A festa que vai entrar para
história do governo estadual, apesar dos pesares, é da inauguração do Teatro
Palácio das Artes Rondônia que aconteceu na última quinta feira em Porto Velho.
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O que vi no rosto da maioria
dos presentes à solenidade de inauguração era o sorriso de felicidade estampado.
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Até mesmo os que programaram
o protesto marcado para frente do teatro a partir das 18h00, não lograram o
êxito esperado. A intervenção serviu apenas para a distribuição de uma CARTA
ABERTA À POPULAÇÃO na qual a categoria lembra uma série de ações realizadas em
prol da construção do teatro.
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“Quem, além da classe
artística, se preocupou com o patrimônio imaterial do Estado sendo escoado e
esquecido sem que a cultura seja protegida?”,
diz um dos parágrafos da carta.
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A turma maquiada e usando
nariz de palhaço, foi muito mais sensível que o cerimonial que, talvez pensando
que os integrantes do movimento, tinham como meta fazer baderna, solicitou da
Secretaria de Segurança via PM um aparato policial que assustava quem chegasse.
O medo foi tanto que colocaram DUAS VIATURAS na entrada de acesso à solenidade
de inauguração, com todo o aparato de iluminação própria das operações na caça
de bandidos de alta periculosidade.
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Os artistas queriam e
conseguiram apenas dizer através da CARTA que: “Queremos um teatro onde possamos
fazer uso democrático do espaço, com concorrência justa, condições
transparentes e administração com conhecimento técnico”.
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E ainda conseguiram dizer: “Com
tanta produção local de qualidade daria para termos uma semana de espetáculos
gratuitos à população, sem custos para o Estado, mas a preferência, quase
totalitária, foi pelo estrangeiro remunerado e o descaso com a produção
‘beradeira’?
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E terminam a carta fazendo
as seguintes perguntas: “Esperamos tantos anos para sermos novamente
logrados? Por que se inaugura um teatro? Para quem? Para quê? Se não tem
divulgação, qual é o propósito dessa inauguração às pressas?”
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Quanto à festa em si foi muito
bonita, inclusive com a participação dos manifestantes que minutos antes,
correram tiraram as maquiagens, as máscaras e o nariz de palhaço, meteram-se
nos ‘panos’ e estavam todos faceiros e felizes como a maioria, por Porto Velho
finalmente, contar com seu tão sonhado teatro.
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Uma coisa foi observada, vai
ser difícil lotar o teatro. Não é fácil juntar mais de mil pessoas num evento
de teatro, ainda mais em Porto Velho onde só de uns tempos pra cá, graças ao
Sesc, o público passou a freqüentar espetáculos teatrais.
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Nem mesmo a festa de inauguração,
quando a Coordenação distribui convite para tudo quanto foi segmento cultural
de Rondônia, não conseguiu lotar totalmente as poltronas. Apesar de muita gente,
ainda se vislumbrava algumas poltronas vazias.
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Porém, como dissemos no
começo desta coluna, o sorriso de felicidade estampada no rosto da maioria,
testemunhava o orgulho de todos nós rondonienses e rondonianos de Porto Velho poder
bater no peito e dizer; Temos Teatro!
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Pena que a peça “Mulheres do
Aluá” não entra em temporada. Deve seguir para o festival de teatro do Amazonas
que vai acontecer em Manaus e quem não a assistiu na última quinta feira, vai
ter que esperar, talvez até o próximo ano.
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Só para fechar, no final, os
quase Mil Expectadores que estavam no Palácio das Artes Rondônia aplaudiram de
pé, os integrantes do Grupo O Imaginário pela encenação da peça “Mulheres do
Aluá”. Parabéns!
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