Na
próxima sexta feira 29, o compositor do samba Triângulo, o primeiro samba
composto por um porto-velhense nato, João Henrique Freire de Souza o popular
Manga Rosa, será homenageado através de uma programação especial, que vai
acontecer sob a coordenação de seus familiares, liderados pela dona
Auxiliadora.
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A
festa vai acontecer no Mercado Cultural e tem início marcado para as 19 horas.
Vale salientar, que a programação não tem nada a ver com o Projeto Ernesto Melo
e a Fina Flor do Samba. A produção é totalmente de responsabilidade das
famílias Lobato de Souza Quintela de Souza.
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Ernesto
Melo informa que, de início, concordou em realizar a Fina Flor do Samba logo
após ao show em homenagem ao Manga Rosa porém, quando viu a programação, onde
consta apresentação de filhos e netos do Manga Rosa mais o show que terá como
coordenador musical o Waldemir Pinheiro da Silva – Bainha, então procurou o
Tatá que será o Mestre de Cerimônia do espetáculo, e comunicou que para as
apresentações não ficarem corridas, a Fina Flor do Samba não vai se apresentar.
Assim sendo, a homenagem ao Manga Rosa prevista de início para terminar as 21
horas, agora vai até a meia noite.
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Então
vamos agendar o show em homenagem ao nosso primeiro compositor de samba Manga
Rosa que vai acontecer na próxima sexta feira no Mercado Cultural.
Aproveitando, a família do Manga Rosa convidou para fazer parte da homenagem,
amigos que ainda vivem e que foram contemporâneos do João Henrique. Entre eles:
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João
Miguel, músico do Jazz Brasil que tocava nos bailes do Bancrévea Clube; Paulo
Santos, violonista do Conjunto Bossa Nova que tocava na famosa Varanda Tropical
do Porto Velho Hotel; Sargento Dantas – Edobo, músico que foi maestro da Banda
da Guarda Territorial; Joaquim Bartolo (carolinha) amigo bancário do Banco da
Amazônia (Banco da Borracha) e cavaquinista; Bainha músico percussionista um
dos fundadores do Conjunto Bossa Nova; Sílvio Zekatraca músico amigo de boemia;
Cabeleira integrante do Conjunto Bossa Nova. O interessante, segundo
Auxiliadora, é que essas homenagens serão feitas através de intervenções
musicais dos homenageados. “Para não ficar cansativo”.
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Conheci
o Manga Rosa quando ele ainda tocava na Banda de Música do Colégio Dom Bosco,
depois, já no início da década de 1960, nos programas de auditório da Rádio
Caiari que aconteciam todos os domingos pela manhã. Eu trabalhando na Rádio e
ele cantando e acompanhando os calouros pelo Conjunto Bossa Nova.
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Depois
do programa, saiamos geralmente eu, ele e o Jorge Andrade e escolhíamos um
boteco para ficar tomando umas e outras e tocando e cantando, as vezes
ficávamos até tarde da noite.
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Tinha
um boteco que gostávamos de frequentar. Ficava bem em frente ao cemitério dos
Inocentes e pertencia a um funcionário dos Correios. Ficávamos num reservado. O
especial do boteco era que o dono fazia um bate-bate como ninguém. Bate-bate é
cachaça, misturada com a maracujá (polpa direto da fruta para o copo) e batidas
com açúcar. Daí o nome bate-bate. Você fica bêbado sem sentir. Uma delícia!
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Outras
vezes, quem participava dos encontros era o Paulo Santos que até hoje, é um dos
melhores violonistas do Brasil. Paulo Santos nascido em Porto Velho chegou a
tocar com Baden Powell. Com o Paulo o negócio era mais sério ele não era muito
de beber cachaça, o negócio dele era wisque.
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O
Bossa Nova era formado pelo Ricardo na Bateria, Paulo Santos – violão. Dinoel –
guitarra, Manga Rosa no trombone de vara ou sax, Bainha, Leônidas e Cabeleira
na percussão. Ainda teve o Nozinho no bongô!
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Tempo
bom não volta mais, saudades dos tempos atrás!
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