terça-feira, 30 de setembro de 2014

Lenha na Fogueira 1°.10.14



O centenário do município de Porto Velho será festejado oficialmente nesta quarta feira dia 1° de outubro, com várias atividades marcadas para acontecer a partir das 18h00 no Parque da Cidade.

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Quero lembrara aos menos avisados, que, quem está completando 100 é o município de Porto Velho e não a cidade de Porto Velho como diz um candidato a deputado federal em sua propaganda eleitora. “A capital Porto Velho está completando 100 anos”. Tudo errado.
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Ele até poderia dizer: “Porto Velho está completando 100 anos como capital”. Capital do município de Porto Velho depois do território Federal do Guaporé mais tarde Território Federal de Rondônia e por fim Capital do estado de Rondônia! E não como cidade.

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Nossos historiadores e os que se dizem historiadores deveriam esclarecer a população e em especial as crianças e aos jovens, que a cidade de Porto Velho e não o município teve inicio com a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré em 1907/8 e ia da beira do rio Madeira até onde hoje é a Avenida Presidente Dutra.
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A criação do município de Porto Velho aconteceu no dia 2 de outubro de 1914, através da Lei 757, assinada pelo então governador do estado do Amazonas, Jonatas Pedrosa.
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À época, Porto Velho era uma localidade conhecida como Termo Judiciário anexo à comarca de Humaitá (AM).

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Somente em janeiro de 1915 assumiu como Superintende (hoje prefeito) o Major Fernando Guapindaia de Souza Brejense e daí pra frente, foi que Porto Velho município começou realmente a crescer pra cima da Linha Divisória.
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Essa Linha Divisória assim foi denominada, para separar a Porto Velho brasileira da Porto Velho americana.

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A Linha Divisória era a hoje Avenida Presidente Dutra. O que acontecia pra cima da Linha Divisória era de responsabilidade do governo do estado do Amazonas e pra baixo quem tomava as providencias era a administração da Empresa Madeira Mamoré.

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O professor Abnael Machado de Lima conta que muitas pendengas aconteceram entre os moradores da Porto Velho americana e os da Porto Velho brasileira e quando a polícia brasileira ia agir, os “americanos” corriam até ultrapassar a Linha Divisória, pois ali escapavam da força policial brasileira.

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O da Porto Velho americana ia farrear nos botequins da rua da Palha que hoje é a rua Natanael de Albuquerque. O saudoso historiador CEM Capitão Esron Menezes em entrevista a esse colunista, contou que na Rua da Palha era onde ficavam as casas de “mulher solteira” (prostitutas) e tudo quanto era tipo de comercio voltado para a boemia.

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Os “portovelhenses americanos” aprontavam na Rua da Palha e corriam para dentro da Divisória. Assim acontecia com os “portovelhenses brasileiros” que aprontavam na beira do Rio Madeira, na área dos americanos e quando a Guarda “americana” os perseguia corriam para fora da Divisória, resultado, aconteceu a Guerra dos Portugueses que contaremos em outra ocasião. Essa “batalha” fez com o superintendente Guapindaia desse inicio a obra do Mercado Municipal que só ficou pronta 40 anos depois de iniciada.

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Tá vendo como a obra do Palácio das Artes Rondônia até que não demorou muito para ser entregue, levando-se em consideração que o Mercado Municipal hoje Mercado Cultural demorou 40 anos para ser concluído.
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Hoje a prefeitura de Porto Velho através da Funcultural festeja o Centenário do Município de Porto Velho com vários shows no Parque da Cidade a partir das 18h00. Vamos lá!

Gaby Amaranto comemora o centenário de Porto Velho


Neste 1° de outubro, a cantora Gaby Amarantos esquenta as celebrações do aniversário de 100 anos da cidade de Porto Velho/RO, a partir das 18h30. A paraense, que é conhecida nacionalmente como um ícone do Norte do Brasil, leva para o Parque da Cidade o show que arrasta milhões de fãs pelo país.

Com uma apresentação eclética, que envolve ritmos latinos, africanos, carimbo e batidas eletrônicas, a cantora sobe promete “tremer” o público com sua personalidade alegre e repertório popular. “Xirlei, é a preferida dos fãs mais antigos, já “Ex Mail Love” consagrou a cantora, tornando-se abertura da novela “Cheia de Charme” da Rede Globo. “Beba Doida”, “Brasil Ostentação” e, é claro, a música eleita pelo Brasil como tema da Copa, “Todo Mundo”, com Monobloco e David Correy, também estarão presentes, além de releituras da atual música brasileira que passam pelos funk, axé, arrocha e sambas clássicos.

O aniversário da capital de Rondônia é comemorado no dia 02 de outubro, mas a Prefeitura de Porto Velho preparou uma programação especial para todo o mês. Celebrando o centenário, serão mais de 20 atrações musicais, entre cantores, DJ's, bandas, corais e orquestra, além de espetáculos de dança, e atividades que contemplarão a história da cidade.

Programação

Data – 1° de outubro
Local – Parque da Cidade
Horário – 18 as 3h30
Palco Anfiteatro
18h00 – Exposição Fotográfica Permanente
20h00 – Espetáculo de Dança – “Hino de Porto Velho”
20h10 – Espetáculo de Dança – “Céus de Rondônia”
20h20 – Banda Militares (17ª Brigada, Base Aérea e PM)
21h00 – Coral IFRO
21h40 – Kira Garcez
Palco Principal
22h00 – Show Bando e Bando
23h00 – Beradelia e Comunidade Manoa
00h00 – Show Gaby Amaranto
01h45 – DJ Evaldo Gonçalves

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Governador prestigia concerto da Orquestra Villa Lobos


O governador do estado de Rondônia Dr. Confúcio Ayres Moura, prestigiou na noite do último domingo 28, o Concerto da Orquestra Villa Lobos de Porto Velho, que aconteceu no Teatro Palácio das Artes Rondônia.
Acompanhado de sua esposa médica Maria Alice, do senador Valdir Raupp e da deputada Marinha Raupp, o governador aplaudiu de pé juntamente com o público que literalmente lotou o teatro, o espetáculo musical “Temas de Filmes”, apresentado pela Orquestra de Porto Velho.
Durante quatro dias (quinta, sexta, sábado e domingo), a população de Rondônia em especial a da capital Porto Velho, participou da programação de inauguração do “Teatro Palácio das Artes Rondônia”, prestigiando as apresentações da peça “Mulheres do Aluá” com o grupo O Imaginário de Porto Velho; Espetáculo de dança contemporânea “Cisne Negro”, com o programa “Revoada” e “Sra. Margareth” do grupo Cisne Negro de São Paulo; evento Música na Estrada com a “Orquestra de Câmara de Manaus” e o Concerto “Temas de Filmes” com a “Orquestra Villa Lobos” de Porto Velho.
Nossa reportagem ouviu a opinião de algumas pessoas, principalmente sobre a estrutura de acomodação, iluminação e acústica na visão de cada um.
O técnico em ‘TI’ Ruy Barbosa emocionado com o espetáculo da Cia de Dança Cisne Negro declarou: “Sinceramente maravilhoso é o que posso dizer! Rondônia merecia isso há mais tempo. Vi pessoas emocionadas inclusive eu”.

Entre todas as declarações a que mais chamou a atenção da nossa reportagem, foi a do produtor e diretor de teatro, responsável pelas peças “Bizarrus” e “Topo do Mundo” Marcelo Felice que fez questão de registrar: “Olha, posso ter várias opiniões. Do ponto de vista artístico, quando eu entrei e vi o espaço, supriu e superou as minhas expectativas. Não fica nada a desejar a alguns outros espaços que conheço e já trabalhei, minha referencia parâmetro é Belo Horizonte - Fundação Clovis Salgado, é surpreendente, tanto que os integrantes desse Grupo de São Paulo Cisne Negro ficaram boquiabertos dizendo, “Que espaço!”; Eles também vieram com o nível de expectativa mais baixo e se surpreenderam com a qualidade técnica, indumentária e maquinaria. Acho que esse espaço, que se Deus quiser, vai ser muito bem aproveitado em todos os níveis, não fica nada a desejar nem ao Sul nem ao Sudeste”.

“Parabéns Dr. Confúcio pelo presente dado a cidade de Porto Velho e ao estado de Rondônia. Como foi dito a "Missão Impossível" foi vencida pelos integrantes da Orquestra e pelo senhor e por todos que conseguiram transformar em realidade um sonho muito distante e desacreditado”. Parabéns! Disse o espectador Luis Gustavo Coelho

Lenha na Fogueira - 30.09.14




Sábado passado, oito pintores especializados em artes plásticas, se reuniram na praça das Caixas D’água participando do concurso de pintura promovido pela Funcultural sobre o Centenário do Município de Porto Velho.

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Geraldo Cruz, Franciney, Assis Chateaubriand, Mikélito, João Zoghbi, Bruno e Piero Arariba o Peruano e Pessoa.
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O concurso que foi realizado ao vivo e a cores, começou as 8h00 e terminou as 18h00, com cada um caprichando mais em sua arte, com o pensamento voltado para a premiação R$ 2 Mil para o primeiro colocado; R$ 1 Mil para o segundo colocado e daí prá frente até o quinto colocado, cada um vai receber R$ 500.

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A tensão maior ficou por conta do anúncio feito pelo presidente da Funcultural Christian Camurça, de que os vencedores só serão anunciados durantes a festa em comemoração ao centenário que vai acontecer amanhã dia 1° no Parque da Cidade.

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Pior de tudo isso, foi que um determinado agitador cultural, após algumas horas do encerramento do concurso, espalhou pelos quatro cantos da Casa Ivan Marrocos que a decisão dos jurados vazou e caiu nas “redes”.

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E disse o nome do suposto vencedor, foi o suficiente para alguns concorrentes saírem dando coice em tudo que era objeto que encontravam pela frente.
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Pareciam técnicos de futebol quando o juiz marca um penalty que eles acham que não existiu. Teve deles (pintores) que queria ir à casa do Presidente da Funcultural questionar o resultado, que ficou sabendo via “rádio fofoca”.

O certo é que o concurso promovido pela prefeitura sobre o Centenário do Município de Porto Velho, por mais que o resultado venha ser contestado, já é sucesso.
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Com certeza, muitos irão até o Parque da Cidade na noite do dia 1° só para ver se o boateiro fofoqueiro está falando a verdade.

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Por falar em Centenário de Porto Velho, hoje a Associação Rio Madeira realiza a Intervenção Cultural no prédio da antiga Câmara Municipal.

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Eu como saudosista mais antigo que os caras da Associação Rio Madeira, preferiu denominar o prédio de antiga Prefeitura Municipal de Porto Velho. “Inclusive até hoje, os mais antigos dizem Ladeira da Prefeitura e não Ladeira Comendador Centeno”.

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Na década de 1920 aquela casa foi adquirida pelo então prefeito para abrigar a sede administrativa da Prefeitura Municipal de Porto Velho e assim funcionou até meados da década de 1970 quando inauguraram o palácio Tancredo Neves.

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Tá certo que a Câmara de Vereadores funcionou naquela área, mas, de início o plenário era na Garagem da prefeitura, só quando a prefeitura mudou de prédio foi que o logradouro passou a ser totalmente Câmara Municipal.

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Ali também foi sede do Corpo de Bombeiros e nem por isso falam: “antigo prédio do Corpo de Bombeiros”. Talvez porque foi a primeira Câmara do período da ditadura militar e por isso entrou para a história.

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Um prédio que abrigou vereadores como João Bento da Costa, Antônio Leite da Fonseca, Anísio Goarayeb e Antônio Serpa do Amaral e tantos outros, tinha que ser reverenciado como “Antiga Câmara de Vereadores e mais ainda com o museu da Imagem e do Som recebendo o nome de Anísio Gorayeb.
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A turma da Associação rio Madeira via Seresta Cultural faz a festa do Centenário de Porto Velho na noite de hoje com a apresentação de expoentes cancioneiros da capital.

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A festa começa as 20h00 na Antiga Câmara Municipal na ladeira Comendador Centeno em Porto Velho. Vai lá saudosista! 

sábado, 27 de setembro de 2014

Intervenção cultural pelo Centenário de Porto Velho

Associação Cultural Rio Madeira


A Associação Cultural Rio Madeira, realiza na próxima terça feira dia 30, nas dependências do antigo prédio da Câmara de Vereadores da Ladeira Comendador Centeno que está sendo restaurado pela Câmara Municipal em parceria com a ACRM e o Ministério Público, intervenção cultural em comemoração ao centenário do município de Porto Velho.
O escritor Antônio Serpa do Amaral – Basinho e o produtor e agitador cultural Heitor Almeida, estiveram quinta feira 25, na redação do Diário e em conversa com o Zekatraca falaram sobre a Associação e a programação que vai acontecer terça feira.


ENTREVISTA

Zk – Vamos fazer um relato de como realmente vai acontecer essa intervenção?
Basinho - O pátio de obras da sede da antiga câmara do Território Federal de Rondônia, localizada na Ladeira Comendador Centeno, no centro histórico da capital, será pacificamente ocupado, no próximo dia 30 de setembro, às 20h, para a realização do Projeto Intervenção Cultural, promovido pela Associação Cultural Rio Madeira, Câmara Municipal e Fundação Cultural e Projeto Seresta Cultural.  Com esse evento, os promotores culturais vão dar início às comemorações dos 100 anos do Município de Porto Velho, criado em 02 de outubro de 1904, pelo então governador do Estado do Amazonas, Jônathas de Freitas Pedrosa.

Zk – Qual o objetivo da intervenção cultural?

Basinho - A Intervenção Cultural tem por objetivo mostrar à comunidade a obra que está sendo construída graças à parceria entre a Associação Cultural Rio Madeira/Câmara Municipal de PVH e Ministério Público do Estado, na pessoa da Promotora de Justiça Aideê Maria Morse, e ao mesmo tempo homenagear a cidade de Porto Velho pelos seus 100 anos de municipalidade.

Zk – Quem vai participar além dos membros da Associação?
Heitor Almeida - Várias personalidades do mundo musical e da poesia, como Sílvio Santos, Bubu Johnson, a Banda Seresta Cultural, Norman Johnson, a cantora Rose, Cordeiro Júnior, Ernesto Melo e a Fina Flor do Samba, Telêmaco, Tonhão e os poetas Mado e Elizeu Gomes, do Espaço Cultural Arigóca, estarão se apresentado para o público.  Durante as apresentações artísticas, formando um imenso coral, os participantes cantarão o Hino de Rondônia e o tradicional “Parabéns pra Você”, com o acompanhamento da Banda Marcial da Polícia Militar.

Zk – É verdade que nesse dia vocês iniciarão campanha solicitando material para compor o acervo do Museu?
Basinho – Realmente, vamos Iniciar a campanha pela doação de peças para o acervo memorialístico do Museu da Câmara Vereador Anízio Gorayeb, também faremos a entrega ao presidente do Parlamento Municipal, Alan Queiroz, de uma foto ampliada e emoldurada do seu Antônio Serpa do Amaral, que, naquele prédio, exerceu as funções de prefeito de Porto Velho e presidente da câmara.

Zk – Além das apresentações dos artistas de Porto Velho qual outra atração fará parte da programação?
Basinho - Para que o público faça uma reflexão sobre o envolvimento do cantor Wilson Simonal com a política durante o período ditatorial, o Projeto Intervenção Cultural vai mostrar o documentário “Simonal – Ninguém Sabe o Duro Que Eu Dei”, um debate franco sobre a importância musical do artista para a Música Popular Brasileira e sobre sua inocência ou culpabilidade enquanto suposto X-9 do Regime Militar. Simonal foi acusado de mandar torturar o Contador da banda, Raphael Viviani, utilizando agentes do DOI-CODI.

Zk – O que os senhores sabem sobre a história da Câmara de Vereadores de Porto Velho?
Basinho - No início da década de 70, enquanto o Brasil sagrava-se tri-campeão do mundo no México e o governo do general Emílio Garrastazu Médici endurecia o regime, sendo seu período na presidência conhecido historicamente como os Anos de Chumbo, nascia em Porto Velho a primeira composição da Câmara Municipal de Vereadores. Para alguns historiadores, o novo colégio parlamentar já surgia com a marca da resistência democrática.
Zk – Quais os vereadores eleitos naquele tempo?
Basinho - Numa composição de 09 vereadores, 05 eram da Aliança Renovadora Nacional - ARENA (situação) e 04 eram do Movimento Democrático Brasileiro - MDB (oposição). Segundo os organizadores, a Intervenção Cultural é também uma homenagem aos homens que compuseram o 1º parlamento da municipalidade do antigo Território Federal de Rondônia. O prédio foi literalmente abandonado por várias gestões administrativas, começando possivelmente pela administração José Guedes, e hoje está sendo reconstruído pela atual presidência da Câmara Municipal e vai aos poucos se transformando no embrião do futuro Museu de Imagem e Som da capital.
Zk – Já tem nome o Museu?

Basinho - O museu que irá funcionar no prédio da antiga Câmara, hoje em restauração, com 80% do projeto de reconstrução executado, terá o nome do falecido vereador Anízio Gorayeb, primeiro presidente do parlamento municipal, pai do historiador Anízio Gorayeb Filho. A proposição foi feita pelo presidente da Câmara Municipal, Alan Queiroz, e apoiada pela Associação Cultural Rio Madeira. A família vai receber as homenagens dos promotores da Intervenção Cultural. A construtora Milímetro e o projeto BIISC apóiam o evento.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Lenha na Fogueira - 27.09.14


A festa que vai entrar para história do governo estadual, apesar dos pesares, é da inauguração do Teatro Palácio das Artes Rondônia que aconteceu na última quinta feira em Porto Velho.

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O que vi no rosto da maioria dos presentes à solenidade de inauguração era o sorriso de felicidade estampado.
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Até mesmo os que programaram o protesto marcado para frente do teatro a partir das 18h00, não lograram o êxito esperado. A intervenção serviu apenas para a distribuição de uma CARTA ABERTA À POPULAÇÃO na qual a categoria lembra uma série de ações realizadas em prol da construção do teatro.

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“Quem, além da classe artística, se preocupou com o patrimônio imaterial do Estado sendo escoado e esquecido sem que a cultura seja protegida?”, diz um dos parágrafos da carta.

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A turma maquiada e usando nariz de palhaço, foi muito mais sensível que o cerimonial que, talvez pensando que os integrantes do movimento, tinham como meta fazer baderna, solicitou da Secretaria de Segurança via PM um aparato policial que assustava quem chegasse. O medo foi tanto que colocaram DUAS VIATURAS na entrada de acesso à solenidade de inauguração, com todo o aparato de iluminação própria das operações na caça de bandidos de alta periculosidade.

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Os artistas queriam e conseguiram apenas dizer através da CARTA que: “Queremos um teatro onde possamos fazer uso democrático do espaço, com concorrência justa, condições transparentes e administração com conhecimento técnico”.

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E ainda conseguiram dizer: “Com tanta produção local de qualidade daria para termos uma semana de espetáculos gratuitos à população, sem custos para o Estado, mas a preferência, quase totalitária, foi pelo estrangeiro remunerado e o descaso com a produção ‘beradeira’?

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E terminam a carta fazendo as seguintes perguntas: “Esperamos tantos anos para sermos novamente logrados? Por que se inaugura um teatro? Para quem? Para quê? Se não tem divulgação, qual é o propósito dessa inauguração às pressas?”

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Quanto à festa em si foi muito bonita, inclusive com a participação dos manifestantes que minutos antes, correram tiraram as maquiagens, as máscaras e o nariz de palhaço, meteram-se nos ‘panos’ e estavam todos faceiros e felizes como a maioria, por Porto Velho finalmente, contar com seu tão sonhado teatro.

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Uma coisa foi observada, vai ser difícil lotar o teatro. Não é fácil juntar mais de mil pessoas num evento de teatro, ainda mais em Porto Velho onde só de uns tempos pra cá, graças ao Sesc, o público passou a freqüentar espetáculos teatrais.

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Nem mesmo a festa de inauguração, quando a Coordenação distribui convite para tudo quanto foi segmento cultural de Rondônia, não conseguiu lotar totalmente as poltronas. Apesar de muita gente, ainda se vislumbrava algumas poltronas vazias.

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Porém, como dissemos no começo desta coluna, o sorriso de felicidade estampada no rosto da maioria, testemunhava o orgulho de todos nós rondonienses e rondonianos de Porto Velho poder bater no peito e dizer; Temos Teatro!

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Pena que a peça “Mulheres do Aluá” não entra em temporada. Deve seguir para o festival de teatro do Amazonas que vai acontecer em Manaus e quem não a assistiu na última quinta feira, vai ter que esperar, talvez até o próximo ano.

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Só para fechar, no final, os quase Mil Expectadores que estavam no Palácio das Artes Rondônia aplaudiram de pé, os integrantes do Grupo O Imaginário pela encenação da peça “Mulheres do Aluá”. Parabéns! 

Palácio das Artes Rondônia entregue à população


Porto Velho recebeu nesta quinta-feira, 25, o Teatro Palácio das Artes, esperado por cerca de 20 anos e "a obra mais singular entregue pelo Poder Executivo", conforme destacou o secretário-chefe da Casa Civil, Marco Antonio de Faria, ao representar o governador Confúcio Moura, durante a solenidade de inauguração. “Como os senhores da borracha fizeram história ao inaugurarem o Teatro Amazonas há mais de um século, nós, os pioneiros de Rondônia, estamos fazendo história ao inaugurar o nosso teatro estadual”. 

Para ele, com certeza, esta é “uma nova página na história cultural de nosso estado”. O secretário afirmou ainda que o indivíduo comprometido com a cultura é feliz, com sua vida adquirindo um novo significado útil. “Sejam todos bem vindos. O palácio das Artes é nosso.”

Com localização privilegiada, no centro da cidade, o teatro vai possibilitar o recebimento de apresentações artísticas nacionais e locais com o que há de mais moderno em termos de estrutura física e técnica.


Acoplado ao Palácio das Artes, há o teatro Guaporé. Uma estrutura menor, com capacidade para 236 lugares que comportará a produção local, bem como funcionará o teatro escola. A obra já foi entregue à população no mês de junho com a apresentação da peça “A Falecida”, de Nelson Rodrigues, tendo Lucélia Santos no elenco.

A solenidade também contou com a presença de autoridades locais. O senador Valdir Raupp salientou que a obra iniciou em seu governo através de uma emenda da deputada Marinha Raupp. Ele parabenizou o governo atual por concluí-la. Para o senador, haverá um encontro entre arte e cultura, possibilitando o incentivo à cultura, e irá atender as “ricas manifestações culturais de Rondônia”. Para ele, agora o sonho se torna concreto e real para todos.

A superintende de Cultura do estado, Eluane Martins, saudou a todos ressaltando a importância do ato e destacando que, mais que um prédio, está sendo estruturada a cultura do estado. “Este é um momento de grande alegria e festividade para a cultura rondoniense”.
 
Com o descerramento da placa e da fita inaugural, o Palácio das Artes foi entregue à população, que pode ter o primeiro contato com o ambiente do teatro e prestigiaram a peça teatral do grupo O Imaginário, de Porto Velho, “Mulheres do Aluá”.

PROGRAMAÇÃO                        

A programação de inauguração prossegue até o próximo domingo. Os ingressos devem ser retirados na bilheteria do teatro uma hora antes do espetáculo, ou seja, a partir das 19h.
Dia 27 – 20h – Orquestra de Câmara de Manaus.
Dia 28 – 20h – Concerto da Orquestra Villa Lobos, de Porto Velho. 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

LENHA NA FOGUEIRA -26.09.14


Temos teatro! Independente da insatisfação de integrantes de alguns grupos de teatro de Porto Velho, que não concordaram com a programação da inauguração.

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Porto Velho desde ontem, deixou de ser a única capital brasileira que não tinha um teatro de verdade. Graças à sensibilidade do atual governo, após 17 anos de espera e muito disse-me-disse, a capital do estado de Rondônia ganhou sua casa de espetáculo.

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O que é melhor! O teatro Palácio das Artes surge como o mais moderno da região Norte e o que mais poltronas comporta. Maior até que o famoso teatro Amazonas de Manaus e o teatro da Paz de Belém.

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Em tecnologia nenhum se compara com o nosso, é tudo moderno segundo o responsável pela programação do teatro. É tudo de primeira.

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A turma de artista que programou manifestação de protesto para as 18h00 de ontem (não sei se aconteceu), tinha como objetivo, dizer aos responsáveis pela programação de inauguração, que não estavam satisfeito. “Não somos contra a apresentação do Grupo O Imaginário, apenas queríamos também participar da festa de inauguração que vai até domingo”, disse Suely Rodrigues do grupo Raízes do Porto. “Quem não gostaria de ver seu grupo acrescentar no currículo a apresentação na inauguração de um teatro, ainda mais quando se trata de uma casa como o Palácio das Artes Rondônia”, completou a atriz.

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Na realidade, apesar da boa vontade, o responsável pela programação de inauguração pisou na bola. O Teatro Palácio das Artes na programação de inauguração tem apenas uma peça teatral “Mulheres do Aluá” do Grupo O Imaginário de Porto Velho.

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Nos demais dias, teremos um grupo de dança de São Paulo, uma orquestra de Câmara do estado do amazonas e a Orquestra Villa Lobos de Porto Velho.

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Não custava nada convidar grupos de teatro de Porto Velho que têm peças prontas para ser encenadas e colocar na programação. “Queríamos apenas participar da inauguração. Não queríamos cachê”.

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Na realidade, a inauguração do teatro era pra ser com os show da bailarina Ana Botafogo e da Pianista Linda Bustani que para quem não sabe, é rondoniense de nascimento, filha do Dr. Mauricio Bustani que clinicou em Porto Velho por muitos anos.

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Como a data da inauguração foi adiada várias vezes, a agenda das duas artistas brasileiras e rondoniense não tinha espaço para os dias 25, 26, 27 e 28 de setembro. Quer dizer, perdemos de ver a pianista que nasceu em Rondônia e hoje é estrela mundial, tocando na inauguração do Palácio das Artes Rondônia.

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Com a impossibilidade da apresentação da Ana Botafogo e da Linda Bustani e talvez pensando que nossos grupos cobrariam cachês muito alto para se apresentar na inauguração do teatro, optaram em trazer grupo de fora que se ofereceram praticamente sem custo para o governo.
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A única despesa que está saindo por conta do governo estadual é do grupo Cisne Negro e não chega a R$ 20 Mil entre passagens e hospedagem mais cachê.

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A Orquestra de Câmara de Manaus vem por contra do Programa Música na Estrada patrocinado pelo MinC.

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A Villa Lobos toca sem cachê. Foi tudo na base da cooperação, inclusive a peça “Mulheres do Aluá”.

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Grupos como Raízes do Porto, Bizarrus e tantos outros, com certeza também não estavam pensando em cobrar cachê para se apresentar na festa de inauguração.

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Sei que os grupos de Rondônia passam a se apresentar a partir da próxima semana, mas, eles queriam mesmo era participar da inauguração. Os responsáveis pela programação sem querer querendo “pisaram na bola” e “escorregaram na maionese”.

Hoje no Palácio das Artes - Cia de Dança Cisne Negro


A programação de inauguração do Teatro Palácio das Artes Rondônia apresenta na noite desta sexta feira, espetáculo com a Cisne Negro Cia de Dança de São Paulo. Os ingressos começam a ser distribuídos a partir das 19h00, e o show está marcado para as 20h00. “Os ingressos serão distribuídos nas bilheterias do teatro”, informa Eluane Martins.
Considerada uma das melhores companhias contemporâneas do país, dentro da filosofia da Cisne Negro encontram-se a originalidade, a tradição e a preocupação de formar novas platéias, buscando públicos capazes de apreciar a inovação e a beleza.
A companhia nasceu de uma circunstância especial: sua diretora artística, Hulda Bittencourt, juntou as alunas do já famoso Estúdio de Ballet Cisne Negro com alguns atletas da Faculdade de Educação Física da Universidade de São Paulo (USP).
A aproximação desses dois universos deu ao grupo sua principal característica: uma dança espontânea, energética, viril e de grande qualidade técnica e artística. Uma dança laureada por diversos prêmios.
Os trabalhos da companhia inserem-se dentro do panorama contemporâneo da dança ocidental, e conseqüentemente, desde o início, a companhia trabalha com coreógrafos inovadores e jovens.
Os trabalhos da Cisne Negro foram apresentados nas principais cidades do Brasil e, na Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Uruguai, Paraguai, Argentina, Alemanha, Moçambique, África do Sul, Chile e Tailândia, o grupo exibiu-se como um modelo de trabalho dentro da dança brasileira, um trabalho construído com profissionalismo e paixão.

Vale-Cultura será lançado hoje em Rondônia




Nesta sexta-feira (26), será a vez do estado de Rondônia receber o evento de lançamento do Programa Vale Cultura, do Ministério da Cultura, dando continuidade à campanha de mobilização, que, na Região Norte, teve início, em 2013.
O evento tem como objetivo a apresentação do Programa, visando aumentar o número de adesões e conscientizar o empregado e os fazedores de cultura locais da importância do acesso à cultura por parte dos trabalhadores.
Estarão presentes o Chefe da Representação Regional Norte, Delson Cruz, a servidora Neyla Morais, Coordenadora do Escritório de Rio Branco (AC), a Secretária Estadual de Esportes Cultura e Lazer, Eluane Martins e representantes do Sistema Estadual de Cultura. O encontro será realizado no então recém-inaugurado Teatro das Artes Palácio das Artes.
Já no dia de ontem 25, Delson Cruz e Neyla Morais participaram de um encontro com os Sindicatos e Centrais Sindicais, para debater sobre o lançamento do programa e montar estratégias de implementação do mesmo através da negociação coletiva dos trabalhadores. Já no dia de hoje 26, pela manhã, os servidores têm agenda com a Associação Comercial e Federação das Indústrias de Porto Velho, para tratar do fomento à adesão do empresariado ao Vale-Cultura.
Lançado após a promulgação da Lei 12.761, em 2012, o Programa prevê o uso de um cartão magnético que dá, ao trabalhador, o direito a sacar um valor até R$ 50,00 para comprar CDs, DVs, ir ao cinema, museus, espetáculos, shows, circo ou mesmo na compra de livros, revistas e jornais. O Vale também poderá ser usado para pagar a mensalidade de cursos de artes, audiovisual, dança circo, fotografia, música, literatura ou teatro. Vale acrescentar que o crédito é cumulativo e não tem validade.
O benefício poderá ser oferecido pelas empresas com personalidade jurídica que possuem vínculo empregatício formal com seus funcionários, ou seja, rígido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e que fizeram a adesão ao Programa Cultura do Trabalhador junto ao Ministério da Cultura. Em contrapartida, as empresas serão isentas dos encargos sociais e trabalhistas sobre o valor do benefício concedido, e ainda, a empresa de lucro real poderá abater a despesa no imposto de renda em até 1% do imposto devido.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Mulheres do Aluá - Inaugura o teatro

As Mulheres do Aluá, espetáculo teatral que foi concebido a partir de uma pesquisa e uma investigação cênica que coloca em foco a relação de gênero e o universo feminino. Baseado nas histórias de mulheres que enfrentaram e desafiaram os poderes para garantir as suas posições diante do mundo.

Num período em que o pensamento-homem é que determinava a condição de cada mulher. São mulheres de diferentes épocas, com histórias marcadas pela violência. Elas foram rés em processos hoje arquivados no Centro de Documentação Histórica do Tribunal de Justiça de Rondônia.

Processos que revelam as dificuldades delas em um ambiente hostil e opressor do passado da região, especialmente no inicio do surgimento da cidade de Porto Velho (entre 1910 a 1930) e teve forte influência no ciclo da borracha, com a construção da estrada de ferro Madeira- Mamoré.

Essas histórias registradas nas páginas frias do processo foram transformadas em dramaturgia e virou espetáculo na concepção do encenador Chicão Santos, do O IMAGINARIO. “São processos à partir de 1910 que correspondem às comarcas de Santo Antônio do Madeira e Porto Velho”, explica a historiadora Nilza Menezes, diretora do CDH.
Dentre as personagens, uma mulher identificada como Josefa, que em 1920 foi acusada de feitiçaria, uma cigana que lia a sorte dos habitantes locais e se envolveu em um crime em 1914, uma prostituta moradora da Vila Murtinho (1912), com histórico de brigas e espancamentos e uma barbadiana acusada de matar uma comerciante.

Além delas outras histórias de outras mulheres são incorporadas às quatro personagens vividas pelas atrizes: Agrael de Jesus, Amanara Brandão, Jaque Luchesi e Zaine Diniz. Quem são essas mulheres, que cantam, dançam, bebem e contam suas histórias?
O texto é de autoria do dramaturgo sergipano Euler Lopes Teles, que num processo colaborativo com a pesquisadora Nilza Menezes e com encenador Chicão Santos, costura a linha dramatúrgica do espetáculo.
O diretor Chicão Santos, com fina sensibilidade, construiu uma encenação estética usando elementos que  estabelece um ritual de quatro mulheres, com suas memórias em que a realidade é gerada pelos processos de confecção do aluá e é banhada pelas memórias e pelos mitos amazônicos.
Outro aspecto significativo é a trilha utilizada que alude aos costumes e mitos ribeirinhos. Alguns objetos cênicos também causam impacto, pois concentra em sua significação toda a violência representada por essas personagens.
“Nós queremos provocar o público para refletir, por meio dos crimes retratados no espetáculo, toda uma conjuntura social e a condição da mulher nesse contexto”, destaca Chicão Santos.

O Diretor acertou em trazer à cena um espetáculo que revela novas histórias e que ganha um contorno estético e uma beleza plástica. Temos certeza absoluta que novamente o trabalho vai ganhar a cena nacional, como aconteceu com Filhas da Mata que fez em 2010, o Palco Giratório do Sesc, circulando pelas principais capitais e cidades do País e que também chegou a Mostra Latino-americana de teatro de grupos, realizada em São Paulo, em 2012 e o Varadouro que estreou no Teatro de Arena, do Itaú Cultural, em São Paulo e foi selecionado pelo Prêmio Petrobras em 2013 e fez temporada em São Luís (MA) e João Pessoa (PB).

Ficha Técnica:
Elenco: Agrael de Jesus; Amanara Brandão; Jaque Luchesi; Zaine Diniz.
Dramaturgia: Euler Lopes Teles
Pesquisa: Chicão Santos e Nilza Menezes
Concepção de figurino: Zaine Diniz
Concepção Cenográfica e Luz: Chicão Santos
Execução de cenário: Ismael Barreto
Operação de Luz: Osias Cardoso
Operação de Som: Mirilainy Dorneles
Preparação das bebidas (Aluá e Chicha): Sacerdotisa Yakolecy e Arlete Cortez
Música do Aluá: Silvio M. Santos
Música da Mãe Preta: Tim Maia
Participação musical: As Pastoras do Asfaltão.
Preparação de dança: Cristina Pontes
Preparação de voz: Marcos Grutzmacher
Produção e direção: Chicão Santos