quarta-feira, 23 de outubro de 2019

SHOW - Quilomblocada, Binho e 3 DNos Espetacular abertura da Mostra Sesc de Música


A noite cultural da última terça feira 22, iniciou com a Mostra Sesc de Música, mostrando através da Palestra  “Música Popular Brasileira e os Movimentos Musicais em Porto Velho” e eu colocaria em especial, a chamada MPBera ou seja, a música produzida por autores  do Movimento em Defesa da Preservação da Amazônia, seja através da música, poesia ou literatura.
A Mesa contou com dois expoentes conhecedores do assunto. O compositor, poeta e músico Binho e o ativista cultural Samuel rapper da Quilomblocada. Os dois preferiram levar a discussão para o lado da MPBera. Sem sombra de dúvida, o Poeta Binho é o principal precursor do estilo “Beradeiro” de se expressar, seja na poesia ou na música. Já a Quilomblocada é a verdadeira essência da música hoje conhecida como MPBera.
Quando a programação passou para a parte musical, o público aplaudiu a produção  do Binho que contou com a participação (na guitarra) do T.J Mazieiro.

A segunda atração da noite, foi o Trio 3 DNós que logo de cara, levantou o público, que parcialmente lotou o Teatro 1, com um ritmo que lembrou o estilo Jakson do Pandeiro; era coco pela batida do pandeiro ou uma embolada pelo palavreado rápido do canto da Izabela Lima. As intervenções poéticas da Amádio quebravam o frenesi ao tempo que recebia calorosos aplausos. Foi a primeira vez do trio, num show como a Mostra Sesc de Música porém, pela qualidade, parecia que já estavam acostumados com o sucesso. O Projeto estar apenas começando, mais posso garantir,  o 3 DNós é a grata revelação da música ‘portovelhera’ que também é chamada de MPBera.

QUILOMBLOCADA

Chegou à vez do verdadeiro ritmo MPBera, isto ficou latente, desde o inicio da apresentação  da “Soul Quilomblocada”. Bera Ákila, Boca, Bera Samuel, Bera Flama e Bera Tino Alves e os demais Beras que integram a banda, levaram o público ao êxtase com o contagiante ritmo, que mistura rock, toada de boi, forró e envereda pela ciranda, sem deixar a pulsação cair. “É uma loucura essa Quilomblocada”.

A contagiante apresentação da Quilomblocada fez com que, praticamente todo público, permanecesse por algum tempo no teatro após o término da apresentação, talvez esperando a famosa saideira.
Enfim, quer saber de uma coisa: A verdadeira música de Porto Velho a MPBera, quem realmente faz, é a Soul Quilomblocada. “Soul Quilomblocada, Soul Quilomblocada... Bumbá Bumbá, Bumba meu Boi...” E lá se foi o público, na roda da Ciranda dançando e cantando o Escravo de Jó. Soul Quilomblocada!


PROGRAMAÇÃO DESTA QUINTA FEIRA

MESA: Produção independente e criação de selos coletivos musicais. A dinamização das relações humanas e dos fluxos de informação favorecidos pela consolidação da cultura digital, levou a indústria musical a passar por diversas reconfigurações nos modos de produzir, divulgar, distribuir e consumir música. Diante desse novo ambiente repleto de constantes mudanças, ocorreu à entrada de novos atores na cadeia produtiva da música e, consequentemente, o surgimento de modelos de negócios inovadores para divulgação e distribuição musical.
Local: Teatro 1 Sesc
Horário: 19h20
Participantes: Ramon (Tuer Lapin), Benvindo e Romulo (Benvindo ao Pacifico), Thiago Maziero (estúdio Ecos da Oca)
APRESENTAÇÕES
Local: Teatro 1 Sesc
Horário: 20h
Minhas Raízes
O Grupo Minhas Raízes é um projeto de inclusão social e consciência ambiental que expressa através dos bio-instrumentos que fabricam (reaproveitando o que a natureza descarta, e sem degradar o meio ambiente, e que são utilizados em seus shows), além de cantar a Amazônia e os lamentos da natureza, preservam a cultural Ribeirinha de seus antepassados.
Anayole Êba
Nascida em Porto Velho, filha do músico Baaribu Nonato, iniciou sua viagem e gosto pela música ao acompanhar o trabalho autoral de seu pai e outros músicos que fizeram parte de sua história até aqui. Anayole Êba motivou-se pelo palco da música afinando sua voz na tímida melodia das canções que recordam a sua passagem pelos momentos vibrantes da musicalidade vivida e sentida no canto de sua casa, no canto da sua história. Na mostra de Música a cantora fará o Show Ritmo Êba, que conta com a participação familiar de seu pai Baaribu e seu irmão Arthur Êba, recriando um cenário de roda de samba, embalado por canções que sempre rodearam a família.
Rud Prado
Rud Prado, é natural de Mato Grosso do Sul, reside em Porto Velho há 17 anos. Aqui sua produção cultural se iniciou pela poesia, crônicas e depois como compositor e cantor. Já participou três edições da mostra musical do Sesc e uma edição da Cesta Musical e outros projetos. Seu repertório como compositor é eclético e passeia por vários estilos como funk, MPB, samba, blues, rock e outros.
Tuer Lapin
Tuer Lapin é um projeto/banda de música instrumental inaugurado em meados de 2013 com o lançamento do álbum Esporádico, no qual foi apresentado um trabalho rítmico incomum tendo como matéria-prima a utilização de samplers e sintetizadores digitais, aproximando conceitos da música eletrônica com o rock e vertentes da música experimental. Em 2014, como banda, teve sua primeira apresentação. Nos anos seguintes, realizou a apresentação do inédito cineconcerto do filme ‘A Última Gargalhada’ (F.W. Murnau), o lançamento do álbum-filme Chac, gravado ao vivo, o lançamento do Banho de Cavalo, trilha sonora do filme homônimo de Michele Saraiva e Francis Madson, a turnê Giro Morte, com treze shows em nove estados brasileiros e se apresentou no projeto Instrumental SESC Brasil, em São Paulo e na Mostra Nacional de Música do Sesc no Rio de Janeiro. A formação atual do grupo é: Ramon Alves (contrabaixo), Raony Ferreira (guitarra), e Rodolfo Bártolo (bateria/percussão).

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