Nem Labibe, nem Jango nem Sergio Valente. O governo de Rondônia acertadamente colocou o nome do teatro de Palácio das Artes Rondônia.
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Acertou mais ainda ao colocar o nome Guaporé no que estão chamando de Teatrinho, que é o anexo do Teatrão.
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Foi uma decisão mais que acertada, pois não se desgastou com o segmento teatro. Os mais antigos sugeriram o nome da dona Labibe Bártolo e os de meia idade, o nome do Jango enquanto os jornalistas, gostariam que fosse Sergio Valente.
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Nada contra nenhum dos citados acima. Dona Labibe é considerada a primeira atriz a atuar numa companhia de Porto Velho. Isso no início da década de 1920 quando juntamente com seu esposo o Palhaço “Carola”, fazia parte do elenco da Cia do Teatro Fenix que funcionava na rua da Palha onde hoje é a Natanael de Albuquerque.
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Quando os donos do Cine resolveram ir embora de Porto Velho, pensaram em doar o Cinema a Dona Labibe, não deu certo, mesmo assim, ela não parou de se apresentar e sempre que alguma solenidade importante acontecia no Clube Internacional ela era convidada, fosse par declamar poemas, ou encarnando algum personagem teatral. Seria um nome digno de constar na placa de inauguração do Teatro de Rondônia.
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Jango filho do saudoso Uirassu Rodrigues um baluarte da educação e cultura em nossa cidade, por influencia do seu pai, se transformou num ferrenho defensor das causas relativas à construção de espaços para encenação de peças teatrais em Porto Velho. Jango era excelente ator e diretor de teatro, faleceu em Goiânia. Também seria um nome digno de constar na placa de inauguração.
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Sergio Valente, para muitos, não seria um nome adequado para o teatro por se tratar de um jornalista especializado no colunismo social. Poucos se lembram que ele era também um excelente ator dublador, principalmente do cantor Roberto Carlos. Ele não era cover do Roberto Carlos era dublador e chegou a se apresentar inclusive no Cine Teatro Resk como tal. Seria também um ótimo nome para constar da placa de inauguração do nosso teatro.
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Acontece que diante de tantos disse-me-disse, tanta disputa pelas “Brasas”, cada um querendo mais fogo em baixo de sua sardinha, o governador Confúcio Moura num lance de “Salomão”.
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Teve a feliz idéia de sugerir o nome de Palácio das Artes Rondônia – E mais, ainda disse com aquela paciência vocal que lhe é peculiar. “Coloca Guaporé no teatro pequeno”.
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Não sei se foi de caso pensado, porém, posso garantir que não poderia ter melhor opção. Guaporé foi o nome primeiro das terras que hoje fazem parte do estado de Rondônia. Território Federal do Guaporé. Em 1956 passou a ser denominado de Território Federal de Rondônia. Eis a felicidade no acerto de Confúcio. Uma sala do Palácio das Artes vai se chamar Rondônia e a outra Guaporé.
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Se os amigos leitores prestarem atenção no que escrevo, vão concordar que o Zekatraca nesse quase 20 anos da construção do teatro, pouquíssimas vezes falou ou escreveu sobre o assunto.
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Até porque a gente sabia que um dia a obra terminaria. Muitos governadores passaram e cada um, deu sua parcela de contribuição para que hoje o governador Confúcio Moura descerrasse a placa de inauguração. Ta certo que não será a placa do Palácio das Artes, mas, a do Teatro Guaporé que faz parte do complexo.
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Estamos sim orgulhosos, apesar de muito esperar, de podermos contar com um teatro digno de grandes espetáculos. Merda pra Rondônia!
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