A restauração do Marco da Divisa
Mato Grosso Amazonas foi iniciada semana passada pelo artista plástico de Porto
Velho, Júlio Carvalho. O trabalho está ocorrendo no largo da capela de Santo
Antônio, onde o marco ficará permanentemente exposto.
A reconstrução do monumento
começou com o nivelamento e a recomposição da base da peça que pesa mais de
duas toneladas. Em todo o trabalho estão sendo usadas pedras da região (granito
Santo Antônio) que foram o tipo de rocha usado no marco original, em formato de
pirâmide, datado de janeiro de 1911. As letras do monumento, que delimitava os
Estados do Amazonas e Mato Grosso, estão sendo esculpidas em alto relevo nas
rochas, respeitando as características originais da escultura. Os trabalhos de
restauração são acompanhados pelo Iphan, Superintendência Estadual de Esportes
Cultura e Lazer (Secel) e Fundação Cultural.
O artista plástico revela que o
marco restaurado possui uma novidade. Trata-se de uma cápsula do tempo, que é
uma garrafa contendo manuscritos que explicam os trabalhos de restauração, além
de jornais e moedas que identificam o período atual para as gerações futuras. A
garrafa foi lacrada com parafina e colocada dentro do monumento.
Julio Carvalho é um artista
bastante conhecido dos rondonienses. Foi ele que criou, em 2006, a obra “O
Indígena”, uma escultura em metal com mais de quatro toneladas e sete metros de
altura, localizada na BR 364, perto do bairro Ulisses Guimarães. Ele também é
autor de outras obras localizadas na cidade.
Na restauração do marco ele conta
com o auxílio de dois assistentes e a previsão é de que os trabalhos sejam
concluídos ainda nesta semana. Todo o restauro possui investimento da Santo
Antônio Energia.
Permanecendo próximo à Capela de
Santo Antônio, o marco pode ser facilmente visitado por portovelhenses e
turistas, agregando ainda mais valor à região que é berço histórico e cultural
de Porto Velho. Vale frisar que o entorno da capela foi completamente
urbanizado pela Santo Antônio Energia no ano passado. A concessionária
construiu também um Centro Cultural Indígena formado por cinco prédios e uma
grande oca estilizada que poderão abrigar centros de exposição, biblioteca,
cafeteria, loja de conveniência e administração.
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