O
engenheiro civil e escritor Emanuel Almeida apresentam sua mais
recente obra literária “Os Cearenses na Amazônia”, com a
história dos Soldados da Borracha, na noite desta sexta feira 24, às
19 horas, na Casa da Cultura Ivan Marrocos.
Na
oportunidade a Superintendência Estadual de Turismo – Setur abre a
Exposição Documental com depoimentos de pessoas consideradas
Soldado da Borracha registrados pela equipe do Museu de Gente de
Rondônia que tem como coordenadora a professora Nazaré Figueiredo
da Silva. “Já que o livro do Emanuel é sobre esse tema,
conseguimos com o superintendente Gerçon Zanato a liberação do
equipamento para divulgar os depoimentos desses heróis brasileiros”,
disse Nazaré Silva.
A
exposição Documental fica na Ivan Marrocos até o dia 6 de Setembro
e poderá ser acessada no horário das 8 às 19 horas diariamente.
Sobre
o livro “Os Cearenses na Amazônia” o autor Emanuel Almeida fala
o seguinte: “Na época da segunda guerra mundial o Brasil quando
ingressou no conflito junto com os aliados, assinou vários acordos
principalmente com o governo americano, entre eles, o Tratado de
Washiton que foi assinado pelo presidente Getúlio Vargas. Nesse
tratado o Brasil se comprometia a fornecer borracha para os aliados
para abastecer entre outros, a indústria bélica em geral. Com isso
o governo brasileiro passou a incentivar a migração trazendo os
nordestinos para os seringais da Amazônia e muitas vezes, não
trazia a família completa, só trazia o chefe da família e os
filhos homens de maior idade. Esse povo vinha do Nordeste sofrendo em
navio de terceira classe, vinha até Belém e de Belém vinha pra cá
em navios chamados de “Gaiola”, quando chegavam ao destino, eram
recrutados pelos seringalistas. Segundo consta, foram trazidos para a
Amazônia em torno de 60 Mil nordestinos denominados “Soldados da
Borracha”. Em Porto Velho esses nordestinos eram chamados de
“Arigó”, no Amazonas de “Cearense”, não importava o estado
de nascimento”
Emanuel
afirma que a história do povo nordestino chamado de Soldado da
Borracha sempre chamou sua atenção, “Pesquisei li muito sobre
isso. Quando o governo federal assumiu o compromisso de abastecer os
aliados com borracha, os nordestinos recrutados tinham como base a
cidade de Fortaleza, era lá que ficava o Serviço Especial de
Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia SEMTA. Fui à
biblioteca e pesquisei sobre essa questão. É bom lembrar que nossos
irmãos nordestinos quando vinham pra Fortaleza para se alistar,
ficavam segregados, separados da cidade, nos famosos currais,
verdadeiros campos de concentração. O governo fazia isso, porque a
cidade que estava se transformando numa metrópole, não queria esse
povo em suas ruas. Isso dói na alma da gente, principalmente quando
a gente é migrante”, finaliza Emanuel.
Serviço
Lançamento
do livro “Os Cearenses na Amazônia”
Local
– Casa da Cultura Ivan Marrocos
Dia
– 24.08.2018
Horário
– 19 horas
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