O
município de Guajará Mirim carinhosamente chamado de “Pérola
do Mamoré”, completa neste dia 10 de abril, 89 anos de
instalação.
Para
comemorar a data, a prefeitura através da Secretaria de Cultura e
Esportes e Turismo desde o dia 1º passado, vem realizando uma série
de eventos.
A
programação cultural aconteceu na noite de ontem segunda feira 09,
com a realização da “1ª Noite da Saltenha” que
aconteceu em frente ao Museu no pátio da estação da EFMM, além de
comidas típicas, o público apreciou apresentações folclóricas
dos bois Flor do Campo & Malhadinho além de grupos de danças de
quadrilha junina e danças típicas bolivianas e exposição de
Artesanato, organizado pelo grupo Sabor e Arte Guajará-Mirim.
Para
o dia de hoje 10, dia do aniversário da instalação do município,
a prefeitura bolou a seguinte programação:
Os
festejos começam com Ato Cívico em frente a sede da prefeitura, com
a participação de estudantes dos colégios de Guajará e
Guayaramerim (Bolívia). As 19h30 Anísio Gorayebe profere palestra
sobre “A História de Guajará Mirim” no auditório
do DETRAN.
11/04
– Palestra: “Turismo, que negócio é esse?!”
Palestrante: Cléris Jean Kussler - Local: Associação
Comercial/Horário: 19h30min
13/04
– Palestra “Rondônia uma História.”
Palestrante: Aleks Palitot
Local:
Auditório do DETRAN /Horário: 15h.
Todas
as palestras são abertas ao público (sujeita a reservas) e sem
nenhum tipo de cobrança.
Torneio
de Futevôlei
Também
na manhã de hoje 10, teremos o Torneio Amigos do Futvôlei também
organizado pela SEMCET e os Amigos do Futvôlei. O Torneio acontecerá
no Parque Circuito a partir das 8h da manhã.
Breve
História
Dados
históricos registram que a povoação efetiva da região ocorreu por
volta de 1860, por imigrantes nordestinos que buscavam a floresta
amazônica, dedicando-se ao extrativismo da goma elástica. A eles
seguiram-se imigrantes oriundos de várias partes do mundo. Essa leva
de imigrantes proporcionou uma grande miscigenação que deu origem à
formação de várias famílias guajaramirenses.
Em
17 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis
com a Bolívia, o Brasil se comprometia a construir uma estrada de
ferro, ligando os portos de Santo Antônio do Rio Madeira, em Porto
Velho, ao de Guajará-Mirim, no Rio Mamoré, destinada ao escoamento
dos produtos bolivianos.
A
construção da Estrada de Ferro Madeira - Mamoré acelerou o
povoamento local, contribuindo no incremento da agricultura.
Em
abril de 1917, chegou a região de Guajará-Mirim o Capitão Manoel
Teófilo da Costa Pinheiro, um dos membros da Comissão Rondon. Em
viagens pelos meandros e lagos do rio Cautário, encontrou apenas
poucas centenas de seringueiros mourejando nos barracões da Guaporé
Ruber Company, empresa que monopolizava a compra e exportação da
borracha produzida na região, na época gerenciada pelo coronel da
Guarda Nacional, Paulo Saldanha.
Em
26 de junho de 1922, através da Resolução n 879, o Presidente da
Província de Mato Grosso transformou a povoação de Espiridião
Marques em Distrito de Paz do município de Santo Antônio do Rio
Madeira. Quatro anos mais tarde, em 12 de julho de 1926, a povoação
foi elevada a categoria de cidade, por ato assinado também pelo
então Presidente da Província de Mato Grosso, Mário Corrêa da
Costa.
Em
12 de julho de 1928, pela Lei n 911, assinada pela mesma autoridade,
o Distrito foi elevado a categoria de município e comarca com área
desmembrada do município de Santo Antônio do Rio Madeira, tomando o
nome de Guajará-Mirim. A instalação ocorreu no dia 10 de abril de
1929.
A
característica da população do município é a mestiçagem de
várias raças com os nativos (indígenas aculturados), resultando
numa população tipicamente amazônica com a predominância de
"caboclos" e uma forte presença da miscigenação com
imigrantes da fronteira (bolivianos).
O
município arvora-se do direito de ser o guardião da história do
Estado, com inúmeros registros da sua colonização original. A saga
dos pioneiros construtores da lendária Estrada de Ferro Madeira
-Mamoré, a presença marcante da igreja católica na colonização
de todo o Vale do Guaporé e as inúmeras construções que retratam
a história de uma época em que o município concentrava toda a
riqueza da região, baseada na extração da borracha e da castanha.
O
equilíbrio ecológico e harmônico da natureza pode ser representado
pela vastidão de incomparável beleza do Vale do Mamoré - Guaporé
, oferecendo inúmeras opções de lazer, dentre as quais a pesca
amadora, liberada na época logo após a desova dos peixes. As belas
praias do rio Pacaás - Novos, a reserva extrativista do Ouro Preto e
o encanto da Serra dos Pacaás - Novos oferecem oportunidades únicas
de se conhecer os caprichos da natureza.
(Fonte
– Da redação do Diário e Prefeitura Municipal de Guajará Mirim)
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