quinta-feira, 31 de julho de 2014

Lenha na Fogueira - 1° - 08.14



Comunicamos à imprensa e ao público em geral que o proprietário da Taba do Cacique, Carmênio Barroso, passou mal, com suspeita de principio de enfarto. O lançamento do seu livro, marcado para ontem dia 31 de julho, foi cancelado. Agradecemos a cobertura e o apoio cultural da mídia local. Assim que o autor recuperar o estado de saúde, o livro será oportunamente lançado. Abraço a todos! Serpa do Amaral (Basinho) - do grupo de organização do evento.


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Que Deus ilumine o caminho do Carmênio para que em poucos dias ele tenha condições de participar do lançamento do seu livro, que com certeza muitas histórias serão colocadas em seus devidos lugares. Volta logo amigo!


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Enquanto isso, a secretária da Federon manda dizer: “Agora sob nossa responsabilidade o maior Arraial da Região Norte, o Flor do Maracujá vai acontecer entre os dias 22 e 31 de agosto. Temos que nos unir para que aconteça da melhor maneira possível. A hora não é de critica, vamos mostrar que temos capacidade para realizar uma festa como o Flor do Maracujá. Se alguém não concorda pelo menos não atrapalhe nosso esforço”, postou Maryciane.

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Não temos dúvida de que o Flor do Maracujá irá acontecer inclusive, o presidente da Federon Fernando Rocha convidou o Denis Carvalho para produzir o evento. Denis é um dos nosso melhores produtores. O Flor do Maracujá está em boas mãos.

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Tudo indica que o Arraial será montada mesmo no espaço da Associação dos Moradores do Bairro Esperança da Comunidade e vai contar com o apoio da prefeitura de Porto Velho que segundo o Fernandão vai entrar além da liberação da área, com o asfaltamento do que chamamos de curral de dança.

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Estivemos no local e vimos que a área pretendida pela Federon para a montagem do Flor do Maracujá é muito boa e até maior que a do Parque dos Tanques.

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A comercialização dos espaços para montagem de barrcas deve começar na próxima semana. Fiquem espertos barraqueiros, pois muita gente já está solicitando espaço.
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O local aonde a Federon pretende montar o Flor do Maracujá é de ótimo acesso e conta com amplo espaço para estacionamento.
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Haverá uma área exclusiva para os grupos folclóricos armarem suas alegorias e cenários, totalmente independente do estacionamento geral.

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O acesso é dos melhores, pode ser pela rua José Vieira Caula, ou pela Amazonas no sentido centro bairro ou pela rua Mamoré para quem vem das Zonas Norte e Leste. Nas proximidades já existe uma praça com brinquedos para a criançada independente do Parque de Diversão que será montado no Flor do Maracujá. A área é toda iluminada e conta com dois ginásios de esportes.

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Não tem problema de não poder fazer barulho porque não existe nenhum hospital ou clinica por perto e mais, é uma área pública onde não tem residência.

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Em suma, é o local ideal para receber uma festa como a 33ª Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás e o Arraial Flor do Maracujá. Aliás, é pensamento da direção da Federon modificar o nome do evento para Festival Folclórico do Arraial Flor do Maracujá.
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O termo Mostra não condiz há muito tempo com o objetivo das apresentações que na realidade, é a maior competição entre os grupos folclóricos. Festival é bem mais correto.

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O Flor do Maracujá vai acontecer sim e nós estaremos dando todo o apoio a Federon para sua realização!

Flor do Maracujá será realizado pela Federon

Por José Monteiro (*)



Entre muitas tentativas, ao que parece, a dúvida que pairava sobre realização do tradicional Arraial Flor do Maracujá já começa a ser esclarecida, após a reunião que ocorreu segunda feira 28, pela manhã, entre os representantes dos grupos, dos diretores da Federon (Federação dos Grupos Folclóricos de Rondônia) com o Procurador do Ministério Público, Dr. Héverton Aguiar.
A questão que se colocou como obstáculo para a realização do evento foi a notificação recomendatória nº 03/2014 que impede a investida de patrocínio, por meio do Governo do Estado, aos eventos culturais, como festas, festivais e outros do gênero.
Com o impasse estabelecido o produtor cultural Sílvio Santos (Zekatraca) assumiu o comando das negociações, fazendo a interlocução entre os grupos folclóricos e o Ministério Público. Tudo isso resultou numa conversa mais abrangente entre o poder público e os produtores, ficando acertado que a Federon assumiria a administração e o comando da realização do evento. O Governo do Estado não entraria com o patrocínio direto aos grupos podendo, conforme acordado, proporcionar a estrutura física necessária que os grupos se apresentem.
Conforme o professor Aluízio Guedes, folclorista e amo do boi bumbá Diamante Negro, “não poderíamos deixar de buscar o diálogo quando se trata de produzir um evento como o Flor do Maracujá, dada a sua importância para a cultura de Porto Velho”, asseverou. Para Sílvio Santos, produtor cultural e folclorista, “valeu muito o esforço e a busca de alternativas para os grupos. Agora, cabe a Federon cumprir sua parte em realizar o evento e manter viva as nossas tradições”, destacou.
No mesmo dia, ou seja, segunda feira 28, os envolvidos com a realização do evento estiveram reunidos com o Gerente de Cultura da Secel, Joaquim Pedro, expondo os detalhes da reunião com o Ministério Público. Segundo Fernando Rocha, representante da Federon, dentre em breve será provocada uma reunião entre a instituição cultural, o Ministério Público e o Governo do Estado, para tratar dos detalhes da realização do arraial.
(*) José Monteiro: Professor, Escritor e Jornalista.

Curtas amazonenses no festival de Rondônia


Sete curtas-metragens amazonenses dos gêneros ficção, documentário e experimental foram selecionados para a programação do 5º Curta Amazônia, festival de Porto Velho (RO) que oferece uma janela alternativa para a circulação das obras audiovisuais produzidas nessa região do País.
De 11 a 15 de agosto, serão exibidos na mostra não competitiva do evento os curtas “Caminhos da videorreportagem no Amazonas” e “FotografAMdo – Edição especial”, de Rômulo Araújo, “Artistas – um espetáculo urbano”, de Ari Santos, Adson Queiroz, Abelly Cristine e Daniel Soares, “Graduação”, de Marcio Nascimento, “H20”, de Moacyr Massulo, “Lady Murphy”, de Elisa Bessa, e “Sonho e pesadelo”, dirigido por Moacy Freitas – este último também será o único a concorrer a prêmio na categoria nacional.
No caso de “FotografAMdo”, Rômulo Araújo explica que o curta é resultado de um projeto pessoal que ele vem desenvolvendo desde 2012 no site de cultura e comunicação O Segundo Registro (http://www.osegundoregistro.com.br). “São micro documentários sobre fotografia, onde eu convido profissionais amazonenses para falarem das suas trajetórias e trabalhos”. Para o festival de Rondônia, ele fez uma edição especial de quatro minutos com trechos dos nove vídeos postados até então. “Eu nem pensava em participar do festival, foi mais por insistência de alguns amigos, tanto que mandei a inscrição de última hora”, conta o jornalista por profissão e fotógrafo por hobby.
Por sua vez, “Caminhos da Videorreportagem no Amazonas” é um experimento que envolve técnicas tanto do jornalismo quanto do documentário. O curta de 20 minutos é um subproduto do TCC que Araújo apresentou no ano passado, no curso de pós-graduação em Design, Comunicação e Multimídia. “Pretendo continuar experimentando nesse formato, porque ele dá uma margem para contar a história de uma forma mais aberta”, comenta.

Com a seleção para o 5º Curta Amazônia, o realizador Moacy Freitas também começa a colher os primeiro resultados do seu “Sonho e pesadelo”, vencedor do primeiro concurso de roteiros promovido pelo Amazon Sat. Lançado no fim de 2013, o curta de ficção conta a história de um inventor (interpretado pelo próprio Freitas) que dá novas utilidades a materiais que seriam considerados lixo. Em uma das cenas, o personagem constrói um barco feito de garrafas PET para cruzar o igarapé do Mindu. “Ele já rodou na televisão e como tem um apelo ecológico forte e atual, estamos colocando para ganhar prêmios por aí”, conta o diretor, de 72 anos, que fará sua estréia em um festival fora de Manaus. 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Começa o concurso de forró do Santiago


 Começa na noite desta quinta feira, 31, o Concurso de Forró da 20ª Mostra de Folclore e Cultura Popular da Associação São Tiago Maior. A programação começa as 20h30, com a participação especial do grupo de dança Yaporanga; O primeiro grupo a se apresentar concorrendo ao título de melhor grupo de forró será o “Parceiros do Ritmo Quente” seguido pelos grupos “Explosão de Ritmu’s” e “Cia de Dança Encant’us”. A competição termina na noite de sexta feira com as apresentações dos grupos: “Grupo aventura”, “Grupo de Dança Furacão do Brasil”, “Mistura de Ritmu’s” e “Tsunami Companhia”.
O concurso de forró do Arraial de São Tiago todos os anos concentra o maior número de expectadores nas arquibancadas. “As torcidas comparecem em massa para prestigiar o grupo que representa a comunidade e a festa é completa”, informa o coordenador do evento Léo. Ganhar o concurso do Arraial de SãoTiago é certeza de bons contratos para apresentações futuras. 
A Mostra de Folclore e Cultura Popular chega a sua 20ª edição proporcionando a comunidade da Zona Leste de Porto Velho momentos de muita diversão e cultura. A festa encerra domingo com a premiação dos vencedores do concurso de forró e a apresentação das quadrilhas Rádio Farol e Juabp.
Todas as noites após as apresentações o DJ Evaldo Gonçalves coloca a galera pra dançar.

O Arraial está acontecendo na Associação São Tiago Maior a rua Mané Garrincha bairro Socialista na Zona Leste de Porto Velho.

Lenha na Fogueira - 30.07.14


Rondônia perdeu na última terça feira 29, um dos mais importantes médicos que já prestaram serviço a nossa sociedade.


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Dr. Lônidas Rachid Jaudy, talvez o obstetra que mais pegou menino(a) em Rondônia, inclusive meus filhos Aline e Silvio José que nasceram sob os cuidados do Dr. Rachid na maternidade Darcy Vargas.


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O médico ortopedista, artista plástico e escritor Viriato Moura no livro “Primórdios da Medicina em Rondônia”, escreve o seguinte:

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Leônidas Rachid Jaudy nasceu em 16 de julho de 1932. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ,) em dezembro de 1959.

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Chegou ao antigo território federal de Rondônia em 1960. Em outubro daquele ano foi contratado pelo governo. Quando começou suas atividades teve de enfrentar uma região insalubre com grande incidência de malária, tuberculose e hanseníase, entre outras doenças tropicais debilitantes e até fatais.

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Ao longo dos 32 anos de atuação, exerceu várias funções públicas: diretor do Hospital São José, diretor da Maternidade Darcy Vargas, diretor de Saúde e, posteriormente, secretário de Saúde, Educação e Serviço Social. Labutou ao lado de figuras exponenciais do nosso pioneirismo médico da segunda metade do século passado como foram: Hamilton Raulino Gondim, Ary Tupinambá Penna Pinheiro, Lourenço Antônio Pereira Lima, Rafael Vaz e Silva, Hélio Sthuthos Arouca,  Murilo Oliveira, Arilda Mota  Siqueira, Nelson Couceiro, José Adelino da Silva, Noel Bispo dos Santos e Carlos Alberto Brasil Fernandes.

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Rachid foi um soldado de destaque desse grupo de combatentes de doenças que atuou em Rondônia. Cirurgião vocacionado e talentoso, operava com elegância e destreza. Ao ser procurado pelos acadêmicos de medicina que passam suas férias em Porto Velho, permitia que o auxiliassem nas cirurgias enquanto ministrava ensinamentos fundamentados no saber teórico e em sua longa vivência. De temperamento agradável, cativava a todos que com ele conviviam.

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Como homem público, desenvolveu um trabalho notável. Em suas gestões foram realizadas as seguintes obras: construção do centro cirúrgico, do laboratório de análises clínicas, do pavilhão de neuropsiquiatria e a aplicação das enfermarias do Hospital São José. Na Maternidade Darcy Vargas, construiu o centro-obstétrico, o berçário, dez apartamentos e ampliou o número de leitos. A Comunidade Aben-atar recebeu ar-condicionado e teve reformada suas copa e cozinha, além de ter sido dotada de médico e dentista. Em sua gestão como secretário de Saúde construiu o primeiro hospital ortopédico de Rondônia, o Hospital das Doenças do Aparelho Locomotor, em parceria com o Hospital Sara Kubitschek, de Brasília, dirigido pelo professor Aluízio Campos da Paz.

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Rachid determinou a reforma e a ampliação de outras unidades de saúde de Porto velho, Guajará-Mirim e diversos municípios de Rondônia.

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A participação política do eminente médico reveste-se, também, de grande importância. Respondeu pelo governo do Território de Rondônia por quatro vezes. Em todas as funções exercidas postou-se com denodo, dedicação e competência.  

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Ao se aposentar, Rachid retornou à sua terra natal, Cuiabá, onde usufrui, junto com seus familiares, merecidos dias de repouso certamente com a consciência tranquila de quem cumpriu  meritoriamente o seu dever de médico e de cidadão.

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O povo de Rondônia jamais deveria esquecer essa figura exponencial da medicina exercida em nosso meio, (escreveu Viriato Moura).


Festcineamazônia abre inscriçõoes para 12ª edição




Um dos mais importantes festivais de cinema da Região Norte, o Festcineamazonia abriu nesta terça-feira, 15\07 as inscrições para a 12a edição. Até o dia 30 de agosto, podem concorrer produções com duração máxima de 26 minutos.

Único festival nortista com foco na questão ambiental, o Festcineamazônia aceita todos os gêneros de produção nas categorias documentário, animação, ficção, experimental e reportagem ambiental, essa categoria voltada especificamente para as TVs.

O festival será realizado na capital rondoniense de Porto Velho, entre os dias 4 a 8 de novembro de 2014. São 18 troféus Mapinguari em disputa. Além da mostra competitiva, o Festcineamazônia homenageia produtores, diretores e atores que contribuem com a cultura nacional e possuem relevância nas questões ambientais e de direitos humanos.

"É importante destacar que podemos fazer o debate ambiental em toda produção audiovisual, não necessariamente em produções acadêmicas ou etnográficas. O ambiente é um todo e o que queremos é diversidade na abordagem", diz Fernanda Kopanakis, uma das coordenadoras do festival.

Plural e democrático, o Festcineamazônia aceita produções de qualquer parte do planeta, finalizadas a partir de 2010 com legendas em português. Este ano o Festcineamazônia incorporou-se ao GFN - Green Film Network, entidade que congrega os maiores festivais ambientais do planeta. Com isso, o projeto se conecta a 19 grandes festivais de vários países.


"O regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www.cineamazonia.com/festival/inscricao e tem como referência o código de ética do Fórum dos Festivais que o Festcineamazonia integra, o Fórum dos Festivais expressa a união dos eventos audiovisuais brasileiros em torno de uma ação coletiva", diz José Jurandir da Costa.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Diamante Negro se apresenta no Santiago



A 20ª Mostra de Folclore e Cultura Popular que está acontecendo no Arraial da Associação Santiago Maior na rua Mané Garrincha bairro Socialista em Porto Velho, apresenta na noite desta quarta feira 30, o Boi Bumbá Diamante Negro.
O Arraial começou na última sexta feira 25, com os grupos Quadrilha da 3ª idade do Sesc e Carimbó Padre Enzo entre outros. O evento chega aos seus 20 anos, graças à iniciativa do Padre Enzo Mangano quando pároco da igreja de São Tiago Maior na rua Amador dos Reis, com a transformação da paróquia em Santuário de Aparecida o Arraial passou a acontecer no espaço da Associação também criado por Enzo onde está até os dias de hoje. “Nesse ínterim fui transferido para a Itália, mas, jamais deixei de prestigiar a festa. Agora consegui voltar a Rondônia só que para atuar na cidade de Ji Paraná, fico feliz por retornar a este estado maravilhoso”, disse Padre Enzo.
Até o próximo domingo dia 3, vários grupos ainda vão se apresentar na festa de São Tiago, porém, o que está chamando a atenção do público, é o concurso de dança de forró que vai acontecer quinta 31 e sexta feira 1° de agosto.
Domingo passado foi apresentado o grupo de dança de toada de boi Az de Ouro um espetáculo de apresentação. Na noite de hoje além do Diamante Negro vão se apresentar também: Boi Mirim Veludinho, Quadrilha Estrela do Norte, e a Quadrilha campeã da eliminatória 2014 Matutos do Socialista.
Arraial da AFA
No Arraial da AFA que está montado no campo da rua Princesa Isabel com a Tenreiro Aranha no bairro do Areal, quem participa na noite desta quinta feira 30, do concurso de Quadrilha são os grupos: Flor da Primavera e Rosas de Ouro. No final da semana passada se apresentaram; Rosa Divina Mirim, Nova Estação, Triangulo Lascando o Cano, Arrasta Pé de Candeias e Unidos do Palheiral.

No Arraial da AFA os grupos inclusive levam alegorias e cenários para conquistar os votos dos jurados.

Lenha na Fogueira - 30.07.14



Meu amigo Arthur Quintela ainda sofrendo as conseqüências da enchente do rio Madeira, manda o seguinte texto:
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Boa tarde, meu amigo Silvio. Passei por maus bocados ultimamente e um deles você deve ter tido conhecimento.
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Em 15 dias foram 15 pessoas queridas, ligadas direta ou indiretamente à minha família que foram chamadas pelo Excelso Criador.

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À última, Dona Nadir, mãe de nosso Heitor Almeida, infelizmente não pude prestar homenagens. Passei mal diversas vezes em funerais de pessoas muito queridas e no sábado, dia do passamento dela, estava em despedida de uma amiga de infância que também foi chamada pelo Excelso Criador.

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Mas, retornando à leitura da coluna Zekatraca, notei sua preocupação com os atingidos pela enchente do Madeira. E é verdade que muitos foram e estão sendo impedidos de retornar às antigas moradias. 
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Acontece, amigo, que naquela reunião (sobre a qual lhe informei) realizada no Sindsef com o Senge e Crea-RO ficou claro que a cheia do ano vindouro (2015) será igual ou superior à deste ano.

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Fez lembrar as declarações dos funcionários da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social que afirmaram, dias antes, que seria desperdício investir em reforma do Shopping Popular - Camelódromo - pois ficariam à mercê da cheia de 2015 e o valor orçado para a recuperação situava-se na casa dos 200 mil reais, o que seria um desperdício.

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Agora, bateram de vez o martelo afirmando que não há retorno para aquele local. Irão alugar um prédio na Sete de Setembro para colocar os comerciantes por lá.

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Isso deixa patente que as autoridades estão sabendo da cheia vindoura. Que será no mínimo igual à deste ano. E estão preparados para "não gastar dinheiro à toa. 

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De minha parte, ainda não pude retornar à antiga morada. O estrago foi grande. E colocar ponto comercial na área de alagação é começar do zero, novamente. Aquilo ali (em frente ao TRE) está deserto, parecendo cidade fantasma, ainda com sujeira deixada pela grande cheia.
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Mas continuo fazendo a reforma do imóvel, com a ajuda e colaboração de amigos e familiares. 
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Para o ano que vem... seja lá o que Deus quiser. Pra mim... sobrou tristeza, história perdida, que ninguém irá trazer de volta.

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O que dizer de São Carlos, então? Se há algum bairro que não foi soterrado esse ano, certamente não sobrará nada em 2015. Um forte, fraterno e sincero abraço do amigo.

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É meu amigo, depois dessa só mesmo indo curtir a apresentação do Boi Bumbá Diamante Negro do meu amigo Aluizio Guedes no Arraial do Padre Enzo lá no bairro Socialista.
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Depois da decisão tomada pela direção da Federon em assumir a coordenação do Arraial Flor do Maracujá o sorriso dos integrantes dos grupos folclóricos ta passando da “largura” da cara. É muita felicidade.
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Não vou estranhar se durante suas apresentações, os grupos folclóricos passarem a exaltar o Procurador Héverton Aguiar do MP.
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Tem até Amo de Boi escrevendo verso pra cantar nas apresentações no Flor do Maracujá. Aliás a turma não está pra brincadeira, na tarde de ontem, foram visitar o local aonde o Arraial deve ser montado e levaram o produtor Denis Carvalho que vai colaborar com a equipe da Federon para dirigir a festa.
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O Flor do Maracujá 2014 vai acontecer com a apresentação de todos os grupos folclóricos filiados à Federon. Vai ser a festa!

MP E O FLOR DO MARACUJÁ

O Ministério Público do Estado de Rondônia realizou reunião com integrantes da Federação dos Grupos Folclóricos de Rondônia (Federon), nesta segunda-feira (28), em que reiterou ser favorável à realização do Arraial Flor do Maracujá. A ocasião oportunizou a discussão de alternativas para a realização do evento, que é parte importante da expressão cultural da Capital.
O encontro foi um desdobramento das tratativas que o MP vem mantendo com representantes da entidade, após emitir notificação recomendatória em que orienta o Estado de Rondônia a se abster de destinar verbas públicas, ainda que oriundas de emenda parlamentar, para patrocinar as despesas com realização de festas carnavalescas, eventos culturais ou religiosos.
Durante a reunião, o Procurador-Geral de Justiça, Héverton Alves de Aguiar, afirmou não ser contrário à realização do evento, explicando que a recomendação expedida pelo Ministério Público teve como objetivo impedir a aplicação de recursos públicos em eventos que não tenham relação com a cultura e o folclore. “Em nossas investigações identificamos que, no total, o montante de R$ 7 milhões seriam repassados a festas de caráter privado e comercial. Entendemos que esse tipo de evento não deve ser promovido com dinheiro público. Como venho informando, a partir de agora, cada caso será analisado separadamente”, disse.

Soluções para o evento

Acompanhado dos Promotores de Justiça Emília Oiye e Éverson Antônio Pini, o chefe do Ministério Público discutiu com os presentes alternativas para a realização do arraial. Ao ser informado de que o Estado formalizou o repasse da gestão do arraial para a Federação, acatando pedido formulado pela entidade como sugestão do MP, Héverton Alves de Aguiar propôs que a Federon inicie tratativas com o Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secel), com o objetivo de estabelecer um Termo de Compromisso, que fixe responsabilidades do governo com relação à cessão de local, estrutura e segurança da festa.
À Federon caberia explorar comercialmente a festa, com o aluguel de espaços para barracas de alimentos e estacionamentos. “O MP não tem nenhum óbice a esse modelo, desde que tudo esteja formalizado em um processo para que possa ser fiscalizado”, afirmou o Procurador-Geral, que se colocou à disposição para auxiliar na articulação das negociações com o Estado.
O presidente da Federon, Francisco Fernando Rocha, agradeceu o apoio do Ministério Público de Rondônia à causa cultural, afirmando que os grupos folclóricos envolvidos na realização do arraial Flor do Maracujá cumprem um importante papel social, ao envolverem jovens e adolescentes, alguns em situação de risco, em atividades culturais tradicionais que permitam seu desenvolvimento junto às suas comunidades e suas famílias.
Participaram da reunião representantes da Quadrilhas Rosa Divina, Forte Príncipe; Nação Caipira e Flor da Primavera. Pelos grupos de Bois-Bumbás, estiveram presentes representantes do Corre Campo; Tira Teima; Az de Ouro; Diamante Negro; Marronzinho; A Roça é Nossa e Juabp.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Jéssica e Vanderson vencem Sesi Música

A 5 ª edição do Festival Sesi Música premiou na noite do último sábado 26, no Teatro Banzeiros, as seis canções melhores colocadas entre as 14 selecionadas para a finalíssima do Festival 2014. O Festival Sesi Música é disputado em duas categorias; Música Interpretação e Música Inédita. O público literalmente lotou as dependências do Teatro para ouvir as músicas interpretadas por representantes de várias indústria do estado de Rondônia.
Os jurados Vanessa Mafra, Jória Lima, Túlio Nunes, Dudy Oliveira e Flamarion, tiveram trabalho para selecionar as três melhores de cada categoria que receberam a premiação total no valor de R$ 9 Mil e ainda tiveram suas apresentações registradas em DVD. Categoria Interpretação: Jéssica Fernanda que interpretou a música: “Sonhos Não Têm Fim”; em 2° lugar Vânia Rossatti que interpretou “João de Barro” e em 3° lugar Gilmara Terrazas Ribeiro que cantou de Herbert Viana “A Lua Que Eu Te Dei”.
Categoria música inédita o grande vencedor foi o representante dos Correios de Porto Velho Vanderson Augusto que apresentou a composição “Sol”; o 2° lugar ficou com a jovem Kelly Bantle com a composição “Eu Aprendi”.
A banda que acompanhou os cantores contou com os seguintes músicos: Mauro Araujo, Branko Moraes, Marco Thiago, Paulo Boas e Oséias Araujo.

Lenha na Fogueira - 29.07.14

As inscrições para curso de Roteiro de Filmes foram adiadas para até o dia 30 de julho.

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Arraial Flor do Maracujá será coordenado pela Federação de Grupos Folclóricos de Rondônia – Federon.
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Ontem 28, pela manhã, os dirigentes da Federon e da maioria dos grupos folclóricos de Porto Velho foram recebidos pelo Procurador Geral da Justiça Héverton Aguiar em seu gabinete no Ministério Público Estadual e saíram super satisfeitos com as orientações recebidas.
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Após o Procurador abrir a reunião fazendo uma explanação sobre os problemas que provocaram a Recomendatória ao governo do estado de Rondônia sugerindo que fossem suspensos todos os eventos culturais programados até o final deste ano.

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E ao ouvir as justificativas do presidente da Federon Fernando Rocha e tomar conhecimento do documento, no qual a Secel informa, que não se opõe que o Arraial Flor do Maracujá seja Coordenado pela Federon, Héverton Aguiar passou a orientar como os dirigentes dos grupos folclóricos devem proceder.

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Agora precisamos que vocês nos digam o local aonde o Arraial será montado e então, vamos verificar se tem condições de higiene e não deponha contra o meio ambiente.

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O Procurador também concordou que o governo do estado entre como parceiro e não como realizador da festa. Ele (governo) pode atender ao pedido de vocês e colocar após licitar, a estrutura de arquibancada, sonorização, iluminação e palco entre outras. Essa parte deve ser tratada entre o governo e a empresa que for selecionada via edital público, carta convite, licitação etc., vocês ficam livre de prestação de conta dessa parte.

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Elaborem o Projeto dizendo aonde a festa vai acontecer, de que maneira, quantos dias e o que vocês querem de apoio do governo. Depois disso pronto, vamos convocar uma reunião com a presença do Procuradoria Geral do Estado, Secel, MP, Federon e firmar um documento com cada um assumindo sua parte na festa. Esse documento tem que ser assinado também pelo governador do estado.
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Para encurtar a conversa, o Festival Folclórico Arraial Flor do Maracujá vai acontecer com a coordenação e produção da Federação de Grupos Folclóricos de Rondônia – Federon.

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O local da montagem do Arraial está sendo discutido com a direção dos grupos folclóricos, de antemão, será no espaço onde foi montado o Arraial Comunidade no Sertão. “Vamos procurar a Funcultural, pois parte da área é da prefeitura”, disse Fernando Rocha.
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Já na Secel em reunião com o Gerente de Cultura Joaquim Pedro foram informados, que é interesse do governo do estado firmar a parceria para a realização do Flor do Maracujá, “vamos passar a montar a documentação para apresentarmos ao MP” disse Joaquim. Lembrando: “A administração do arraial será de inteira responsabilidade de vocês, minha equipe não vai se meter nessa parte”.
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 Os dirigentes dos grupos folclóricos presentes entre eles Boi Az de Ouro, Corre Campo, Diamante Negro e Tira Teima; Quadrilhas a Roça é Nossa, JUABP, Flor da Primavera, Nova Estação, Rosa Divina, Forte Príncipe entre outras foram unânimes em aprovar a iniciativa da Federon em assumir o Flor do Maracujá. “Esse é um sonho que a gente vem sonhando há muito tempo e que agora estamos realizando”, disse o folclorista Aluizio Guedes do boi Diamante Negro.
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Algumas empresas já se prontificaram a investir na montagem do arraial, que em princípio, está marcado para acontecer entre os dias 22 e 31 de agosto.

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Alguns até ensaiaram o grito de vitória:
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Ah, há, uh hu, o Maracujá é nosso...!

Curta Amazônia anuncia selecionados


A Comissão de Seleção, composta por membros da entidade organizadora, foi bastante criteriosa na avaliação final. Foram 250 filmes inscritos para essa edição, sendo escolhidos dos 11 longas, 2 longas-metragens nacionais, 6 médias nacionais,  8 filmes na competitiva mundial, 25 curtas na competitiva nacional e 25 produções inscritas da região Norte. Isso mostra uma boa safra de filmes do cinema brasileiro que estão sendo produzidos, surgindo novos talentos e o Festival de Cinema Curta Amazônia avança criando mais espaço para essa imensidão de filmes que o Brasil e exterior estão produzindo aos cinéfilos de plantão. Formando platéia e cativando o público rondoniense cada vez mais.
Seletiva longa nacional: - “Amazônia Desconhecida”, doc, São Paulo – SP. - “Os tubarões de Copacabana”, ficção, Rio de Janeiro – RJ.  Seletiva média nacional- “Manchik”,  ficção, Juazeiro – BA. - “A dama do Estácio”, ficção, Rio de Janeiro – RJ. - “Mestre Damasceno – O resplendor da resistência Marajoara”, doc, Belém – PA.- “Balatais de Saudade”, doc, Macapá – AP. - “Flor brilhante e as cicatrizes da pedra”, doc, Cuiabá - MT.- “Maldito, bendito ouro”, doc, Nova Mutum Paraná – RO. Seletiva Mundial: - “Memórias de Cárcere”, animação, Avaré – SP. - “Hotel Farrapos”, animação, Porto Alegre – RS. - “Brasil”, ficção, Curitiba – PR. - “O muro da vida”, ficção, Maputo – Moçambique. - “Andes Água Amazônia”, doc, Rio de Janeiro – RJ. - “Silêncio”, ficção, Avanca – Portugal. - “Dona Tututa”,  doc, Lisboa – Portugal. - “Inominável”, ficção, Campina Grande – PB. Seletiva de Curta Nacional - Hidrelétricas do Tapajós”, doc, Rio de Janeiro – RJ.- “Marcelo”, doc, Santos – SP. - “Magela, o poeta”, doc, Curitiba – PR. - “Se eu demorar uns meses”, doc, São Paulo – SP. - “Serenkato – O canto da Floresta”, doc, Boa Vista – RR. - “Sonho e pesadelo”, ficção, Manaus – AM.  -  “Le mur”, ficção, Cuiabá – MT. - “Retratos”, ficção, Salvador – BA. - “Sorry”, ficção, Porto Alegre – RS. - “3,60”, ficção, Cuiabá – MT. - “20 por 30”, ficção, Pelotas – RS. - “Na ponta do dedo”, ficção, Pelotas – RS. - “Alex Domingos – por ela”, clipe, Salvador – BA. - “Cultura raiz, semente digital”, clipe, Curitiba – PR. - “Jujubas – junto de você”, clipe, Curitiba – PR.
Mostra “Olhar de Cinema na Amazônia”: - “Bregilane – Me cutuca”, animação, Belém – PA. - “Bregilane – Tem pobre ligando prá mim”, animação, Belém – PA. - “Turma do Jambu – Seu Lobo”, animação, Belém – PA. - “Serenkato – O canto da Floresta”, doc, Boa Vista – RR. - “Um certo jacaré”, doc, Castanhal – PA. - “Graduação”, de Marcio Nascimento, ficção, Manaus – AM.  - “H20”, ficção, Manaus – AM. - “Lady Murphy”, ficção, Manaus – AM. - “Sonho e pesadelo”, ficção, Manaus – AM. - “Um ombro amigo”, ficção, Cacoal – RO. - “A fim de um bullyng?”, curta, Porto Velho – RO. - “FotografAMdo – Edição especial”, exp, Manaus – AM. - “Abra os olhos”, ficção, Ananindeua –PA. - “O mistério da casa 132”, ficção, Porto Velho – RO. - “A festa do Sairé de Alter do Chão”, doc, Macapá – AP. - “Agricultores do Vale do Juruá”, doc, Cruzeiro do Sul – AC. - “Artistas – um espetáculo urbano”, doc, Manaus – AM. - “Balatais de Saudade”, doc, Macapá – AM.- “Caminhos da videorreportagem no Amazonas”, doc, Manaus – AM. - “Das barrancas do rio Cariá”, doc, Belém – PA. - “Índios na cidade, vidas em travessia”, doc, Boa Vista – RR. - “Maldito, bendito ouro”, doc, Nova Mutum Paraná – RO. - “Mestre Damasceno – O resplendor da resistência Marajoara”, doc,  Belém –PA. - “Técnicas de produção para agricultura familiar – Amapá”, doc, Cruzeiro do Sul – AC. - “Expedição Caraparu”, doc, Belém – PA.  

Competitiva Rondoniense: - “Um ombro amigo”, ficção, Cacoal – RO. - “A fim de um bullyng?”, curta, Porto Velho – RO. - “O mistério da casa 132”, ficção, Porto Velho – RO. - “Maldito, bendito ouro”, doc, Nova Mutum Paraná – RO. 

domingo, 27 de julho de 2014

João Batista e suas histórias

O Manelão era todo esquisito, mas como ele colaborava com nosso boi resolvemos homenageá-lo quando ele fez 25 anos morando em Porto Velho


F O L C L O R E
 
Beija Flor do Norte e Mimosinho os amores do Batista
Uma coisa que ninguém se preocupou em registrar em livros até os dias de hoje, é a história dos pioneiros do Arraial Flor do Maracujá, não estou me referindo aos seus idealizadores, mas, aqueles que garantiram o sucesso da festa em seus primeiros anos, como é o caso do folclorista João Batista Gomes da Silva, que foi o idealizador dos grupos Quadrilha Beija Flor do Norte e Boi Mirim Mimosinho. Hoje apesar de ter sofrido um derrame cerebral e viver a maior parte do dia em uma cadeira de rodas, já que teve uma perna amputada, Batista como é conhecido por todos, se preocupa com a cultura popular e em especial com a brincadeira de Boi Bumbá e a dança de Quadrilha. Respeitadíssimo pelos dirigentes de grupos folclóricos, pois a Quadrilha Beija Flor do Norte assim como Boi Mirim Mimosinho até quando existiram, jamais deixaram de ganhar o troféu de campeão do Flor do Maracujá!
Batista se orgulha de ser cunhado do famoso artista plástico Afonso Ligório e irmão de um dos maiores e melhores levantadores de Toada de Rondônia o cantor Carlos Mariano.
Domingo passado dia 20, fomos até a residência do Batista no bairro Nova Floresta e gravamos as histórias que segue:

 

E N T R E V I S T A

Zk – Vamos falar sobre você?
Batista – Meu nome é João Batista Gomes da Silva nasci em Porto Velho em 1953 no bairro do Areal. Já com 12 anos o Nonato Guedes fundador do Boi Bumbá Az de Ouro, começou a me levar pros ensaios do Boi Malhadinho. Era eu o Mariano meu irmão e o Bicudo a gente só saia pro Boi se fosse com o Nonato. Meu pai era o seu José Gomes da Silva mais conhecido como Pernambuco e minha mãe dona Alice Duarte irmã do famoso artista plástico Afonso Ligório. Lembro que o curral do Malhadinho era na rua Joaquim Nabuco com a Princesa Isabel no bairro Tucumanzal.
Zk – Você brincava de que?
Batista – Era da Barreira de Vaqueiro, aliás, o melhor Vaqueiro do Boi. Na época a gente cantava uma toada que o Flávio Carneiro (falecido) gostava muito: “... Marrequinha da lagoa, quem te ensinou a nadar, foi foi, foi, foi os peixinhos do mar...”.
Zk – Conta a história do surgimento do famoso Boi Mirim Mimosinho?
Batista – Pois é colega, o Mimosinho deixou muita saudade. Pessoas como você, Aluízio Guedes, Beni Andrade da rádio Caiari e o Dalton Di Franco que era da rádio Eldorado me ajudaram muito, principalmente a professora Yedda Bozarcov. Acontece que eu tinha uma quadrilha e a professora Yedda chegou e disse: “Batista larga esse negócio de quadrilha e põe um Boi”.
Zk – Qual era a Quadrilha?
Batista – Era a Beija Flor do Norte. Eu era o organizador e o marcador da Quadrilha que surgiu no bairro Nova Floresta no pátio da igreja São José Operário. Naquele tempo não tinha iluminação (energia elétrica) no bairro. Para iluminar o curral de dança aonde a gente ensaiava era assim: Eu trabalhava no 5º BEC e lá existia muito óleo queimado, trazia baldes daquele óleo e a noite a gente ensopava várias estopas e transformava em tocha que eram colocadas em locais estratégicos do curral e ali a gente ensaiava e dançava. Seu Luiz Moraes tinha um motorzinho de luz e de vez em quando iluminava o curral pra gente se apresentar. A igreja de madeira foi construída pelo padre Mário Castgña, depois veio o padre André que falou até no sermão da missa: “Essa quadrilha do Batista além de ser muito boa, tá nos ajudando muito, todo dia de manhã vejo sapé (capim) todo amassado de tanto pisarem”. Fomos sete (7) vezes campeão do Flor do Maracujá, tinha a quadrilha adulta e a mirim. Depois parei com a adulta e fiquei só com a mirim foi quando a professora Yedda sugeriu que eu colocasse um Boi Mirim e então criei o Mimosinho que também foi sucesso e até enquanto eu o dirigi foi campeão no Flor do Maracujá. Nosso amo era o Coquinho.
Zk – Cadê o Coquinho?
Batista – Tá homem formado. Ele gostava muito de cantar as tuas toadas. Certa vez durante apresentação no Flor do Maracujá ele anunciou: Silvio Santos essa toada é em sua homenagem e cantou: “Vem ver ô morena bonita, com seu laço de fita, no Flor do Maracujá...” toada que você fez pro Az de Ouro. Ele também gostava de cantar aquela que diz: “Vou chamar, vou chamar meus batuqueiros, barreiras, rapazes e vaqueiros...”, que você fez pro Boi Tira Prosa.
Zk – Quem era o compositor oficial do Boi Mimosinho?
Batista – Era o saudoso Baba, ele fez muita toada bonita pro nosso Boi, por exemplo: “Povo de Rondônia boa noite, Mimosinho acabou de chegar, vem de longe muito longe... O contrário se prepare que o show vai começar...”.
Zk – O Mimosinho também homenageou o Manelão da Banda do Vai Quem Quer?
Batista – O Manelão era todo esquisito, não aceitava que a gente fizesse homenagem a ele. Acontece que era um grande colaborador do nosso Boi e então resolvemos homenageá-lo quando ele fez 25 anos morando em Porto Velho. Lembro que você se encarregou de levá-lo para nossa apresentação no Flor do Maracujá. O certo foi que na hora que o Roque anunciou a entrada do Boi Mimosinho no Curral de Dança do Maracujá você entrou com o Manelão e o delegado Walderedo Paiva aquilo me emocionou muito e as crianças do Boi ficaram todas eufóricas porque o “seu Manelão” tava junto com eles. Pedi para o Aluízio Guedes que na época tinha um programa na rádio Caiari fazer o discurso de agradecimento ao Manelão, foi muito emocionante aquele momento. O Coquinho cantou: “Ensaiei boi em maio pra dançar em São João e saudar o dono da Banda que é o Mestre Manelão”. O interessante foi que quando acabou a apresentação, ele chegou comigo e falou: ”Batista essa toada tem o dedo do Silvio não tem?” e eu, Como é que o senhor sabe! O resto da toada dizia: “Ele também é pioneiro do estado de Rondônia, com seus 25 anos de trabalho e dedicação, por isso, nessa festa de São João, Mimosinho vem saudar, o grande Mestre Manelão...”.
Zk – Até quando você colocou o Boi Mimosinho no Flor do Maracujá?
Batista – Fiquei na direção do Mimosinho até meados da década de 1990, quando o Nego criou o Boi Veludinho. Até hoje o Nego agradece o apoio que dei a ele, ensinando inclusive ele a organizar o grupo essas coisas. Outra pessoa que homenageamos foi o seu Hiram Brito Mendes.
Zk – Como foi essa homenagem?
Batista – O Hiram foi um dos fundadores do Boi Bumbá Az de Ouro juntamente com o Nonato, e também ajudou muito o nosso Mimosinho, apesar de ser carnavalesco e até presidente da escola de samba Pobres do Caiari, gostava e gosta da brincadeira de Boi. Aí ele saiu candidato a vereador e eu o alertei: Seu Hiram esse povo de Boi Bumbá é falso. Para provar que nosso grupo é fiel, vamos lhe homenagear na nossa apresentação no Flor do Maracujá e ele ficou com medo: “Rapaz isso pode dar problema com a minha candidatura”. Fique tranquilo: O Nonato apresentou o Az de Ouro e nem falou o nome do Hiram, fiquei chateado, afinal de contas seu Hiram era um dos fundadores do Boi dele. Quando o Roque anunciou o Mimosinho eu entrei na arena e falei: Galera de Rondônia, aqui está o maior incentivador do carnaval e do boi bumbá em Porto Velho, seu Hiram Brito Mendes, a batucada rufou os tambores e a torcida na arquibancada vibrou! O Flávio Carneiro correu lá comigo: “Rapaz tu tá doido, fazendo política aqui no Maracujá”, Flávio se você quiser pode desclassificar o meu Boi, mas, o seu Hiram merece ser homenageado. Resultado, o Mimosinho foi mais uma vez campeão. Tem mais um detalhe, as cores do nosso Boi era Vermelha e Branca, mas, em homenagem ao Hiram presidente da escola de samba Pobres do Caiari entramos naquele dia de azul e branco.
Zk – Por que você parou de se envolver com grupos folclóricos:
Batista – Acontece que a idade vem chegando e no meu caso perdi a paciência. Veja bem você Silvio Santos, é respeitado em qualquer curral de Boi Bumbá, de Quadrilha e no Carnaval aqui de Porto Velho, mas, a gente ver que você também já está cansado de tanta incompreensão. Depois que o Antônio Castro Alves faleceu o Boi Corre Campo nunca mais foi o mesmo. O Alberto de Castro Alves um tempo desses veio aqui e pediu pra tomar conta do Mimosinho e eu concordei. Hoje estou aqui nessa cadeira de rodas não reclamo de nada e pode crer, sou feliz, ainda mais por contar com amigos como você e tantos outros que me visitam todo final de semana. Sinto que fiz alguma coisa pela nossa cultura, mas, chegou a hora de ficar apenas na torcida.

Zk – E o Flor do Maracujá, você ainda vai prestigiar?
Batista – Hoje não! Acontece que fui vítima de derrame cerebral e por algum tempo fiquei impossibilitado de sair de casa, ainda fui lá apreciar algumas vezes. Depois que perdi uma perna por infecção e fiquei numa cadeira de rodas resolvi não ir mais. Assisto pela televisão o show do Silvio Santos cantando as todas do Corre Campo.
Zk – Para encerrar?
Batista – Coloca aí que sou casado com a dona Fancelina Gomes da Silva e temos três filhas.