A Secretaria Estadual de Cultura - SECEL
no início dos anos 2.000
Ao
assumir o governo de Rondônia em janeiro do ano de 2003, Ivo Cassol nomeou
secretário de cultura, o balconista da empresa de um dos que colaboraram com
sua campanha, lá de Espigão do Oeste, seu nome Luiz Carlos Venceslau que por
falta de conhecimento, sobre a pasta que acabara de assumir, iniciou sua gestão
cometendo várias gafes em reuniões com o segmento.
POLEMICA COM CARNAVALESCOS
Como
todos sabemos, o calo seco de qualquer administrador do segmento cultura e
lazer, é o carnaval, em especial, os desfiles dos blocos e escolas de samba.
Assim
sendo, logo após a festa do 4 de janeiro (em comemoração à instalação do
estado), Luiz Carlos convocou os carnavalescos, dirigentes de blocos e escolas
de samba, para uma reunião em seu gabinete, que à época, ficava na Esplanada
das Secretarias.
No dia
e hora marcada, os carnavalescos se reuniram, com o secretário e sua equipe, em
seu gabinete, eu Silvio Santos, acompanhei a reunião como repórter cultural do
jornal Diário da Amazônia. Luiz Carlos segundos antes de abrir os trabalhos,
recebeu de um de seus assessores, um bilhete, que o informava que a Federação
das Escolas de Samba - FESEC encontrava-se inadimplente, por não ter
apresentado a prestação de contas, sobre os subsidiados passados pelo governo,
no carnaval de 2002. Luiz Carlos sem nenhuma experiência em administração
púbica, abriu a reunião literalmente chamando os carnavalescos de Ladrões. O
clima ficou mais que tenso. Os olhares (inclusive os dirigentes das escolas de
samba) se voltaram para o presidente da Fesec o Cabeleira, que pasmo, não sabia
o que dizer. Eu ali sem poder dizer nada, pois estava como repórter. Ao
terminar a reunião perguntei ao Cabeleira se ele realmente como presidente da
Fesec não havia entregue em tempo hábil, a prestação de contas do convênio com
o governo estadual e ele me garantiu, que a prestação de Contas havia sido
apresentada e que estava aguardando o parecer do Tribunal de Contas e que ele
Cabeleira, estranhou a colocação do Secretário e que iria tomar providencias
etc.
ZEKATRACA X VENCESLAU
Passados
alguns dias, estava na redação do Diário da Amazônia escrevendo nossa coluna,
quando chega o secretário da Secel, procurando o João Zoghhbi e ao me ver, foi
em minha direção dizendo: “Pois é Zekatraca, vou acabar com a mamata de vocês
carnavalescos, pegarem dinheiro do governo e não prestar conta, vou acabar com
a ladroagem”. Me levantei, fui pra cima do Luiz com sede de “sangue” e com o
dedo em riste, só não o chamei de santo, mas, do palavrão que você imaginar
denegri sua moral. A redação e todos os departamentos do Jornal pararam e
vieram ver o escândalo que eu estava provocando. Luiz Carlos “meteu o rabo”
entre as pernas e foi embora. Depois de tudo passado pensei: Dessa vez
extrapolei, tô lascado...
MUDANDO O FLOR DO MARACUJÁ
Meu
Boi Bumbá Corre Campo terminou sua apresentação no Flor do Maracujá de 2002,
exatamente as CINCO E MEIA, do dia 30 de junho, dia da final da Copa do Mundo.
Eu assisti o jogo fantasiado de Amo do Boi.
Como
falei, depois daquele ‘pega’ com o secretário na redação do Diário imaginei,
que jamais ele voltaria a me dirigir a palavra, mero engano.
No
final do mês de maio de 2003, a assessoria do secretário de cultura me comunica
que o secretário gostaria de conversar comigo em seu gabinete. Surpreso, acetei
o convite e no dia e no horário marcado, cheguei ao gabinete do secretário e lá,
já se encontravam seus assessores Paulo de Tarso, Ercio e Ronildo Carvalho
entre outros. Convidei para me acompanhar o parceiro do site Talentos Brasil
Sergio Ramos.
Quando
entrei na sala, Luiz Carlos fez a seguinte pergunta: “Zekatraca, qual o
problema do Flor do Maracujá? ”
Admirado
respondi: O problema do Flor do Maracujá, é o Transporte dos Grupos! – E o que
devemos fazer para melhorar isso? Então sugeri: O governo precisa deixar de se
responsabilizar pelo transporte dos grupos, o que deve ser feito, é a Secel
passar um valor em dinheiro aos grupos e estes, contratam por sua conta, os
ônibus, só, que para dar certo, a Coordenação do Flor do Maracujá deve colocar
no Regulamento, que o Grupo que não entrar na arena de dança, no horário
marcado, perderá pontos por minuto de atraso.
Minha
sugestão foi aprovada e até hoje, desde de 2003, as apresentações dos grupos
folclóricos terminam no máximo a meia noite e meia.
Daí
pra frente eu e o Luiz Carlos ficamos amigos de verdade e até hoje, sempre nos
encontramos e lembramos o episódio da redação do Diário da Amazônia.
Sobre
a reunião com os carnavalescos, o que aconteceu, foi que o funcionário
responsável pelo Setor de Convênios da Secel, para ficar bem na foto com o
secretário, passou o bilhete dizendo que a Fesec não havia prestado contas, o
que foi comprovado depois, que era mentira.
A Reforma da Ivan Marrocos
EXPOSIÇÃO 500 PÁSSAROS
Luiz
Carlos deu tanta sorte (ele me garantiu que não tinha como fazer a reforma
anunciada pois a Secel não tinha recursos para tal) pois, a Eletronorte estava
correndo o Brasil com a Exposição “500 Pássaros” em comemoração aos 500 anos do
descobrimento do Brasil e o procurou para saber sobre a possibilidade de
utilizar a Casa da Cultura e foi informada, que a Casa estava prestes a entrar
em reforma, só, que a Secretaria não tinha recursos para realizar a obra. Foi
então que a direção da Eletronorte se comprometeu a realizar a Reforma e no dia
02 de abril de 2004 a Casa da Cultura Ivan Marrocos foi reinaugurada com a
Exposição da Eletronorte “Brasil 500 Pássaros”.
Enquanto
os convidados visitavam a exposição na Galeria Afonso Ligório, os Bois Bumbás
Corre Campo, Az de Ouro e Diamante Negro se apresentavam em frente à Casa, no
cruzamento das ruas Carlos Gomes com a Rogério Weber.
Nenhum comentário:
Postar um comentário