segunda-feira, 16 de julho de 2018

Lenha na Fogueira - 17.07.18


Não poderia deixar de comentar sobre o que está acontecendo nos bastidores da política local.
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É como escreve sempre o articulista político Carlos Esperança. “A TRAIRAGEM” está a todo vapor.
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O áudio que está em tudo quanto é mídia, onde um candidato postulante a uma das vagas ao senador federal, solta o verbo em cima do seu algoz, que até então todos nós cristãos desinformados, pensávamos que estavam dançando a “Ciranda Cirandinha” juntos.
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O episódio me reportou a campanha de 1986, quando estava atuando como assessor de um candidato a deputado federal e apesar de não ser candidato a cargo majoritário como Governador ou Senador era quem comandava a campanha do seu partido e, por conseguinte, sua casa vivia cheia de políticos, fosse candidatos ou apenas ‘guaxébas’ de candidatos.
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O pitoresco era que a noite, depois dos comícios (naquele tempo os comícios contavam com shows de artistas de renome nacional).
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Lá pela meia noite, já estávamos na residência do candidato para o qual eu prestava serviço e logo começavam a chegar políticos de tudo quanto era partido. Uma verdadeira “cachorrada”.
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O que me dava ‘nojo’, era presenciar aquelas pessoas se abraçando e quase se beijando. As mesmas pessoas que até bem poucas horas, estavam esculhambando uma as outras, nos programas de rádio e televisão (naquele tempo não tinha Internet) e pelos jornais impressos. Havia os que chegavam a utilizar a linguagem xula e partiam para a baixaria, acusando abertamente os adversários de “ladrão” e até que suas esposas pulavam a cerca. Era baixaria total.
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E a noite lá estavam todos de todos os partidos, reunidos, bebendo e comentando sobre os “bestas dos eleitores”, que vendiam o voto por uma telha, por uma carrada de areia e até por uma dose de cachaça.
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Creio que a política não mudou nada daquele pleito para o pleito atual. Mudaram apenas os atores (candidatos), mais a ‘merda’ é a mesma.
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Com certeza, se os áudios não tivessem vazado nas redes sociais, eles (candidatos) continuariam fingindo para nós, pobres desinformados eleitores, que estava tudo correndo bem.
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A campanha política que está apenas começando em Rondônia, ainda vai nos proporcionar muita “Bandalheira”, com um candidato do mesmo partido querendo engolir, ou melhor, como se diz nas rodas de cachaça, querendo dar RASTEIRA no outro.
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No tempo de CURTUBAS & PELE CURTAS o negócio era na base da Paródia Musical. Tinha aquele na melodia de “Só deixo meu Cariri, no último Pau de Arara”, que os Cutubas cantavam para os Pele Curtas:
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“’Se conforma com a Marise, Canela de Sabiá”. Isso porque dona Marise havia passado para o lado do Renato Medeiros.
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Do outro lado os Peles Curta cantavam com a melodia da marchinha de carnaval: “Você pensa que cachaça é água? Cachaça não é água não...”
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E eles cantavam para os Cutubas: “Você pensa que asfalto atola? Asfalto não atola não. Asfalto é pra pegar CUTUBA Pele Curta ele não pega não!”.
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Eles se referiam a tentativa do funcionário da Diretoria de Obras do Governo Territorial Milton Alves, que derramou uns camburões de “PIXE” na ladeira da Presidente Dutra, dizendo que estava asfaltando a avenida.
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Acontece que quando o Sol Esquentava, a PIXE amolecia e principalmente as mulheres eram prejudicadas, pois o salto de seus sapatos ficava grudado no Asfalto. Milton Alves por isso recebeu o apelido de “Deusa do Asfalto”.
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Apesar de algumas perseguições, a política do tempo de Pele Curta e Cutuba era mais limpa que a de hoje. Será?

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