Na
coluna de ontem dia 20, fiz elogios ao trio de sambistas Silvia Pinheiro,
Waldison Pinheiro e Reginaldo Makumbinha pelas suas participações no programa “Samba à vera” apresentado pela Vera Cruz direto do Rio de Janeiro para o mundo.
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E
mais, achei bacana a Silvia citar em tom de agradecimento os nomes do Bainha,
Silvio Santos e Cabeleira como precursores do samba em Porto Velho. “Esses
fizeram muito pelo nosso samba”, disse Silvia à Vera.
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Creio
que nem a Silvia, o Waldison e nem o Makumbinha tiveram a intensão de desfazer
dos demais sambistas de Porto Velho que de uma maneira ou de outra, também
contribuíram para o desenvolvimento do samba em nossa cidade/estado.
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Como
foi o caso do meu amigo carnavalesco Flávio Daniel, que indignado com os
integrantes da escola de samba Asfaltão me enviou o seguinte texto desabafo:
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Esses
"contadores” da história do carnaval de Porto Velho, tipo Makumbinha,
Misteira e outros, teimam em omitir o meu nome quando o assunto se refere às
escolas de samba.
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Ajudei
a escrever dois enredos antológicos que foram eternizados, através do samba de
enredo por compositores do naipe de um Silvio Santos.
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Em
1969 fui levado pelo Bainha para um ensaio da escola de samba Os Diplomatas do
Samba lá no Danúbio Azul Bailante Clube, lá tive a gratificante oportunidade de
conhecer os Mestres, Bola-sete, Cabeleira, Leônidas, Roosevelt, Mário Alfaiate,
Seu Dedé, Bizigudo e outros mestres, gostei e fiquei, tanto é, que participei
desse carnaval desfilando na bateria da escola na avenida Presidente. Dutra (descendo)
até a 7 de setembro.
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Já no
ano seguinte 1970 a convite do Silvio Santos (Zékatraca) fui para Escola de
samba Os Pobres do Caiari para ser o Mestre da Bateria, onde tive a
oportunidade de conhecer a professora Marize Castiel, Zeca Melo, Neguinha, Vitinho,
D. Vitória (do cap. Esron), D. Hilda Maia, Hiran Brito, João Ramiro, Ana
Castro, junto com essas lendas participei de muitos carnavais.
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Até
que em 1985, tive a oportunidade de escrever junto com a professora Marize
Castiel e o arquiteto João Otávio o enredo:
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"Lendas
e rendas do Ceará" que o Silvio Santos junto com o Babá eternizou com o
samba enredo "Ceará de Iracema".
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Voltei
para os Diplomatas a convite do Leônidas para escrever e tirar do papel o
"Simpatia é Quase Amor" junto com o professor Marcos Teixeira que foi
convidado por mim para elaborar as fantasias e alegorias do enredo.
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Mais
uma vez o nosso Silvio Santos junto com o Torrado compôs o samba enredo que os
que gostam de carnaval cantam:
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"Pra amar tem gay", depois desse
enredo, passei a dar a minha colaboração dentro dos barracões ajudando a
construir carros alegóricos e alegorias onde fiquei até o ano de 2009.
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Daí
sai da cena do carnaval das escolas de samba, e passei a acompanhar no dia
31/12 o bloco Mistura Fina e no primeiro dia de carnaval me visto de palhaço e
saio por aí, fazendo o meu carnaval... até quando aguentar.
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Fiz
esse pequeno relato para que alguns dos "contadores" da história do
carnaval da nossa cidade, lembrarem que quem faz carnaval não é só quem compõe.
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Esse é
o desabafo do nosso querido carnavalesco Flávio Daniel.
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Só
discordo da posição dele quanto aos sambistas Misteira e Makumbinha, pois tenho
certeza que eles não tiveram a intensão de deixar os baluartes do carnaval de
escola de samba de Porto Velho fora do contexto.
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Quem
assistiu as entrevistas, como eu assisti, viu que os meninos foram pegos de
surpresas, pois as perguntas foram feitas de bate pronto e creio que na hora os
únicos nomes que eles lembraram foi o meu, do Bainha e do Cabeleira tanto que
não citaram sambistas que vivem sempre junto com eles como o Oscar Knight.
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Agora,
o Flávio está certo quando diz que sempre é deixado de lado, quando falamos
sobre a história do carnaval e das escolas de samba de Porto Velho.
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Daniel,
você merece mais destaque sim, principalmente quando o assunto é história das
nossas escolas de samba.
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Lembrando
que, quando falamos de Ceará de Iracema! Simpatia é quase amor!
2 comentários:
Bom Silvio,se você ainda não fez uma entrevista com Flávio pra contar sua história chegou a hora
Verdade amigo Silvio tá mais que na hira de entrevistar este grande mestre *FLAVIO DANIEL* tenho certeza que ele tem muitos relatos sobre as escolas de samba a serem contado aos amantes das escolas de samba mais novos assim como eu por exemplo.
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