importantes para o nosso país. Estamos entusiasmados para
apresentar a prosperidade da indústria brasileira de desenvolvimento
de games, seu potencial econômico, e sobre como podemos trabalhar
juntos para crescermos ainda mais, gerando empregos de alto valor
agregado e divisas para o Brasil”, afirmou.
A
diretora administrativa e financeira da Escola do Teatro do Bolshoi
no Brasil, Célia Campos, tem boas expectativas em relação ao novo
governo, com sua bandeira contra a corrupção. “Sabemos que no
MinC há políticas de combate à corrupção, que a prestação de
contas dos projetos da Rouanet é séria, quem vive e trabalha
diariamente com cultura sabe. As críticas são devidas, em sua
maioria, à falta de informação”, afirmou. “Desejamos muita
sorte e muita luz para que o novo secretário possa levantar a
bandeira da cultura, que tende a ser uma pasta não priorizada, mas
nós que trabalhamos no setor cultural sabemos o quanto é
importante. No Bolshoi, há vidas que são resgatadas pela dança.
Que possamos continuar lutando e que cada vez mais pessoas lutem pela
cultura e que secretario tenha uma equipe coesa para fazer desta
pasta uma pasta forte”, concluiu.
Já
o presidente da Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus),
Roberto Menescal, disse estar esperançoso quanto à possibilidade de
o novo governo investir na exportação da produção musical
brasileira. “Espero que estudem mais a fundo a possibilidade de
exportarmos cada vez mais a música brasileira, que vai render muito
para o Brasil”, afirmou.
A
presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Marta de Senna, está
na expectativa de receber a visita do secretário especial da Cultura
para conhecer a instituição. “A nossa expectativa é que o novo
secretário venha saber o que somos, o que fazemos e o que prestamos
à cultura brasileira. Atuamos nas áreas que Rui Barbosa atuou: na
educação, no direito dos povos, além das políticas culturais. A
partir disso, fazemos um trabalho que associa a cultura à
sociedade.”
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