Temos teatro! Independente
da insatisfação de integrantes de alguns grupos de teatro de Porto Velho, que
não concordaram com a programação da inauguração.
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Porto Velho desde ontem,
deixou de ser a única capital brasileira que não tinha um teatro de verdade. Graças
à sensibilidade do atual governo, após 17 anos de espera e muito
disse-me-disse, a capital do estado de Rondônia ganhou sua casa de espetáculo.
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O que é melhor! O teatro
Palácio das Artes surge como o mais moderno da região Norte e o que mais
poltronas comporta. Maior até que o famoso teatro Amazonas de Manaus e o teatro
da Paz de Belém.
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Em tecnologia nenhum se
compara com o nosso, é tudo moderno segundo o responsável pela programação do
teatro. É tudo de primeira.
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A turma de artista que
programou manifestação de protesto para as 18h00 de ontem (não sei se
aconteceu), tinha como objetivo, dizer aos responsáveis pela programação de
inauguração, que não estavam satisfeito. “Não somos contra a apresentação do
Grupo O Imaginário, apenas queríamos também participar da festa de inauguração
que vai até domingo”, disse Suely Rodrigues do grupo Raízes do Porto. “Quem não
gostaria de ver seu grupo acrescentar no currículo a apresentação na inauguração
de um teatro, ainda mais quando se trata de uma casa como o Palácio das Artes
Rondônia”, completou a atriz.
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Na realidade, apesar da boa
vontade, o responsável pela programação de inauguração pisou na bola. O Teatro
Palácio das Artes na programação de inauguração tem apenas uma peça teatral
“Mulheres do Aluá” do Grupo O Imaginário de Porto Velho.
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Nos demais dias, teremos um
grupo de dança de São Paulo, uma orquestra de Câmara do estado do amazonas e a
Orquestra Villa Lobos de Porto Velho.
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Não custava nada convidar
grupos de teatro de Porto Velho que têm peças prontas para ser encenadas e
colocar na programação. “Queríamos apenas participar da inauguração. Não
queríamos cachê”.
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Na realidade, a inauguração
do teatro era pra ser com os show da bailarina Ana Botafogo e da Pianista Linda
Bustani que para quem não sabe, é rondoniense de nascimento, filha do Dr.
Mauricio Bustani que clinicou em Porto Velho por muitos anos.
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Como a data da inauguração
foi adiada várias vezes, a agenda das duas artistas brasileiras e rondoniense
não tinha espaço para os dias 25, 26, 27 e 28 de setembro. Quer dizer, perdemos
de ver a pianista que nasceu em Rondônia e hoje é estrela mundial, tocando na
inauguração do Palácio das Artes Rondônia.
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Com a impossibilidade da
apresentação da Ana Botafogo e da Linda Bustani e talvez pensando que nossos
grupos cobrariam cachês muito alto para se apresentar na inauguração do teatro,
optaram em trazer grupo de fora que se ofereceram praticamente sem custo para o
governo.
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A única despesa que está
saindo por conta do governo estadual é do grupo Cisne Negro e não chega a R$ 20
Mil entre passagens e hospedagem mais cachê.
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A Orquestra de Câmara de
Manaus vem por contra do Programa Música na Estrada patrocinado pelo MinC.
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A Villa Lobos toca sem
cachê. Foi tudo na base da cooperação, inclusive a peça “Mulheres do Aluá”.
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Grupos como Raízes do Porto,
Bizarrus e tantos outros, com certeza também não estavam pensando em cobrar
cachê para se apresentar na festa de inauguração.
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Sei que os grupos de
Rondônia passam a se apresentar a partir da próxima semana, mas, eles queriam
mesmo era participar da inauguração. Os responsáveis pela programação sem
querer querendo “pisaram na bola” e “escorregaram na maionese”.
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