A noite cultural da última terça feira 22, iniciou com a Mostra Sesc de
Música, mostrando através da Palestra “Música
Popular Brasileira e os Movimentos Musicais em Porto Velho” e eu colocaria em
especial, a chamada MPBera ou seja, a música produzida por autores do Movimento em Defesa da Preservação da
Amazônia, seja através da música, poesia ou literatura.
A Mesa contou com dois expoentes conhecedores do assunto. O compositor,
poeta e músico Binho e o ativista cultural Samuel rapper da Quilomblocada. Os dois preferiram
levar a discussão para o lado da MPBera. Sem sombra de dúvida, o Poeta Binho é
o principal precursor do estilo “Beradeiro” de se expressar, seja na poesia ou
na música. Já a Quilomblocada é a verdadeira essência da música hoje conhecida
como MPBera.
Quando a programação passou para a parte musical, o público aplaudiu a
produção do Binho que contou com a
participação (na guitarra) do T.J Mazieiro.
A segunda atração da noite, foi o Trio 3 DNós que logo de cara, levantou
o público, que parcialmente lotou o Teatro 1, com um ritmo que lembrou o estilo
Jakson do Pandeiro; era coco pela batida do pandeiro ou uma embolada pelo
palavreado rápido do canto da Izabela Lima. As intervenções poéticas da Amádio
quebravam o frenesi ao tempo que recebia calorosos aplausos. Foi a primeira vez
do trio, num show como a Mostra Sesc de Música porém, pela qualidade, parecia
que já estavam acostumados com o sucesso. O Projeto estar apenas começando,
mais posso garantir, o 3 DNós é a grata
revelação da música ‘portovelhera’ que também é chamada de MPBera.
QUILOMBLOCADA
Chegou à vez do verdadeiro ritmo MPBera, isto ficou latente, desde o
inicio da apresentação da “Soul Quilomblocada”.
Bera Ákila, Boca, Bera Samuel, Bera Flama e Bera Tino Alves e os demais Beras
que integram a banda, levaram o público ao êxtase com o contagiante ritmo, que
mistura rock, toada de boi, forró e envereda pela ciranda, sem deixar a
pulsação cair. “É uma loucura essa Quilomblocada”.
A contagiante apresentação da Quilomblocada fez com que, praticamente todo
público, permanecesse por algum tempo no teatro após o término da apresentação,
talvez esperando a famosa saideira.
Enfim, quer saber de uma coisa: A verdadeira música de Porto Velho a
MPBera, quem realmente faz, é a Soul Quilomblocada. “Soul
Quilomblocada, Soul Quilomblocada... Bumbá Bumbá, Bumba meu Boi...” E lá se foi
o público, na roda da Ciranda dançando e cantando o Escravo de Jó. Soul
Quilomblocada!
PROGRAMAÇÃO DESTA QUINTA FEIRA
MESA: Produção independente e criação de selos coletivos musicais. A
dinamização das relações humanas e dos fluxos de informação favorecidos pela
consolidação da cultura digital, levou a indústria musical a passar por
diversas reconfigurações nos modos de produzir, divulgar, distribuir e consumir
música. Diante desse novo ambiente repleto de constantes mudanças, ocorreu à
entrada de novos atores na cadeia produtiva da música e, consequentemente, o
surgimento de modelos de negócios inovadores para divulgação e distribuição
musical.
Local: Teatro 1 Sesc
Horário: 19h20
Participantes: Ramon (Tuer
Lapin), Benvindo e Romulo (Benvindo ao Pacifico), Thiago Maziero (estúdio Ecos
da Oca)
APRESENTAÇÕES
Local: Teatro 1 Sesc
Horário: 20h
Minhas Raízes
O Grupo Minhas Raízes é um
projeto de inclusão social e consciência ambiental que expressa através dos
bio-instrumentos que fabricam (reaproveitando o que a natureza descarta, e sem
degradar o meio ambiente, e que são utilizados em seus shows), além de cantar a
Amazônia e os lamentos da natureza, preservam a cultural Ribeirinha de seus
antepassados.
Anayole Êba
Nascida em Porto Velho, filha
do músico Baaribu Nonato, iniciou sua viagem e gosto pela música ao acompanhar
o trabalho autoral de seu pai e outros músicos que fizeram parte de sua
história até aqui. Anayole Êba motivou-se pelo palco da música afinando sua voz
na tímida melodia das canções que recordam a sua passagem pelos momentos vibrantes
da musicalidade vivida e sentida no canto de sua casa, no canto da sua
história. Na mostra de Música a cantora
fará o Show Ritmo Êba, que conta com a participação familiar de seu pai
Baaribu e seu irmão Arthur Êba, recriando um cenário de roda de samba, embalado
por canções que sempre rodearam a família.
Rud Prado
Rud Prado, é natural de Mato
Grosso do Sul, reside em Porto Velho há 17 anos. Aqui sua produção cultural se
iniciou pela poesia, crônicas e depois como compositor e cantor. Já participou
três edições da mostra musical do Sesc e uma edição da Cesta Musical e outros
projetos. Seu repertório como compositor é eclético e passeia por vários
estilos como funk, MPB, samba, blues, rock e outros.
Tuer Lapin
Tuer Lapin é um projeto/banda
de música instrumental inaugurado em meados de 2013 com o lançamento do álbum
Esporádico, no qual foi apresentado um trabalho rítmico incomum tendo como
matéria-prima a utilização de samplers e sintetizadores digitais, aproximando
conceitos da música eletrônica com o rock e vertentes da música experimental.
Em 2014, como banda, teve sua primeira apresentação. Nos anos seguintes,
realizou a apresentação do inédito cineconcerto do filme ‘A Última Gargalhada’
(F.W. Murnau), o lançamento do álbum-filme Chac, gravado ao vivo, o lançamento
do Banho de Cavalo, trilha sonora do filme homônimo de Michele Saraiva e
Francis Madson, a turnê Giro Morte, com treze shows em nove estados brasileiros
e se apresentou no projeto Instrumental SESC Brasil, em São Paulo e na Mostra
Nacional de Música do Sesc no Rio de Janeiro. A formação atual do grupo é:
Ramon Alves (contrabaixo), Raony Ferreira (guitarra), e Rodolfo Bártolo
(bateria/percussão).
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