quinta-feira, 25 de setembro de 2014

LENHA NA FOGUEIRA -26.09.14


Temos teatro! Independente da insatisfação de integrantes de alguns grupos de teatro de Porto Velho, que não concordaram com a programação da inauguração.

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Porto Velho desde ontem, deixou de ser a única capital brasileira que não tinha um teatro de verdade. Graças à sensibilidade do atual governo, após 17 anos de espera e muito disse-me-disse, a capital do estado de Rondônia ganhou sua casa de espetáculo.

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O que é melhor! O teatro Palácio das Artes surge como o mais moderno da região Norte e o que mais poltronas comporta. Maior até que o famoso teatro Amazonas de Manaus e o teatro da Paz de Belém.

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Em tecnologia nenhum se compara com o nosso, é tudo moderno segundo o responsável pela programação do teatro. É tudo de primeira.

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A turma de artista que programou manifestação de protesto para as 18h00 de ontem (não sei se aconteceu), tinha como objetivo, dizer aos responsáveis pela programação de inauguração, que não estavam satisfeito. “Não somos contra a apresentação do Grupo O Imaginário, apenas queríamos também participar da festa de inauguração que vai até domingo”, disse Suely Rodrigues do grupo Raízes do Porto. “Quem não gostaria de ver seu grupo acrescentar no currículo a apresentação na inauguração de um teatro, ainda mais quando se trata de uma casa como o Palácio das Artes Rondônia”, completou a atriz.

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Na realidade, apesar da boa vontade, o responsável pela programação de inauguração pisou na bola. O Teatro Palácio das Artes na programação de inauguração tem apenas uma peça teatral “Mulheres do Aluá” do Grupo O Imaginário de Porto Velho.

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Nos demais dias, teremos um grupo de dança de São Paulo, uma orquestra de Câmara do estado do amazonas e a Orquestra Villa Lobos de Porto Velho.

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Não custava nada convidar grupos de teatro de Porto Velho que têm peças prontas para ser encenadas e colocar na programação. “Queríamos apenas participar da inauguração. Não queríamos cachê”.

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Na realidade, a inauguração do teatro era pra ser com os show da bailarina Ana Botafogo e da Pianista Linda Bustani que para quem não sabe, é rondoniense de nascimento, filha do Dr. Mauricio Bustani que clinicou em Porto Velho por muitos anos.

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Como a data da inauguração foi adiada várias vezes, a agenda das duas artistas brasileiras e rondoniense não tinha espaço para os dias 25, 26, 27 e 28 de setembro. Quer dizer, perdemos de ver a pianista que nasceu em Rondônia e hoje é estrela mundial, tocando na inauguração do Palácio das Artes Rondônia.

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Com a impossibilidade da apresentação da Ana Botafogo e da Linda Bustani e talvez pensando que nossos grupos cobrariam cachês muito alto para se apresentar na inauguração do teatro, optaram em trazer grupo de fora que se ofereceram praticamente sem custo para o governo.
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A única despesa que está saindo por conta do governo estadual é do grupo Cisne Negro e não chega a R$ 20 Mil entre passagens e hospedagem mais cachê.

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A Orquestra de Câmara de Manaus vem por contra do Programa Música na Estrada patrocinado pelo MinC.

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A Villa Lobos toca sem cachê. Foi tudo na base da cooperação, inclusive a peça “Mulheres do Aluá”.

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Grupos como Raízes do Porto, Bizarrus e tantos outros, com certeza também não estavam pensando em cobrar cachê para se apresentar na festa de inauguração.

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Sei que os grupos de Rondônia passam a se apresentar a partir da próxima semana, mas, eles queriam mesmo era participar da inauguração. Os responsáveis pela programação sem querer querendo “pisaram na bola” e “escorregaram na maionese”.

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